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O detalhe em “The X Factor” que parte dos fãs de Iron Maiden não gostou, segundo Blaze

Vocalista entende que sonoridade “dark” pegou os fãs de surpresa, embora hoje o trabalho seja apreciado

Lançado em 2 de outubro de 1995, “The X Factor” foi um momento de ruptura na carreira do Iron Maiden. Décimo trabalho de estúdio do grupo, foi o primeiro a contar com os vocais de Blaze Bayley, em substituição a Bruce Dickinson.

Só por isso, alguns fãs já teriam dificuldades com o disco, já que o titular anterior do posto era quase uma unanimidade na cena metálica. Mas não era só.

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A sonoridade era mais densa e obscura em comparação aos álbuns anteriores, estreando alguns elementos que são explorados até hoje na discografia dos britânicos. De certa forma, podemos dizer que se trata do play mais “depressivo” da carreira da Donzela de Ferro.

Em entrevista ao The Metal Command, Blaze refletiu sobre a aceitação tardia do registro. Conforme transcrição do Blabbermouth, ele contou:

“As pessoas me dizem ter todos os álbuns do Iron Maiden, mas os que não ouviam eram ‘The X Factor’ e ‘Virtual XI’, justamente os que gravei. E agora isso é tudo que elas escutam, já que não ouviram centenas de vezes no passado. É exatamente o que me contam.”

Mas o que teria causado esse fenômeno? Atendo-se ao primeiro citado, Bayley compreende que ele não é de fácil assimilação em uma conferida inicial.

“‘The X Factor’ tem músicas incríveis, mas o som é tão dark e a maneira como foi produzido não é acessível como alguns dos outros álbuns do Maiden. Você tem que conviver com ele por um tempo até estar sintonizado com as coisas que estão acontecendo. Então, você pode compreender à música. Acho que talvez tenha sido um problema na época. Era bem diferente do que veio antes.”

O cantor também ressalta que distintos povos absorveram a obra de formas variadas.

“Há culturas diferentes também, países diferentes. Na Suécia e na Espanha, as pessoas o amavam tanto quanto qualquer outro disco da banda. Mas em outros lugares as pessoas não gostaram. É assim mesmo.”

Os aprendizados de Blaze Bayley

Embora siga lançando novos álbuns – como o vindouro “Circle of Stone” – não é de se surpreender, sendo assim, que Blaze siga homenageando seu passado nos shows. A situação sempre acaba gerando um clima de celebração.

“Estou fazendo shows celebrando o 30º aniversário de minha entrada no grupo. Aprendi muito trabalhando com os caras do Maiden, escrevendo músicas com eles e absorvendo a experiência que tinha. Eles foram muito generosos. Descobri muitas coisas sobre mim e minha voz trabalhando no estúdio e compondo com a banda. Hoje sou capaz de expressar a letra, a melodia, captar a emoção, a paixão e os sentimentos específicos de cada música. Sou capaz de captar minha voz e usá-la de uma maneira que nunca consegui fazer antes. E isso é por causa de tudo que aprendi no Iron Maiden.”

Iron Maiden e “The X Factor”

Lançado em 2 de outubro de 1995, “The X Factor” foi muito inspirado pelos problemas pessoais do baixista Steve Harris, líder e principal compositor do Iron Maiden, que passava por um divórcio à época. O baixista assinou a produção junto a Nigel Green. Foi a primeira vez que a banda não contou com Martin Birch na função em 15 anos.

A capa foi criada pelo artista canadense Hugh Syme. Uma versão “menos gráfica” foi disponibilizada no encarte para comércios onde pudesse ocorrer algum tipo de censura.

O trabalho teve posições discretas nas paradas, chegando a um mero 147º lugar nos Estados Unidos (135 posições abaixo do antecessor “Fear Of The Dark”) e 8º na Inglaterra, onde ganhou disco de prata.

A turnê de divulgação marcou a terceira vinda do grupo ao Brasil, com shows em São Paulo (Monsters of Rock, junto a Motörhead, Skid Row, Biohazard, Helloween, Raimundos, Mercyful Fate/King Diamond e Heroes del Silencio), Curitiba e Rio de Janeiro.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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