O álbum do Led Zeppelin que explora a escuridão, na opinião de Jimmy Page

Disco de 1976 é um "ilustre desconhecido" na estudada discografia do grupo britânico

Em 1976 o Led Zeppelin lançou o álbum “Presence”. Sétimo trabalho de estúdio, foi registrado em um período conturbado para a banda, em especial Robert Plant, que havia sofrido um acidente pouco antes das gravações.

Mesmo assim, Jimmy Page tem alto grau de consideração pelo resultado, embora admita não se tratar de um dos trabalhos mais conhecidos do quarteto, especialmente em comparação aos antecessores.

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Em entrevista publicada pela revista Classic Rock em 2015, o guitarrista refletiu sobre o disco.

“Eu certamente gosto muito dele. Muitas vezes, falo com as pessoas e elas dizem ser seu favorito, e isso sempre me surpreende, porque você realmente precisa ouvir com atenção para compreender o que está acontecendo.”

“Presence”, o álbum menos conhecido

Um exemplo de como o disco não conta com o mesmo reconhecimento de seus pares ocorreu durante o show de reunião na O2 Arena, em Londres, dia 10 de dezembro de 2007. Ao tocar a música “For Your Life”, ficou claro para os próprios músicos no palco que muita gente não a conhecia.

“Um jornalista chegou a escrever em uma resenha que se tratava de uma música nova. Acho que isso resume o apelo de ‘Presence’ em relação ao grande público.”

Mesmo assim, Page consegue extrair vários momentos de destaque do álbum. O que é significativo, dadas as circunstâncias em que as sessões ocorreram.

“Por conta do acidente, Plant passou aquele período todo com um gesso na perna. Acabou que o disco se tornou muito reflexivo em relação ao que ocorria, trazendo momentos mais obscuros e intensos. Há momentos extraordinários, como ‘Achilles Last Stand’ e ‘Tea For One’, onde Robert canta com o coração.”

Led Zeppelin e “Presence”

Mesmo ficando abaixo dos primeiros trabalhos do Led Zeppelin em termos de vendas, “Presence” teve mais de 7 milhões de cópias comercializadas em todo o mundo. Chegou ao topo das paradas nos Estados Unidos e Inglaterra.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

2 COMENTÁRIOS

  1. No Brasil dos anos 80 e 90, esse álbum era muito querido. Conheci várias pessoas que tinham. Por que no Brasil? Acho que porque o Led Zeppelin era sinônimo de LOUDNESS por aqui, de tocar muito alto, fazer muito barulho. Mais do que no exterior. Eu adoro o trabalho. Tive um LP muito riscado e agora tenho um CD.

  2. Eu amo esse album porque ele passa sofrimento, fundo do poço, dor, reflexao e bom gosto. Sempre admirei Jimmy Page pela coragem de trazer nao so o conteudo facil, mas trazer em cada album uma nova forma de mostrar a vida e o que passavam, por isso tudo que o Led Zeppelin fez eh extremamente profundo.

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