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A forte resposta de Joe Bonamassa a quem o critica por colecionar guitarras

Guitarrista possui mais de 500 instrumentos e afirma que há opções disponíveis no mercado para qualquer um que tenha interesse

A paixão de Joe Bonamassa pela música envolve não apenas tocar e compor, como também colecionar instrumentos. No ano passado, o guitarrista revelou que sua coleção de guitarras — iniciada quando ainda era bem jovem — ultrapassou mais de 500 modelos, boa parte abrigados dentro de sua casa em Los Angeles, nos Estados Unidos. 

Há quem condene a prática do músico de acumular as peças, considerando um “desperdício” apenas tê-las sem de fato usá-las. Para esse tipo de julgamento, Joe já tem uma resposta pronta.

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Durante participação no podcast Let There Be Talk, transcrita pela Ultimate Guitar, o instrumentista refletiu sobre o assunto. Primeiramente, Bonamassa abordou a repercussão nas redes sociais ao ter adquirido uma guitarra Les Paul Standard 1954 no fim do ano passado e, então, explicou o motivo pelos quais certos comentários o revoltaram.

Ele declarou: 

“Quando eu postei o modelo ‘54 Goldtop’ que consegui por meio dos netos do proprietário original da guitarra em Massachusetts, várias pessoas disseram: ‘outra guitarra que nunca vai ver a luz do dia, pensem nas músicas que poderiam ser tocadas nela se outra pessoa a tivesse comprado’. Espera aí, vamos mudar essa lógica. Os netos entraram em contato comigo por dois motivos: primeiro, eles sabiam que eu colecionava guitarras. E segundo, eles sabiam que eu tinha um bom lugar para guardá-la e ofereci um preço justo. Fim da história. Isso não é um socialismo de colecionador. Não é uma guitarra para todo mundo.”

Segundo o guitarrista, a ideia de uma “monopolização” de modelos raros é injusta. Isso porque, em sua concepção, esses tipos de instrumento tiveram uma quantidade razoável de unidades comercializadas no passado, o que possibilita que outras pessoas também os encontrem à venda no mercado e os comprem. 

“Não se sunta a lógica de que, ao colecionar, você está tirando o instrumento das pessoas que poderiam estar o usando. Por exemplo, no caso dos amplificadores Super Reverb Fender. Entre o final de 1963 ou início de 1964 até o momento em que eles foram descontinuados, a Fender fez 66 mil Super Reverbs. Eu tenho talvez 5 ou 6 desse modelo. Isso não é exatamente monopolizar o mercado.”

Por fim, deu outro exemplo e acrescentou: 

“No caso da Les Paul Sunburst, eu tenho 15 delas. Fizeram quase 600 modelos em 1959, e entre 1958 e 1960, foram quase 17 mil no total. Não estou exatamente monopolizando o mercado. Eu sempre digo às pessoas: se você quer algo, procure, há várias unidades. Há muitas guitarras para todo mundo. Se você pergunta ‘por que você precisa de todas essas guitarras?’, você não entende o que um colecionador faz.”

Sobre Joe Bonamassa

Nascido em New Hartford, estado americano de Nova York, Joseph Leonard Bonamassa começou a se destacar aos 12 anos. À época, abriu uma turnê de 20 shows de B.B. King.

Em 1991, teve a banda Bloodline, com os filhos de Miles Davis, Robby Krieger (The Doors) e Berry Oakley (Allman Brothers Band). Apenas um disco foi lançado.

Além do trabalho solo, teve participação no supergrupo Black Country Communion, com Glenn Hughes, Jason Bonham e Derek Sherinian. Também fez parte do Rock Candy Funk Party, voltado ao jazz/funk e teve uma parceria prolífica com a cantora Beth Hart.

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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