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Quando banda fez o pior álbum de metal propositalmente

Banda americana Drowningman queria se livrar de contrato horrível com gravadora, então, fez o pior possível

A ideia de fazer um trabalho ruim de propósito visando forçar a demissão já passou pela cabeça de quase todo mundo. Até Homer Simpson já explicou à filha: “Lisa, se você não gosta do seu emprego, você não faz uma greve! Você vai lá todo dia e faz seu trabalho malfeito! Esse é o jeito americano!”

Querendo se livrar da gravadora, a banda americana de metalcore Drowningman resolveu levar a máxima a sério e fazer o pior disco possível. Sua estreia, “Busy Signal At The Suicide Hotline” (1998) obteve boa repercussão na cena da região de New England. Consequentemente, os músicos assinaram com o selo punk Revelation. Mas depois do segundo álbum, “Rock And Roll Killing Machine” (2000), eles ficaram insatisfeitos com a nova casa.

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Em entrevista ao podcast New Scene, transcrita pela Metal Hammer, o vocalista Simon Bridy explicou a situação.

“Tivemos alguns problemas após o lançamento fracassado do álbum. O Papa Roach nos convidou para sair em turnê, mas nossa gravadora teria que alugar o ônibus. E eles não quiseram pagar por isso. Era a nossa grande chance!”

A banda queria sair. No entanto, eles ainda deviam um álbum por contrato. A solução foi correr para o estúdio de gravação GodCity em Massachusetts com o guitarrista e produtor do Converge, Kurt Ballou. O objetivo explícito era fazer a pior música possível para um projeto sarcasticamente intitulado “Best Record Ever”.

“Kurt foi um participante muito disposto. Em algumas faixas ele tocou saxofone. Em outras, solou alguns blues de 12 compassos. Criou o conceito de uma música chamada ‘Guitar Center Duel’: era alguém tocando mal ‘Sweet Emotion’ [do Aerosmith] em um alto-falante enquanto mais alguém tocava mal ‘Stairway To Heaven’ [do Led Zeppelin] no outro alto-falante.”

A proposta ainda ganhou adesão de um amigo de Kurt: Stephen Brodsky, do Cave In, percebeu esse projeto único e intencionalmente terrível. Ben Koller, baterista do Converge, também resolveu embarcar. Sem surpresa, a gravadora não ficou nada entusiasmada.

“Eles estavam, uh… não entusiasmados. Estávamos em turnê, em nossa van, quando encontramos o pessoal de relações públicas. A reação não foi ótima. Eles sabiam o que estava por vir e não se importaram com isso.”

Sobre o Drowningman

Ainda menos surpreendente é que “Best Record” Ever nunca tenha sido lançado. O Drowningman se separou no verão de 2002. Embora a banda tenha se reunido brevemente em algumas ocasiões (mais recentemente de 2021 até o início deste ano), o grupo entrou mesmo para a história pelo “pior álbum de propósito de todos os tempos”.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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