Bruce Dickinson achou estranho tocar para ricos nas primeiras filas do Power Trip

Vocalista do Iron Maiden usou públicos do Brasil e de toda a América do Sul como exemplos do oposto ao que viu no festival americano

O Iron Maiden foi uma das atrações do primeiro dia do festival Power Trip, realizado em 6, 7 e 8 de outubro na cidade californiana de Indio, nos Estados Unidos. A banda inglesa dividiu o palco com o Guns N’ Roses. Nas outras noites Judas Priest, AC/DC, Tool e Metallica se encarregaram dos festejos.

Claramente, os comandados de Steve Harris eram os mais deslocados dentro de um contexto tipicamente americano de festa – apesar de conterrâneos, Rob Halford e companhia são bem mais acostumados com a realidade yankee. Bruce Dickinson não nega.

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Em entrevista à rádio brasileira Kiss FM, o vocalista admitiu que o sexteto não estava confortável com o comportamento da plateia. Conforme transcrição do Blabbermouth, ele declarou:

“O Power Trip foi uma experiência um pouco estranha para nós. Fizemos um bom show, na verdade. Foi a apresentação habitual do Maiden. Não pensamos ‘Oh, como é Power Trip, temos que de repente só tocar grandes sucessos.’ Não – foi a mesma coisa que estamos fazendo na turnê ‘Somewhere Back In Time’ (nota da redação: The Future Past, na verdade, se fosse a citada seria um set de hits); ‘Death Of The Celts’ e tudo mais. E foi um pouco estranho porque as pessoas estavam no calor o dia todo. Não havia banda de abertura. Era só subir ao palco. Mesmo assim, acho que soamos muito bem. Mas foi uma situação incomum.”

O que causou maior incômodo a Bruce foi o fato de a primeira fila ser ocupada por pessoas que não necessariamente eram fãs. O festival distribuiu sua venda de ingressos em vários setores — e quanto mais perto do palco, mais caro era o tíquete.

“Os ingressos para o festival eram muito caros. As pessoas que estavam na frente eram ricos que só queriam filmar tudo em seus telefones. Os fãs para quem gostamos de tocar ficaram no fundo. E isso é uma droga, na verdade. Não era nosso festival; não era nossa organização. Iremos para a América no próximo ano e faremos nossa própria turnê. E as pessoas que estarão na frente serão as que merecem, os verdadeiros fãs.”

Por conta disso, o frontman fez até uma menção aos públicos do Brasil e América do Sul em geral durante o concerto.

“Sim. Vá dar uma olhada em alguns verdadeiros fãs de rock and roll – não em um bando de posers que querem ir para a frente do palco pensando ‘Paguei 3.000 dólares pelo meu ingresso. Olhe para mim.’ Vão se f*der.”

Iron Maiden e Bruce Dickinson em turnê

O Iron Maiden retoma agenda no ano que vem, com a segunda parte da “The Future Past Tour”, com repertório focado nos álbuns “Somewhere in Time” (1986) e “Senjutsu” (2021). O grupo passa pela América do Sul em novembro. O Brasil aguarda pelas datas confirmadas.

Enquanto isso, Bruce Dickinson lança o disco solo “The Mandrake Project” em 1º de março próximo. Logo a seguir, o cantor realiza uma série de shows pelo Brasil. Eis o itinerário:

  • 24/04 Curitiba (Live Curitiba)
  • 25/04 Porto Alegre (Pepsi On Stage)
  • 27/04 Brasília (Opera Hall)
  • 28/04 Belo Horizonte (Arena Hall)
  • 30/04 Rio de Janeiro (Qualistage)
  • 02/05 Ribeirão Preto (Quinta Linda)
  • 04/05 São Paulo (Vibra São Paulo)

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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