Um dos momentos mais emotivos do já emocionante “But Here We Are”, novo álbum do Foo Fighters, aparece em “The Glass”. A música é uma homenagem a Virginia, mãe de Dave Grohl. Ela faleceu antes da gravação do trabalho e sua figura é homenageada na obra, assim como o baterista Taylor Hawkins, também morto no período.
Durante aparição recente no programa Austin City Limits, o frontman explicou a ideia por trás da composição. Conforme transcrição do Tenho Mais Discos Que Amigos, o vocalista e guitarrista se emocionou ao contar:
“Bom, agora nós vamos fazer algo que a gente geralmente não faz, mesmo. Sabe de uma? Na verdade eu vou ficar um pouco emocionado, enquanto eu conto sobre o que eu escrevi nessa música. Eu escrevi essa sobre o falecimento da minha mãe.
Quando eu ia visitar minha mãe no hospital, na época, tinha um monte de restrições em que eu não podia ir no quarto em que ela estava. Então eu tinha que sentar do lado de cá do vidro e ela estava do outro lado. E eu sentava ali e olhava pra ela e eu conseguia ver meu reflexo no rosto dela. Como eu também sabia que quando ela estava olhando pra mim, ela conseguia ver o reflexo dela no meu rosto.
Então todo dia eu ia pra casa e pensava nisso. E daí eu pensei em como havia algo entre a gente, mas nós ainda conseguíamos nos ver através desse algo. Então, eu escrevi essa música que se chama ‘The Glass’ e soa assim.”
Recentemente, “The Glass” ganhou versão em single, com uma regravação da cantora H.E.R., nome artístico da americana Gabriella Sarmiento Wilson. Ela já havia tocado a canção com a banda durante recente aparição no programa televisivo “Saturday Night Live”.
Foo Fighters e “But Here We Are”
“But Here We Are” chegou ao 8º lugar na Billboard 200, principal parada de discos americana, em sua semana de lançamento. Foi o pior desempenho do grupo desde o século passado, quando “Foo Fighters” (1995) alcançou o 23º, enquanto “The Colour and the Shape” (1997) e “There’s Nothing Left to Lose” (1999) atingiram o 10º lugar na Billboard 200.
Em compensação, o play alcançou o topo em 5 rankings. O maior destaque vai para o Reino Unido, com Dave Grohl e companhia fazendo história ao impedir que Noel Gallagher fosse número 1 pela 11ª vez consecutiva na carreira, incluindo os trabalhos com o Oasis. Foi a primeira vez que o músico e compositor britânico não obteve a honraria com o trabalho de estúdio nos primeiros sete dias após disponibilizá-lo.
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