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A música em que o Genesis tentou “incorporar” os Beatles

Presente no álbum que leva o nome da banda, “That’s All” se tornou o primeiro single da carreira a figurar no top 10 americano

Lançado em 3 de outubro de 1983, o álbum que leva o nome do Genesis teve como primeiro single a faixa de abertura, “Mama”. Ela se tornou a música mais bem-sucedida de toda a carreira da banda em termos de desempenho em paradas, chegando ao 4º lugar no chart britânico. Porém, o efeito não se repetiu nos Estados Unidos, onde ela amargou um mero 73º posto no Billboard Hot 100.

Seguindo o tracklist do disco, “That’s All” foi a próxima oferecida no formato. Uma canção bem mais pop do que os radicais fãs da era Peter Gabriel jamais poderiam imaginar. Ainda assim, um hit em sua essência. E a inspiração é deveras interessante. Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks tinham como objetivo descobrir o que aconteceria se os Beatles se reunissem para escrever algo em 1983 – algo fisicamente impossível, já que John Lennon tinha sido assassinado três anos antes.

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Em entrevista de 1986 à revista Hitmen (disponível no arquivo morto de um site britânico em sua homenagem), o baterista e vocalista recordou:

“A bateria em ‘That’s All’ é totalmente Ringo Starr. Às vezes acontece de eu pensar em Keith Moon, John Bonham ou Stewart Copeland na hora de buscar inspiração. Porém, o mais presente de todos é, sem dúvidas, Ringo.”

Tecnicamente, a canção também marcou um dos primeiros usos do Emulator, sampler criado em 1981. Banks relembrou ao Songfacts:

“Com o Emulator, consegui elencar diferentes peças à medida que avançávamos. Experimentei esse trecho do Mike, que não parecia muito bom, então diminuí a velocidade para cerca de metade ou um quarto. Meio que virou uma solução para o riff que se tornaria ‘That’s All’. Não era exatamente a mesma coisa, mas tinha uma sugestão disso. Toquei ao piano achei muito bom.

Phil usou uma espécie de bateria no estilo ‘Rocky Raccoon’, o que fez com que fosse algo que realmente não era no começo. Então eu só queria manter tudo simples em termos de acordes, deixar a melodia ir aonde deveria, em vez de tentar combiná-la com outra parte, que às vezes é o que costumávamos fazer. Nós realmente deixamos a música se desenvolver sozinha e fiquei satisfeito com isso. É uma das mais simples do Genesis, mas que realmente funciona.”

O videoclipe foi a primeira parceria com o diretor Jim Yukich. A trama mostra o trio como mendigos em uma fábrica abandonada. A ideia não acompanhava a da letra, que versava sobre uma relação falida. Ainda assim, o resultado foi considerado positivo. Posteriormente, a parceria se repetiria em outras produções do gênero – assim como na carreira solo de Collins.

Genesis, “That’s All” e o álbum de 1983

“That’s All” se tornaria o primeiro top 10 do Genesis em terras americanas, chegando ao 6º lugar no já mencionado Billboard Hot 100.

“Genesis”, o álbum, chegou ao primeiro lugar nas paradas da Inglaterra, Alemanha e Finlândia, tendo vendido mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Lançado em 3 de outubro de 1983, o álbum que leva o nome do Genesis teve como primeiro single a faixa de abertura, “Mama”. Ela se tornou a música mais bem-sucedida de toda a carreira da banda em termos de desempenho em paradas, chegando ao 4º lugar no chart britânico. Porém, o efeito não se repetiu nos Estados Unidos, onde ela amargou um mero 73º posto no Billboard Hot 100.

Seguindo o tracklist do disco, “That’s All” foi a próxima oferecida no formato. Uma canção bem mais pop do que os radicais fãs da era Peter Gabriel jamais poderiam imaginar. Ainda assim, um hit em sua essência. E a inspiração é deveras interessante. Phil Collins, Mike Rutherford e Tony Banks tinham como objetivo descobrir o que aconteceria se os Beatles se reunissem para escrever algo em 1983 – algo fisicamente impossível, já que John Lennon tinha sido assassinado três anos antes.

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“A bateria em ‘That’s All’ é totalmente Ringo Starr. Às vezes acontece de eu pensar em Keith Moon, John Bonham ou Stewart Copeland na hora de buscar inspiração. Porém, o mais presente de todos é, sem dúvidas, Ringo.”

Tecnicamente, a canção também marcou um dos primeiros usos do Emulator, sampler criado em 1981. Banks relembrou ao Songfacts:

“Com o Emulator, consegui elencar diferentes peças à medida que avançávamos. Experimentei esse trecho do Mike, que não parecia muito bom, então diminuí a velocidade para cerca de metade ou um quarto. Meio que virou uma solução para o riff que se tornaria ‘That’s All’. Não era exatamente a mesma coisa, mas tinha uma sugestão disso. Toquei ao piano achei muito bom.

Phil usou uma espécie de bateria no estilo ‘Rocky Raccoon’, o que fez com que fosse algo que realmente não era no começo. Então eu só queria manter tudo simples em termos de acordes, deixar a melodia ir aonde deveria, em vez de tentar combiná-la com outra parte, que às vezes é o que costumávamos fazer. Nós realmente deixamos a música se desenvolver sozinha e fiquei satisfeito com isso. É uma das mais simples do Genesis, mas que realmente funciona.”

O videoclipe foi a primeira parceria com o diretor Jim Yukich. A trama mostra o trio como mendigos em uma fábrica abandonada. A ideia não acompanhava a da letra, que versava sobre uma relação falida. Ainda assim, o resultado foi considerado positivo. Posteriormente, a parceria se repetiria em outras produções do gênero – assim como na carreira solo de Collins.

Genesis, “That’s All” e o álbum de 1983

“That’s All” se tornaria o primeiro top 10 do Genesis em terras americanas, chegando ao 6º lugar no já mencionado Billboard Hot 100.

“Genesis”, o álbum, chegou ao primeiro lugar nas paradas da Inglaterra, Alemanha e Finlândia, tendo vendido mais de 7 milhões de cópias em todo o mundo.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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