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Por que Paul Stanley gostou tanto do Kiss ter tirado maquiagens em 1983

No lançamento de "Lick It Up", a banda se reinventou de forma impensável até aquele momento

Em 1983, com uma década de carreira, o Kiss tomou a decisão mais ousada de sua vida: abrir mão de suas clássicas maquiagens e fantasias de palco. No álbum “Lick It Up” e sua respectiva turnê, os integrantes do grupo mostraram os rostos pela primeira vez – e seguiram dessa forma até 1996, quando readotaram o visual clássico.

Em entrevista de 2021 ao jornalista Felipe Branco Cruz, da revista Veja, Stanley refletiu brevemente sobre esse período e o conectou ao que vivenciava no então momento atual, onde se distanciou do rock para lançar um álbum soul: “Now and Then”, com a banda Soul Station.

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Inicialmente, o Starchild comentou que ficou “feliz” quando o Kiss tirou as maquiagens em 1983. O motivo?

“Descobrimos que nós éramos tão bons quanto parecíamos. Lotamos todos os shows. Anos depois, quando voltamos aos personagens, soube que não estávamos nos escondendo atrás de nada”.

Essa não foi a única reinvenção da carreira de Paul Stanley: o músico do Kiss já protagonizou o musical “O Fantasma da Ópera” em 1999, lançou um álbum solo intitulado “Live to Win” com roupagem mais contemporânea em 2006 e passou a se dedicar à pintura nos últimos anos.

Também à Veja, ele destacou que todos esses trabalhos diferentes não mostram “outras pessoas”. Ainda é Paul Stanley, no fim das contas.

“Quando você usa terno e gravata, sente-se uma pessoa diferente de quando está de camiseta? Você é a mesma pessoa, certo? Quem você é, portanto, vem de dentro, não de fora. Todo mundo tem muitos lados. Isso não significa que um é real e o outro, não. Apenas significa que você é multifacetado. Na Soul Station, ainda sou eu cantando, mas é outra parte de mim.”

Paul Stanley, o Starchild do Kiss

Nascido em Nova York, Stanley Bert Eisen demonstrou aptidões criativas desde cedo. Formou-se em artes gráficas na Escola de Música e Artes em 1970. A seguir, passou a se dedicar à carreira musical.

Após várias tentativas, conheceu Gene Simmons e juntos fundaram o Wicked Lester. A banda se desfez e a dupla criou o Kiss. Com 50 anos de carreira, o grupo vendeu mais de 100 milhões de discos em todo o planeta. Stanley assumiu a persona Starchild, com direito a uma estrela em um dos olhos na famosa maquiagem.

Recentemente fundou o Soul Station, banda onde exalta seu amor pela soul music. O primeiro álbum saiu em 2021. Também lançou dois trabalhos solo, além de ter estrelado uma temporada do musical “O Fantasma da Ópera” em Toronto, Canadá, no ano de 1999.

Nasceu com microtia, malformação congênita do ouvido externo direito. Por conta disso, não escuta com ele. Reconstruiu a orelha em 1982. Hoje, dá palestras e auxilia crianças na mesma situação.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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