A Guitar World pediu que Justin Hawkins mencionasse os guitarristas que moldaram seu caráter musical. O frontman do The Darkness mencionou 14 músicos.
Alguns deles são bem fora da curva para os padrões do rock festeiro que o consagrou. Ainda assim, todos muito bem justificados.
Os 14 guitarristas que moldaram Justin Hawkins
1. Rick Rubin: “Uma das coisas que me fez querer tocar guitarra foi o Run-D.M.C. e seu álbum ‘Raising Hell’. Obviamente, a versão de ‘Walk This Way’ é incrível, mas o que eu acho que era acessível para um novato era o que Rick Rubin estava tocando. Na faixa-título há uma guitarra desagradável que pode ser alcançada e você pode obter esse tipo de som em um amplificador de prática. Ele estava apenas mantendo as coisas simples, mas com muita atitude e foi muito legal. Se você tiver alguma aptidão, pode tocar esse tipo de coisa muito rapidamente e é muito satisfatório. Isso o estimula. Então, na verdade vou dizer que Rick Rubin é um dos guitarristas mais inspiradores da minha infância. Inesperado, não é?!”
2. Mark Knopfler: “Em um esforço para finalmente obter algum tipo de aprovação do meu pai, vou optar por Mark Knopfler. Ele é simplesmente fantástico. Lembro-me de ‘Alchemy: Dire Straits Live’ – especialmente ‘Private Investigations’ – e acho que o que adoro na sua forma de tocar é que há muita expressão no vibrato. Não há muito som sujo, a menos que você esteja falando sobre ‘Money For Nothing’, o que realmente não é o caso. Estou falando de todo o resto da obra, onde ele é super melódico, muito inventivo e nunca pisa no mesmo terreno duas vezes. Qualquer que seja a sequência de acordes em rotação, ele encontra um milhão de maneiras diferentes de expressar a melodia e é muito inteligente.”
3. Buddy Holly: “Quando você pensa sobre o estilo dele, há três acordes que na verdade são o solo. Algo entra em ação muito alto, mas é apenas ele tocando. Não são acordes sofisticados, apenas de tríade completos tocados na primeira posição e ele faz solos com isso. Se já houve alguém que inspirou a pegar um violão é esse cara, porque ele pode fazer tudo e na verdade não faz nada! Simplesmente escreve músicas brilhantes e o solo contém alguns acordes que já conhecemos.”
4. Richard Thompson: “Ele nunca deixa de me surpreender. Você acha que vai fazer alguma coisa e simplesmente leva em outra direção estranha. Eu adoraria saber o que está acontecendo em seu cérebro. Richard nunca toca o que você espera, mas é sempre a coisa certa. É um daqueles músicos que, quando faz alguma coisa, seus ouvidos ficam aguçados.”
5. Jimmy Page: “Ouvi mais Led Zeppelin do que qualquer outra coisa na vida. Page é um músico econômico. Grande parte do truque para entender como ele aborda as coisas tem a ver com as afinações. Você vê pessoas que conseguem fazer o mesmo na afinação tradicional e é realmente impressionante. Mas isso impede de querer tocar porque é tipo, ‘Ah, ok. Esse cara acertou em cheio. Não há necessidade de eu estar aqui com esta guitarra neste momento.’ Page nunca teve essa vibração.”
6. Luke Morley: “O primeiro show grande que vi foi do Thunder. As bandas nunca vinham à minha cidade. Tinha 15 ou 16 anos e Luke Morley usava uma Les Paul branca canhota. Foi simplesmente incrível. Ele é um ótimo guitarrista de blues rock e eu realmente amo as músicas do álbum ‘Backstreet Symphony’. Marshall, Les Paul – não tem como dar errado!”
7. Brian May: “É óbvio, mas necessário. Há sofisticação em sua forma de tocar, além de ter escrito músicas incríveis. Um roqueiro ao estilo antigo com um cérebro incrível e facilidade para escrever melodias e harmonias. O Queen inventou muitos subgêneros do rock e Brian May possui grande crédito nisso.”
8. Tim Smith: “Preciso citar Tim Smith, do Cardiacs, que infelizmente não está mais entre nós. Ele me influenciou como cantor e guitarrista, mas também como compositor. Possuía uma certa abordagem de todas essas coisas que eu definitivamente assumi e tentei incorporar. É a trilha sonora do meu cérebro quando fecho os olhos.”
9. Angus Young: “Amo seus solos, a forma como tem um vibrato distinto – é quase como B.B. King. As pessoas consideram-no um plagiador de Chuck Berry, mas ele tem suas próprias características e você pode ouvi-las a centenas de quilômetros de distância. Opera principalmente em escalas pentatônicas fazendo solos de blues e ainda assim é distinto, uma das pessoas que faz você querer aprender a tocar.”
10. Slash: “Amo Slash, ele é incrível e um músico muito particular. A única vez que decorei um livro de tablaturas foi o de ‘Appetite for Destruction’, do Guns N’ Roses. Você consegue reconhecê-lo de ouvido. É uma figura muito especial.”
11. Keith Richards: “As pessoas falam muito sobre a personalidade histórica e acabam negligenciando as coisas realmente importantes que ele faz como guitarrista. Só lida com a terceira e a quinta corda na maior parte do tempo, deixando o baixista cuidar da raiz da música. É isso que dá aquela vibração dos Rolling Stones, eu acho.”
12. Eddie Van Halen: “Poucos são os verdadeiros pioneiros. Adoro a maneira como ele estrutura seus solos. Você só precisa ouvir uma música e é sempre a mesma marca registrada. Mas é espetacular todas as vezes. É brilhante. Os guitarristas mais importantes são aqueles que lhe fazem querer pegar um instrumento.”
13. Lindsey Buckingham: “Gosto de músicos híbridos. Adoro Lindsey Buckingham porque o estilo de tocar com os dedos é incrível. Quando está solando é super distinto também. Acho que, na verdade, como protagonista, meu irmão se parece mais com Lindsey e é sempre um prazer ouvi-lo porque é algo que não posso fazer.”
14. Dan Hawkins: “Meu irmão é meu guitarrista rítmico favorito. Na verdade, eu o colocaria ao lado de Malcolm Young, por quem foi fortemente influenciado. Quando ele toca o solo, ele soa como Lindsey Buckingham e quando toca o ritmo, ele soa como Malcolm Young – então, como não gostar?!”
Sobre o frontman do The Darkness
Nascido em Surrey, Inglaterra, Justin Hawkins iniciou a carreira com o Empire, formado junto de seu irmão Dan. O grupo tocava covers e contava com uma inclinação mais progressiva em comparação ao que os levaria ao sucesso.
Na virada do século, a banda mudou o nome para The Darkness, investindo em uma pegada hard rock com influências pop. A repercussão foi grande, especialmente no Reino Unido. As atividades foram temporariamente encerradas em 2006 e retomadas em 2011.
Durante o hiato, formou o Hot Leg. O projeto lançou apenas um disco, “Red Light Fever” (2008). Inicialmente, o álbum seria um trabalho solo do frontman. Atualmente, possui um canal no YouTube que acabou se tornando ainda mais popular que as atividades artísticas.
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