Os 50 melhores álbuns da década de 2000, segundo a Metal Hammer

Apesar de “amaldiçoado” entre os headbangers puristas, início do século rendeu obras de suma importância para a música pesada

A capa da nova edição da revista britânica Metal Hammer presta homenagem à primeira década do século atual. O período é visto, especialmente entre os fãs mais conversadores, como um momento de declínio. Porém, uma rápida examinada nos mostra que muita coisa de valor foi feita.

Um exemplo está na matéria compilada pelo staff da publicação com os 50 melhores álbuns lançados entre 2000 e 2009. Importante lembrarmos que, se seguirmos a lógica do calendário gregoriano, usado no Brasil e na maior parte do mundo, a contagem dos anos se inicia no ano 1, com a década indo até o ano 10. Observação à parte, eis o ranking:

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50. Judas Priest – Angel Of Retribution (2005)

49. Arch Enemy – Anthems Of Rebellion (2003)

48. Electric Wizard – Dopethrone (2000)

47. Clutch – Blast Tyrant (2004)

46. Heaven & Hell – The Devil You Know (2009)

45. The Dillinger Escape Plan – Ire Works (2007)

44. Alter Bridge – Blackbird (2007)

43. At The Drive-In – Relationship Of Command (2000)

42. Queens Of The Stone Age – Songs For The Deaf (2003)

41. Gojira – The Way Of All Flesh (2008)

40. The Devin Townsend Project – Addicted (2009)

39. Nine Inch Nails – With Teeth (2005)

38. Cradle Of Filth – Midian (2000)

37. Megadeth – Endgame (2009)

36. Within Temptation – The Silent Force (2004)

35. Fear Factory – Digimortal (2000)

34. Metallica – Death Magnetic (2008)

33. Amon Amarth – Twilight Of The Thunder God (2008)

32. Children Of Bodom – Follow The Reaper (2000)

31. HIM – Razorblade Romance (2000)

30. Meshuggah – Obzen (2008)

29. A Perfect Circle – Mer De Noms (2000)

28. Slayer – God Hates Us All (2001)

27. Converge – Jane Doe (2001)

26. Dimmu Borgir – Puritanical Euphoric Misanthropia (2000)

25. Disturbed – The Sickness (2000)

24. Bring Me The Horizon – Suicide Season (2008)

23. Audioslave – Audioslave (2002)

22. Lamb Of God – Ashes Of The Wake (2004)

21. In Flames – Clayman (2000)

20. Alice In Chains – Black Gives Way To Blue (2009)

19. Trivium – Shogun (2008)

18. Korn – Untouchables (2002)

17. Bullet For My Valentine – The Poison (2005)

16. Opeth – Blackwater Park (2001)

15. Iron Maiden – Brave New World (2000)

14. Lacuna Coil – Comalies (2002)

13. Papa Roach – Infest (2000)

12. Mastodon – Crack The Skye (2009)

11. Killswitch Engage – The End Of Heartache (2004)

10. Machine Head – The Blackening (2007)

9. Avenged Sevenfold – City Of Evil (2005)

8. Nightwish – Once (2004)

7. Limp Bizkit – Chocolate Starfish And The Hot Dog Flavored Water (2000)

6. Tool – Lateralus (2001)

5. Evanescence – Fallen (2003)

4. Deftones – White Pony (2000)

3. System Of A Down – Toxicity (2001)

2. Slipknot – Iowa (2001)

1. Linkin Park – Hybrid Theory (2000)

A “campeã” estreia do Linkin Park

Sobre o “campeão”, o texto da revista destacou:

“Se o álbum de estreia autointitulado do Korn definiu o nu metal nos anos 90, ‘Hybrid Theory’ do Linkin Park o redefiniu nos anos 2000. Vencendo a arrogância de garoto de fraternidade que passou a definir a cena, o quarteto de Los Angeles entregou um álbum que colocou uma camada de angústia muito humana sobre sua fusão hip hop/metal/industrial. O resultado foi um sucesso comercial monstruoso, que muito definiria o som e o estilo de toda a década, influenciando uma geração a formar bandas, entre elas Bring Me The Horizon e Architects. Parte do sucesso da ‘Hybrid Theory’ foi sua franqueza. O nu metal estava ficando inchado com seu próprio sucesso – ‘Chocolate Starfish…’ do Limp Bizkit, lançado uma semana antes, testava a paciência do ouvinte com 75 minutos. Em contraste, temos aqui o modelo de compacidade em apenas 37 minutos, nenhum segundo dos quais foi desperdiçado.

Mas a brevidade por si só não foi o que o tornou tão bom. O impacto de ‘Hybrid Theory’ foi em grande parte devido ao brilho de suas canções. ‘Papercut’, ‘One Step Closer’, ‘Crawling’, ‘In The End’, ‘Points Of Authority’ – esses eram hinos perfeitamente moldados que não tinham medo de se apoiar em outras formas de música, fossem as texturas em camadas da música eletrônica ou a corrida melódica de endorfina do pop. Depois, houve o movimento de assinatura do Linkin Park: a troca vocal hábil entre o cantor Chester Bennington e o rapper Mike Shinoda. As bandas já apresentavam dois cantores antes, mas raramente eles se fundiam tão perfeitamente quanto aqui.

Houve muita resistência, é claro. A banda foi desdenhosamente descartada em alguns setores como uma ‘boy band’, provando que os gatekeepers eram tão burros naquela época quanto são hoje. Mas ninguém conseguiu parar o maremoto: da MTV à pista de dança do seu clube de rock local, o Linkin Park era absolutamente inevitável. ‘Hybrid Theory’ ganhou disco de platina nos Estados Unidos em apenas três meses; no final dos anos 2000, havia vendido impressionantes 10 milhões de cópias.

A jornada subsequente do Linkin Park levaria muitas reviravoltas musicais antes de terminar com a morte prematura de Chester Bennington em julho de 2017. Algumas dessas reviravoltas os afastaram ainda mais de ‘Hybrid Theory’, outras os aproximaram dela. Eles nunca capturaram a magia do que fizeram aqui, assim como ninguém mais.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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