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Como briga familiar levou Andreas Kisser a abandonar o álcool

Guitarrista do Sepultura parou de beber após perceber que havia perdido o controle das ações e prejudicando relacionamentos com pessoas próximas

Desde o início da pandemia, durante participações em lives e podcasts, Andreas Kisser vem falando abertamente sobre a decisão de parar de beber. O guitarrista do Sepultura já havia citado o quanto o consumo de álcool vinha ditando suas decisões.

Em aparição no Sonoros, apresentado por Sergio Martins e Dudu Borges (com transcrição pelo Whiplash), o músico foi mais a fundo no tema e revelou que uma ocasião específica o fez tomar consciência de que era a hora de romper o ciclo.

“Antes da pandemia, fui até a casa do meu cunhado com minha família. Estavam presentes os mais próximos e tudo começou de forma tranquila, com algumas pessoas desfrutando de whisky. No entanto, algo mudou dentro de mim. Descontroladamente, comecei a agir de forma agressiva: chutei o cachorro e falei mal de todos, incluindo meu cunhado e a Patrícia. Vale ressaltar que os ataques foram verbais, não físicos, é claro. O clima se tornou horrível, transformando-se em uma típica briga alcoolizada de final de semana.

As pessoas se dispersaram, buscando refúgio em diferentes cantos ou até mesmo voltando para casa a pé. Foi então que comecei a refletir comigo mesmo, percebendo como o álcool influenciava todas as minhas decisões. Desde escolher o destino de viagens em família até decidir onde jantar, o álcool parecia estar no controle. Cheguei a um ponto em que recusei ir à Disney com minha família simplesmente porque não haveria cerveja lá. Parecia algo normal naquele momento, mas depois me dei conta de quão tolo fui.”

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Andreas ainda ressaltou que a mudança de atitude se deu por conta de uma autoanálise franca.

“Conversando comigo mesmo, percebi que estava permitindo que o álcool determinasse minhas escolhas, enquanto negligenciava momentos preciosos com minha família e as pessoas que mais amo. Culpei-me, chamando-me de idiota e imbecil. Decidi que não seria mais escravo do álcool. Foi uma promessa que fiz a mim mesmo naquele instante: nunca mais beber.

Não estipulei um período específico nem fiz uma promessa a Patrícia ou qualquer santo, pois entendi que a responsabilidade era exclusivamente minha. A partir daquele momento, tomei a decisão de assumir o controle sobre minha própria vida e não permitir que o álcool ditasse meu caminho.”

Em outra entrevista, ao podcast Batendo Cabeça, o músico destacou que as consequências foram as melhores possíveis para a rotina diária. A declaração pode ser lida no Whiplash.

Alcoolismo

Desde 1967, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o alcoolismo uma doença e recomenda que as autoridades encarem o assunto como questão de saúde pública. De acordo com dados levantados pelo Ministério da Saúde em 2021, o padrão de consumo de 18,4% da população brasileira é de bebedor abusivo.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Em aparição no Sonoros, apresentado por Sergio Martins e Dudu Borges (com transcrição pelo Whiplash), o músico foi mais a fundo no tema e revelou que uma ocasião específica o fez tomar consciência de que era a hora de romper o ciclo.

“Antes da pandemia, fui até a casa do meu cunhado com minha família. Estavam presentes os mais próximos e tudo começou de forma tranquila, com algumas pessoas desfrutando de whisky. No entanto, algo mudou dentro de mim. Descontroladamente, comecei a agir de forma agressiva: chutei o cachorro e falei mal de todos, incluindo meu cunhado e a Patrícia. Vale ressaltar que os ataques foram verbais, não físicos, é claro. O clima se tornou horrível, transformando-se em uma típica briga alcoolizada de final de semana.

As pessoas se dispersaram, buscando refúgio em diferentes cantos ou até mesmo voltando para casa a pé. Foi então que comecei a refletir comigo mesmo, percebendo como o álcool influenciava todas as minhas decisões. Desde escolher o destino de viagens em família até decidir onde jantar, o álcool parecia estar no controle. Cheguei a um ponto em que recusei ir à Disney com minha família simplesmente porque não haveria cerveja lá. Parecia algo normal naquele momento, mas depois me dei conta de quão tolo fui.”

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“Conversando comigo mesmo, percebi que estava permitindo que o álcool determinasse minhas escolhas, enquanto negligenciava momentos preciosos com minha família e as pessoas que mais amo. Culpei-me, chamando-me de idiota e imbecil. Decidi que não seria mais escravo do álcool. Foi uma promessa que fiz a mim mesmo naquele instante: nunca mais beber.

Não estipulei um período específico nem fiz uma promessa a Patrícia ou qualquer santo, pois entendi que a responsabilidade era exclusivamente minha. A partir daquele momento, tomei a decisão de assumir o controle sobre minha própria vida e não permitir que o álcool ditasse meu caminho.”

Em outra entrevista, ao podcast Batendo Cabeça, o músico destacou que as consequências foram as melhores possíveis para a rotina diária. A declaração pode ser lida no Whiplash.

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Desde 1967, a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o alcoolismo uma doença e recomenda que as autoridades encarem o assunto como questão de saúde pública. De acordo com dados levantados pelo Ministério da Saúde em 2021, o padrão de consumo de 18,4% da população brasileira é de bebedor abusivo.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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