Lars Ulrich faz demonstração ao vivo de pedal duplo; assista

Baterista do Metallica destaca herança genética de família de atletas na maneira como toca

Um dos músicos mais criticados da história do heavy metal, Lars Ulrich pode não ser um baterista tão técnico quanto seus colegas de geração mais conceituados, como Dave Lombardo (Slayer) ou Charlie Benante (Anthrax). Porém, sua importância com o Metallica não pode ser menosprezada, especialmente quando levamos em consideração o número de instrumentistas que fizeram a história do rock nas décadas seguintes e o consideram influência.

Durante recente aparição do Metallica no Howard Stern Show, do sistema de rádio pago SiriusXM, o apresentador exaltou a técnica do dinamarquês com os bumbos. Graças ao videoclipe de “One”, primeiro da carreira da banda, o público pode acompanhar sua performance de forma mais detalhada – especialmente na versão que suprime as cenas do filme “Johnny Vai à Guerra”.

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Lars aproveitou o questionamento para dar uma demonstração, que pode ser conferida no player abaixo.

A seguir, Ulrich falou – conforme transcrição do Music Radar – sobre sua técnica.

“Eu piso no bumbo… então eu toco meio que com a frente do meu pé, como se estivesse correndo. Vem do lado atlético da minha genética. Todos na família eram jogadores de tênis ou de futebol.”

Para o sócio de James Hetfield, os membros superiores são os mais exigidos em sua maneira de se apresentar.

“Depois dos shows, geralmente o que mais me dói são os ombros e cotovelos. São as áreas problemáticas para mim. Os pés não são tão ruins. Os tempos mais rápidos fluem facilmente.”

Dificuldade com material antigo do Metallica

E embora possa parecer óbvio ao escutar, Lars Ulrich reconhece que o material antigo é o mais desafiador. Mas não pela exigência física.

“Muitas coisas dos álbuns mais antigos são progressivas. Exigem bastante da memória, o que é mais difícil para mim. Algumas daquelas músicas malucas, como ‘The Frayed Ends of Sanity’, ‘Eye of the Beholder’ e ‘The Shortest Straw’. Nós meio que as editamos ao longo do caminho para torná-las um pouco menos inebriantes e um pouco mais físicas.”

Lars Ulrich em “72 Seasons”

Vale citar que na resenha de “72 Seasons”, escrita por Igor Miranda e publicada nesse site, Lars é citado como quem procura acrescentar algo à fórmula.

“Por vezes, quem salva o dia é – veja só – o criticado Lars Ulrich, que busca ritmos diferente em sua reconhecidamente limitada performance na bateria.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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