Um grupo chamado Ukrainian World Congress representando a comunidade ucraniana pelo mundo pediu à Academia que “Top Gun: Maverick” seja boicotado por votantes do Oscar 2023. O motivo desse pedido não foi a glorificação de guerra ou excepcionalismo americano vazio, mas sim as supostas ligações entre a produção do filme com um oligarca russo.
Produzido e distribuído pela Paramount, o longa teve entre seus financiadores a companhia New Republic Pictures. Em um processo movido contra a produtora pelo seu ex-presidente, Bradley Fischer, é alegado que o oligarca russo Dmitry Rybolovlev era um sócio silencioso e teria retirado todo seu investimento do negócio após a invasão russa à Ucrânia, quando sanções começaram a cair sobre bilionários do país.
O Ukrainian World Congress alega ao Los Angeles Times que essa participação desconhecida de Rybolovlev poderia ter acarretado em censura por parte do Kremlin. Um exemplo foi oferecido:
“Contrário ao filme original, ‘Top Gun: Maverick’ não faz referência direta ou indireta à Rússia. Isso não pode ser simples coincidência.”
Influência russa para além de “Top Gun: Maverick”
Como observa o The A.V. Club, nada deve sair disso em termos de punição a “Top Gun: Maverick” dentro do Oscar 2023. Porém, pode ser mais um exemplo da influência de oligarcas da Rússia na economia ocidental. Rybolovlev também é o acionista majoritário e presidente do clube de futebol A.S. Monaco, localizado na pequena nação europeia e pertencente à liga francesa. Ao contrário de outros bilionários – como Roman Abramovich, que foi essencialmente forçado a vender o Chelsea para o americano Todd Boehly em 2022 –, o russo não precisou se desfazer de seu time.
A cerimônia do Oscar 2023 acontece no dia 12 de março. “Top Gun: Maverick” foi indicado aos prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Som, Melhor Montagem, Melhor Canção Original (por “Hold My Hand”, de Lady Gaga) e Melhores Efeitos Visuais.
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