Você pode associar Rick Rubin ao Slayer, The Cult, Johnny Cash, Black Sabbath, Red Hot Chili Peppers e uma infinidade de outros artistas. Mas o produtor teve seu grande salto, que o tornou conceituado na indústria, através da ligação com o hip hop.
O próprio tem noção do tamanho do feito que foi tirar o segmento da contracultura e colocá-lo no mainstream. Até porque todas as portas estavam fechadas, como revelou ao podcast Stay Free, do ator e comediante Russell Brand, com transcrição da Classic Rock.
“A primeira vez que tive contato com o hip hop foi nos anos 80, morando em Nova York e começando a fazer música. As forças dominantes estavam tentando censurar o tipo de som em que eu estava trabalhando, queriam que não acontecesse. Não entendiam o que era. O hip hop foi originalmente proibido, não era tocado em nenhuma estação de rádio, as pessoas que o faziam eram ‘despovoadas’, era a “não-música”. Os artistas eram vistos como ruins e pessoas más. Agora é a forma de música mais popular do mundo.”
Rubin ressalta que a dedicação dos pioneiros foi fundamental. Especialmente pelo fato de que eles não receberam os louros das gerações posteriores.
“Quem estava envolvido naquele período o fazia por amor a essa forma de arte. Eram pessoas que nunca frequentaram um conservatório nem eram grandes músicos virtuosos, mas tinham algo a dizer. Tinham uma experiência de vida diferente das outras e queriam expressá-la. Se você não fizesse parte disso, não entendia. Agora, com o tempo, as pessoas passaram a compreender e tomou conta do mundo.”
O próprio Rick é honesto ao reconhecer que não imaginava o fenômeno que aquele movimento se tornaria.
“Nos primeiros dias eu nunca poderia prever que o rap seria o que é hoje ou que algum dia seria popular, porque era uma forma de música underground e ofensiva. Vê-la ao vivo onde está hoje é reconfortante. As forças que estavam tentando impedir não foram fortes o suficiente.”
Sobre Rick Rubin
Entre os nomes históricos que Rick Rubin ajudou a revelar estão The Beastie Boys, Geto Boys, Run-DMC, Public Enemy e LL Cool J. Recentemente, o produtor publicou seu primeiro livro, “The Creative Act: A Way of Being”.
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