As festas de fim de ano trazem consigo as polêmicas de sempre, que vão desde a temida uva passa na comida até a preferência política daquele tio que serviu nas Forças Armadas quando era jovem. Uma das maiores polêmicas envolve os chamados “filmes de Natal” e o mais controverso certamente é o clássico “Duro de Matar”, que tecnicamente, faz parte da lista.
Apesar de não ser uma história sobre o Papai Noel e não envolver crianças, presentes e o clima da data diretamente, a ação do longa, com o prédio invadido por terroristas, acontece durante o feriado natalino. Decorações e elementos são vistos principalmente no fim da obra. Para complicar ainda mais, o lançamento ocorreu durante o verão americano – ou seja, na metade do ano de 1988, e não no Natal, como normalmente acontece com os longas temáticos da data.
Vários envolvidos na produção já foram perguntados sobre o tema, como o diretor John McTiernan. Sua resposta foi política, mas não esclarece muita coisa: oficialmente ele nega que “Duro de Matar” tenha sido pensado como um filme de Natal. A conversa surgiu em uma entrevista para o American Film Institute, em 2020, com transcrição do Far Out Magazine.
“Nós não tínhamos a intenção de que fosse um filme de Natal, mas alegria que veio do filme foi o que o tornou um filme de Natal.”
Antes disso, em 2017, o roteirista do longa, Steven E. de Souza, chegou a participar de uma brincadeira no Twitter ao colaborar com a hashtag #DurodeMatarÉumFilmedeNatal. Mas foi em 2018 que Bruce Willis, a grande estrela da franquia, respondeu a pergunta de uma vez por todas em entrevista ao Entertainment Weekly.
“’Duro de Matar’ não é um filme de Natal! É uma p#rra de um filme do Bruce Willis!”
Bruce Willis e “Duro de Matar”
Natalino ou não, “Duro de Matar” é provavelmente o maior sucesso da carreira de Bruce Willis e deu origem a uma franquia de ação. A sequência “Duro de Matar 2” saiu em 1990, com um terceiro filme, “Duro de Matar – A Vingança”, saindo em 1995. A franquia foi revivida em 2007, com “Duro de Matar 4.0” e encerrada em 2013, com “Duro de Matar – Um Bom Dia Para Morrer”.
Bruce Willis, por sua vez, tem um currículo invejável e ainda é lembrado como um dos grandes nomes dos filmes de ação. Extremamente prolífico, especialmente nos últimos anos, o ator divulgou em março de 2022 que sofre de afasia, uma condição cerebral que prejudica sua fala. A doença fez com que sua carreira como ator fosse encerrada aos 67 anos de idade.
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Pode não ser tecnicamente um filme de natal, mas Duro de Matar já faz parte das minhas tradições natalinas. Existem centenas de filmes de natal, temos alguns clássicos absolutos, mas a grande maioria são filmes extremamente ruins.