O produtor e engenheiro de som Chris Kimsey trabalhou com os Rolling Stones do álbum “Sticky Fingers” (1971) até “Tattoo You” (1981). A fase compreende vários dos melhores momentos de toda a carreira da banda inglesa.
Durante entrevista à revista Uncut, o profissional que também trabalhou com nomes como Paul McCartney, Elton John e Peter Frampton compartilhou memórias de Charlie Watts. O baterista, falecido ano passado, se caracterizava por ter uma postura antagônica a de seus colegas, o que Chris confirmou.
“Nunca entendi como ele fazia parte da banda, já que não se parecia em nada com os outros. Todos tinham postura de frontman, embora eu saiba que Mick Jagger não concordaria com isso. Charlie era apenas essa figura quieta em seu canto. Mas, ao mesmo tempo, era quem os mantinha unidos. Uma pessoa maravilhosa, daquelas que você gosta mais quando passa a conhecer melhor. Jamais mudou com o passar dos anos.”
A relevância do baterista foi sentida por Kimsey quando ele ia trabalhar com outros profissionais.
“Muitos me diziam ‘quero que isso soe como Charlie Watts’. Apenas desejava boa sorte, pois ninguém conseguia. Charlie tinha sutilezas que faziam a diferença quando se tratava de uma visão geral. Vindo de uma formação jazzística, sua forma de tocar tinha dinâmica. Não era apenas tum-tum-tum. Ele era extraordinário.”
Rolling Stones sem Charlie Watts
Recentemente os Rolling Stones concluíram as gravações do seu próximo álbum, o primeiro completo de inéditas desde “A Bigger Bang”, disponibilizado em 2005.
Charlie Watts participou de parte das sessões antes de falecer, com Steve Jordan completando o material. Ainda não há previsão oficial de lançamento.
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