Morreu na madrugada desta sexta-feira (5) o ator, apresentador, dramaturgo, escritor e músico Jô Soares. Ele tinha 84 anos e estava internado desde o último dia 28 de julho no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, tratando de uma pneumonia.
A informação foi confirmada por meio de uma publicação nas redes sociais feita por Flavia Pedras, esposa do artista. O texto diz:
“Faleceu há alguns minutos o ator, humorista, diretor e escritor Jô Soares. Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados.
O funeral será apenas para família e amigos próximos.Assim, aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida.
A vida de um cara apaixonado pelo país aonde nasceu e escolheu viver, para tentar transformar, através do riso, num lugar melhor.Viva você meu Bitiko, Bolota, Miudeza, Bichinho, Porcaria, Gorducho. Você é orgulho pra todo mundo que compartilhou de alguma forma a vida com você. Agradeço aos senhores Tempo e Espaço, por terem me dado a sorte de deixar nossas vidas se cruzarem. Obrigada pelas risadas de dar asma, por nossas casas do meu jeito, pelas viagens aos lugares mais chiques e mais mequetrefes, pela quantidade de filmes, que você achava uma sorte eu não lembrar pra ver de novo, e pela quantidade indecente de sorvete que a gente tomou assistindo.
Obrigada para sempre, pelas alegrias e também pelos sofrimentos que nos causamos. Até esses nos fizeram mais e melhores
Amor eterno, sua,
Bitika”
Sobre Jô Soares
Filho único do empresário Orlando Heitor Soares e da dona de casa Mercedes Pereira Leal, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro, que ainda era o distrito federal do Brasil. Na infância, queria ser diplomata e estudou tanto no Brasil quanto na Suíça com este objetivo, mas a veia artística mostrava que seu caminho seria outro.
Estreou na TV em 1956, como parte do elenco “Praça da Alegria”, programa da RecordTV. Seguiu na emissora até 1970, quando mudou para a TV Globo e envolveu-se com diversos programas humorísticos. Em 1981, ganhou seu próprio programa, “Viva o Gordo”, onde fez história e se cnosolidou de vez como um dos maiores humoristas do Brasil.
Uma decisão que pareceu ousada à época, em 1988, se provou certeira com o tempo: deixou a TV Globo para comandar um talk-show, “Jô Soares Onze e Meia”, no SBT. Ficou ali até 1999. Voltou à Globo em 2000, com outro programa do gênero, “Programa do Jô”, com o qual permaneceu até 2016.
Grande apreciador de jazz, tinha em seus programas o Quinteto Onze e Meia (nos tempos de SBT) e o Sexteto do Jô (na Globo). Na primeira configuração, foi gravado um álbum, sem Jô, intitulado apenas “Quinteto Onze e Meia” (1992). Um trabalho ao vivo, “Jô Soares e O Sexteto – Ao Vivo no Tom Brasil” (2000), incluiu o próprio apresentador nos vocais, bongô e cornet.
Chiquinho Oliveira (trompete), Derico Sciotti (saxofone e Flauta), Miltinho (bateria), Bira (baixo), Tomati (guitarra), Osmar Barutti (piano), Rubinho (guitarra) e Edmundo Villani-Côrtes (piano) integraram o projeto musical ao longo dos anos.
*Foto principal: Zé Paulo Cardeal / TV Globo
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