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Blind Guardian simplifica e oferece seu disco mais metal no século em “The God Machine”

Novo álbum traz a banda mais direta e menos detalhista em comparação a trabalhos recentes

Uma das principais críticas que fãs dos primeiros discos do Blind Guardian fazem em relação a trabalhos recentes, anteriores a “The God Machine”, tem a ver com o excesso de pomposidade que a banda se vale, deixando o som mais direto de lado.

O ápice veio em 2019, com “Legacy of the Dark Lands”. Gravado em parceria com a Orquestra Filarmônica de Praga, o álbum parece ter levado ao extremo esse lado em particular da sonoridade do grupo, dividindo opiniões quanto ao resultado final.

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Em entrevistas recentes, o vocalista Hansi Kürsch fez questão de deixar claro que “The God Machine” traria características do passado mais distante do quarteto. Não dá para classificar como uma volta às raízes ou algo do tipo. Porém, a proposta se mostra mais condizente com o que era o power metal que projetou os alemães para o mundo. Obviamente, os músicos estão mais experientes e aprenderam muitas coisas que se refletem nas composições atuais.

Quase metade do tracklist já havia sido divulgado antes mesmo do lançamento. Entre as faixas conhecidas está a abertura, com “Deliver Us from Evil”, onde se destaca os eficientes backing vocals, que nem sempre acompanham a voz principal, dando um charme todo especial. A intro climática de “Damnation” abre espaço para algo que soará familiar a quem já acompanha o grupo de outras épocas, com referências a “Imaginations from the Other Side”.

Outra conhecida anteriormente, “Secrets of American Gods” é a mais longa, com 7 minutos e meio de contornos épicos, com maior influência dos teclados em comparação ao resto do tracklist. Já “Violent Shadows” abre com riffs que vão empolgar os adeptos do lado mais agressivo da banda. É daquelas que têm tudo para crescer ao vivo. “Life Beyond the Spheres” oferece uma abordagem dark, novamente com as guitarras pontuando em termos que fazem falta nos antecessores diretos.

Após um início esquisito (no bom sentido), “Architects of Doom” cai em um power metal típico, com momentos propícios ao headbanging, além dos vocais característicos dos protagonistas. O momento power ballad vem em “Let it Be No More”, que apesar do clima, não descuida dos corais grandiosos. “Blood of the Elves” é quase um resumo de tudo aquilo que os saudosistas mais sentiam saudades, representando um dos melhores momentos do play. Fechando a audição, “Destiny” busca o melhor do lado progressivo do som do grupo.

É difícil dizer o tamanho que “The God Machine” terá na discografia do Blind Guardian. Só o passar do tempo nos dará uma resposta mais precisa. Por hora, dá para afirmar que se trata do álbum mais metálico lançado pelo grupo neste século. E eles conseguiram fazer isso sem afugentar fãs recentes enquanto resgatam os adeptos de outrora. O que, por si só, já é um feito e tanto.

“The God Machine” será lançado na próxima sexta-feira (2) pela Nuclear Blast Records. Clique aqui para fazer o pré-save nas plataformas digitais.

Blind Guardian – “The God Machine”

  1. Deliver Us from Evil
  2. Damnation
  3. Secrets of American Gods
  4. Violent Shadows
  5. Life Beyond the Spheres
  6. Architects of Doom
  7. Let It Be No More
  8. Blood of the Elves
  9. Destiny

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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