O músico e compositor baiano Luiz Caldas lançou, no dia 1º de janeiro, seu novo álbum voltado ao rock. “From Dawn to Dusk” é o 118º de uma série de trabalhos conceituais que o cantor vem lançando mensalmente desde 2013.
Todas as letras do disco são em inglês e foram escritas pelo educador Eduardo Lubisco. O álbum pode ser baixado gratuitamente no site oficial do artista ou reproduzido nas plataformas digitais, como no player abaixo de Spotify.
Mais conhecido como um dos difundidores da axé music no contexto da música nacional através de sucessos como “Tieta”, “Haja amor” e “Fricote”, Luiz Caldas usou a internet para poder mostrar outras facetas artísticas, além de ter um contato mais direto com o público, como deixou claro em entrevista ao Correio Braziliense no ano de 2016.
“A internet foi minha tábua salvadora, possibilitando a virada na minha carreira. Isso tem conquistado um novo público, é uma nova geração que vive conectada. Acho que, em dias atuais, manter uma produção musical tradicional, nos moldes antigos do rádio e da tevê, dificulta a conquista de novos fãs”.
Já em declaração ao site da União Brasileira de Compositores, Caldas explicou o que o leva a manter a periodicidade mensal para suas obras.
“Existem modelos comerciais que são impostos pelo próprio movimento musical que está acontecendo. Aquele movimento que aconteceu quando eu criei o axé music rolou, graças a Deus, mas passou. Eu não quero aquela exposição toda nem quero ficar esquecido. Sou um artista brasileiro que produz. A música depende muito mais de transpiração do que inspiração. Já pensou se você fosse escrever um texto só quando tivesse inspiração? Não, (é) uma profissão normal. Eu estudei, conheço música, leio livros, então eu tenho bagagem suficiente para sentar: ‘Vou compor um samba, compor um jazz’. Isso eu sempre faço. Para mim, isso é muito prazeroso. E poxa, tem dado resultado, eu estou no Grammy, né?”
A indicação a que Luiz Caldas se refere ocorreu ano passado, no Grammy Latino. O disco é “Sambadeiras”, disponibilizado em abril de 2021 e voltado ao samba e à chula, ritmos dominantes nas rodas do Recôncavo Baiano.