Joyann Parker funde blues, R&B e rock no ótimo álbum “Out of the Dark”

A cantora americana Joyann Parker lançou seu segundo álbum, "Out of the Dark", que traz uma sonoridade híbrida. Aqui, a artista mescla blues, R&B, soul, rock e música raiz dos Estados Unidos com abordagem retrô e muita precisão.

A cantora, compositora e guitarrista Joyann Parker, de Minneapolis, Estados Unidos, liberou seu segundo álbum de estúdio no último dia 12 de fevereiro. Intitulado “Out of the Dark”, o trabalho chega a público por meio da Hopeless Romantic Records e traz uma sonoridade híbrida, mesclando blues, R&B, soul, rock e música raiz americana com abordagem retrô e muita precisão.

As canções de “Out of the Dark” foram todas compostas por Joyann Parker ao lado do guitarrista Mark Lamoine. A artista também co-produziu o disco ao lado de Lamoine e de Kevin Bowie, produtor e músico que já trabalhou com Etta James, Jonny Lang, Kenny Wayne Shepherd, Bruce Springsteen, entre vários outros.

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Como praticamente todo projeto musical que está dando as caras em 2021, “Out of the Dark” teve suas gravações atrapalhadas pela pandemia do novo coronavírus. Ainda bem que o resultado final não parece ter sido afetado, já que o material apresentado é de extremo bom gosto.

A acústica “Gone So Long” abre o disco em pegada raiz, enquanto a imponente “Carry On”, em seguida na tracklist, traz vocais convincentes e groove irresistível – não à toa, foi escolhida como o primeiro single. “Bad Version of Myself”, guiada por uma veia R&B, aposta em bons ganchos melódicos, preparando caminho para “What Did You Expect”, ainda mais cativante e grudenta.

“Either Way” retoma a orientação “roots”, com referências ao gênero americana. Já “Predator” chega a trazer uma pegada latina lá no fundo que chega a surpreender. “Dirty Rotten Guy” e “Come on Baby (Take Me Dancing)”, cada uma a seu modo, reforçam a ambientação retrô que é a grande aposta desse álbum.

Duas faixas finais apostam mais no rock and roll: “Fool for You” e “Hit Me Like a Train”, que prestam reverência a nomes como Chuck Berry e Fats Domino. A melancólica faixa-título, conduzida por piano, fecha o álbum com maestria – Joyann dá um show à parte nessa música.

“Out of the Dark”, enquanto álbum, acumula méritos diversos. Os vocais de Joyann impressionam, as composições são bem construídas e o instrumental é performado com maestria. Ciente de que a proposta não é reinventar a roda, dada a pegada retrô, a orientação artística acerta ao promover versatilidade, passeando por vários estilos “das antigas” sempre com segurança.

A pluralidade não fica apenas no processo de composição: o uso de instrumentos diferentes também ajuda a guiar esse conceito. Ouve-se guitarra, baixo, bateria, outros instrumentos de percussão, sopros, piano, gaita e por aí vai.

Foto: divulgação

No mais, trata-se de um grande álbum de uma artista que não é exatamente novata, mas começou a seguir por sua trajetória autoral há pouco tempo. Que venham muitos outros discos.

Joyann Parker – ‘Out of the Dark’

1. Gone so Long
2. Carry On
3. Bad Version of Myself
4. What Did You Expect
5. Either Way
6. Predator
7. Dirty Rotten Guy
8. Come on Baby (Take Me Dancing)
9. Fool for You
10. Hit Me Like a Train
11. Out of the Dark

“Out of the Dark” está em minha playlist de lançamentos, atualizada semanalmente. Siga e dê o play:

* Foto da matéria: Jeannine Marie / divulgação

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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