O Kiss é a nova banda a trabalhar em um filme no formato de cinebiografia. O estilo de produção já conta com alguns títulos de sucesso nos últimos anos, com destaque para “Bohemian Rhapsody” (Queen), “The Dirt” (Mötley Crüe) e “Rocketman” (Elton John).
A novidade foi revelada pelo empresário do Kiss, DocMcGhee. “É, basicamente, a formação do Kiss e como aquilo se transformou”, afirmou o manager, em sessão de perguntas e respostas no cruzeiro Kiss Kruise.
Segundo o empresário, já existe trabalho em torno do filme. “Estamos no meio disso agora e acho que sairá antes do fim do ano que vem (2021)”, afirmou.
Doc McGhee e “The Dirt”
Curiosamente, Doc McGhee é retratado no filme “The Dirt”, pois foi empresário do Mötley Crüe na década de 1980. O rompimento do manager com a banda de hard rock não foi nada amigável: ele foi demitido, com direito a agressões físicas por parte do baterista Tommy Lee, após não conseguir a mesma atenção que outro grupo comandado por ele, o Bon Jovi, durante o Moscow Music Peace Festival, que ele mesmo realizou na Rússia.
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Com relação a “The Dirt”, Doc McGhee disse que o filme “não é muito aprofundado”, pois ele crê que o Mötley Crüe foi “mais importante” para a música e para a cultura geral do que o longa representa. O gestor afirma, ainda, que a produção ficou daquele jeito porque eles contrataram o diretor de “Jackass” – Jeff Tremaine.
Kiss nas telas
O Kiss também não é novato no mundo dos filmes. Além da carreira (tenebrosa) de Gene Simmons em Hollywood, a banda lançou os filmes “Kiss Meets The Phantom Of The Park”, em 1978, e “Detroit Rock City”, em 1999. O primeiro conta com atuações do próprio grupo, enquanto que o segundo conta uma história que envolve um show deles.
Ambos os filmes não tiveram boa recepção por parte do público e crítica. “Kiss Meets The Phantom Of The Park” não sofreu com bilheteria, já que foi lançado para a TV. Já “Detroit Rock City” não arrecadou o esperado.
“Fizemos ‘Detroit Rock City’, que achei melhor do que muitas pessoas acharam que era”, relembrou Doc McGhee. “Acho que se tornou mais um clássico do que na época que saiu. Mas acho que eles usaram a ‘cartada’ do Kiss cedo demais”, completou.
Assisti “Detroit Rock City” na época e adorei. Já revi umas 5 vezes. Na época em que o filme se passa, eu tinha simplesmente a mesma idade dos caras, era tão fã quanto eles e, toda vez que eu e minha turma nos metíamos a fazer alguma empreitada, sempre dava muito errado e pagávamos muito mico. Eu me vi naquele filme de uma forma impressionante. Fora a trilha sonora, que além do Kiss, mostra toda a cena da épcoa: Van Halen, AC DC, Slade, Sweet. A comédia é leve, saborosa, enfim… subestimado porém genial