O Eclipse lançou, nesta sexta-feira (11), seu sétimo álbum de estúdio. O trabalho, intitulado ‘Paradigm’, chega a público por meio da Frontiers Music Srl.
‘Paradigm’ é definido, pelo vocalista e guitarrista Erik Martensson, como o ponto onde o álbum anterior, ‘Monumentum’ (2017), havia parado. “Temos uma introdução de alguns segundos na faixa de abertura e, a partir dali, está em alta velocidade. Fizemos algumas das melhores músicas da nossa carreira”, afirmou, em material de divulgação.
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Ouça o álbum a seguir, via Spotify ou YouTube:
O press-release da gravadora ainda trata ‘Paradigm’ como o “tour de force” (algo como “a amostra de força”) do Eclipse. Ainda que tenha pecado em trazer informações mais objetivas sobre o trabalho, os envolvidos parecem estar realmente empolgados com o novo trabalho do grupo sueco de hard rock.
Há motivos para isso. Quando Martensson diz que Eclipse contém “algumas das melhores músicas” da carreira, ele não está equivocado. Composições como ‘Mary Leigh’, ‘United’, ‘Delirious’ e ‘The Masquerade’ se destacam não só no álbum, como em todo o catálogo do grupo.
O grande atrativo de ‘Paradigm’ é que algumas canções ganharam contornos épicos. Calma, o Eclipse não está tocando power metal: trata-se apenas de um leve ingrediente em meio ao hard rock pomposo e melódico da banda.
Outro ponto certeiro na definição feita por Martensson é que, de fato, ‘Paradigm’ continua de onde ‘Monumentum’ parou. Não há grandes mudanças na sonoridade. Porém, o novo disco está acima do anterior justamente pela inspiração com a qual as músicas foram construídas.
A performance instrumental também merece destaque. Erik Martensson segue se destacando como compositor, mas também parece ter amadurecido como vocalista. Ele forma uma boa dupla de guitarristas com Magnus Henriksson e a cozinha composta pelo baixista Magnus Ulfstedt (que saiu recentemente, mas gravou o álbum) e o baterista Philip Crusner é competente – ainda que eu, particularmente, prefira Robban Bäck (hoje no Mustasch) com as baquetas em mãos.
O que pode não ser tão interessante em ‘Paradigm’ é o mesmo ponto que se repete em toda a carreira do Eclipse: a banda continua soando muito segmentada para quem já é fã deles ou de hard rock melódico, ao estilo europeu. E dá para sentir que eles podem ir além disso. Não à toa, o disco pode soar um pouco enjoativo, já que circula em torno da mesma pegada do início ao fim – com exceção de alguns momentos mais inventivos, já a partir da segunda metade da tracklist.
Considerado esse detalhe, não é pretensioso dizer que ‘Paradigm’, além de ser um dos destaques da carreira do Eclipse, é um dos melhores trabalhos de hard rock melódico do ano. Soa atualizado na medida certa, não se limita a reproduzir uma mesma fórmula e tem músicas que conseguem cativar. Não precisa ir muito além disso.
Confira, abaixo, a capa e a tracklist de ‘Paradigm’:
01. Viva La Victoria
02. Mary Leigh
03. Blood Wants Blood
04. Shelter Me
05. United
06. Delirious
07. When The Winter Ends
08. .38 Or .44
09. Never Gonna Be Like You
10. The Masquerade
11. Take Me Home