O vocalista e guitarrista Tom Keifer reafirmou que o Cinderella não existe mais. Em entrevista à rádio WRIF, com transcrição do BraveWords, o músico colocou fim a qualquer tipo de especulação que envolvesse o retorno da banda, que fez o seu último show em 2014 e vivia de reuniões esporádicas desde 1995.
“Não vou falar sobre a dinâmica do Cinderella e o que causou o fim. A única coisa que direi é o que falei no passado: tem rolado problemas por décadas entre nós e eles passaram anos sem solução”, afirmou Keifer, sem detalhar a situação interna da banda.
“Quando problemas ficam sem solução, eles geralmente ficam pior. Nunca lavamos roupa em público, nunca, e não vou fazer isso agora. É uma situação que não funciona mais”, completou o cantor e guitarrista, que segue em carreira solo.
A razão (ou uma delas)
Embora Tom Keifer não tenha especificado os problemas, o próprio guitarrista Jeff LaBar assumiu a culpa em entrevista ao “Another FN Podcast”, em 2016. “Não falo com nenhum deles mais. Ou, melhor: eles não falam comigo. Fizemos um pacto de não continuar com o Cinderella se um de nós saíssemos. E Tom (Keifer, vocalista) parece levar isso adiante”, disse.
LaBar acredita que o principal motivo esteja relacionado ao seu vício em álcool e drogas. “Não é segredo que tenho problemas com álcool. E a situação piorou em um desses cruzeiros que tocamos. Quando piorei em um desses cruzeiros na frente de todos, a atitude de Tom foi ao estilo ‘que p*rra é essa?’. Então, me mandaram para a reabilitação. Tom chegou a pagar por parte da minha recuperação. Saí um homem melhor, mas só fiquei sóbrio por um ano”, afirmou.
Origem do vício
Jeff LaBar disse que estava viciado em analgésicos, em função de uma cirurgia nos quadris. “Passar um ano sóbrio em frente a pessoas que bebem é muito ruim. Além disso, sofro de transtorno de ansiedade. Parte do motivo pelo qual bebo é que, assim, posso sair de casa e lidar com as pessoas”, pontuou.
O músico revelou que ainda não conseguiu retomar a sobriedade e que tem um histórico de problemas com drogas. “Na década de 1980, era a cocaína. Nos anos 1990, era heroína. Passei por todo clichê pelos quais os rockstars passaram, só não era algo altamente público. Fui preso, estive em reabilitação… era o Mötley Crüe e o Guns N’ Roses presos em uma pessoa só. Só que nunca tornamos isso público”, disse LaBar, que hoje diz gostar mais de cozinhar do que de tocar profissionalmente.