O Def Leppard entrou para o Rock and Roll Hall of Fame durante cerimônia realizada no Barclays Center, em Nova York, Estados Unidos, na noite da última sexta-feira (29). O discurso de introdução foi feito por Brian May, guitarrista do Queen. A banda fez uma pequena apresentação de cinco músicas após aceitar o reconhecimento.
Radiohead, Janet Jackson, Stevie Nicks, The Cure, Roxy Music e The Zombies também foram introduzidos durante o evento do Rock and Roll Hall of Fame. A cerimônia será exibida posteriormente pela HBO, marcado nos Estados Unidos para 27 de abril, mas ainda sem confirmação de data na programação do Brasil.
“Joe (Elliott, vocalista) e eu, em particular, compartilhamos muitos momentos preciosos e divertidos”, disse Brian May, em seu discurso inicial. “Temos uma ligação forte e ele é um dos meus amigos mais queridos. Quando as notícias sobre a morte de Freddie Mercury (vocalista do Queen) saíram, a primeira ligação que recebi foi de Joe Elliott”, completou.
May destacou que, após perder um show do Def Leppard em 1981, passou a gostar ainda mais da banda graças à música “Photograph”, que tem “guitarras meio que fazendo arpejos, harmonias incríveis e linhas grandiosas de baixo e guitarra – e não é o Queen, são aqueles caras precoces chamados Def Leppard com ‘Photograph’, que os catapultou à fama”. Na época, o guitarrista do Queen assistiu a um show da banda e, desde então, manteve uma relação de amizade com os integrantes.
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Assista ao discurso de Brian May (em inglês, sem legendas):
Vencedor da votação popular feita no site do Rock and Roll Hall of Fame – algo que não faz tanta diferença na prática, pois conta como um entre mil votos do comitê -, o Def Leppard teve praticamente todos os seus integrantes mais duradouros introduzidos. Além da formação atual, que conta com Joe Elliott, Phil Collen e Vivian Campbell nas guitarras, Rick Savage no baixo e Rick Allen na bateria, a instituição reconheceu os ex-guitarristas Steve Clark (falecido em 1991) e Pete Willis (que saiu em 1982 e deu lugar a Collen).
“Um momento significante para essa banda foi o simples ato de perder um ônibus, algo que fiz em agosto d 1977. Ao decidir voltar caminhando para casa ao invés de esperar pelo próximo, eu cruzei com um garoto que eu sabia que era um grande guitarrista. O nome dele era PEte Willis. Pete foi um copiloto dessa banda. Infelizmente, Pete não conseguiu estar conosco hoje, mas quero enfatizar a importância do papel de Pete nos primeiros tempos de banda”, disse Joe Elliott, em parte do discurso da banda.
“E foi Pete, após um encontro casual em uma cantina de faculdade, que conheceu o falecido e grande Steve Clark, ambos procurando pela mesma revista sobre guitarra. Nos 10 anos seguintes, Steve fez uma enorme contribuição musical para essa banda. Seus riffs incríveis e únicos ajudaram a moldar as músicas que fizemos. Não é preciso dizer que o amamos e sentimos a falta dele todos os dias”, completou Elliott.
O cantor destacou, ainda, que as músicas sempre foram a prioridade do Def Leppard. “Embora pareça ter um senso de tragédia em cada esquina, não nos deixamos levar. Porém, é verdade: parece que toda vez que fazíamos algum progresso musical, a vida nos derrubava um pouco. ‘Pyromania’ faz um grande sucesso… daí, Rick sofre um acidente que muda sua vida (ele teve um dos braços amputados, mas não desistiu de tocar e adaptou sua bateria). Ele sobreviveu e voltou mais forte. ‘Hysteria’ nos deixou o sucesso global que sempre quisemos… então, perdemos Steve. Nós sobrevivemos e voltamos mais fortes. E é assim que aconteceu em nossa carreira. Se alcoolismo, acidentes de carro e câncer não nos mataram, a década de 90 não tinha a menor chance”, afirmou.
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Assista ao discurso do Def Leppard, feito por Joe Elliott (em inglês, sem legendas):
Veja, abaixo, o repertório tocado pela banda e alguns vídeos:
1. Hysteria
2. Rock of Ages
3. Photograph
4. Pour Some Sugar on Me
5. All The Young Dudes (cover de Mott The Hoople, com Brian May, Rod Argent, Little Steven e outros)
“Hysteria”
“Rock of Ages”
“All The Young Dudes”