O guitarrista John Petrucci disse, em entrevista ao jornalista Eddie Trunk transcrita pelo Blabbermouth, que o álbum anterior do Dream Theater, “The Astonishing“, teve uma recepção dividida entre os fãs. O músico destacou que alguns admiradores da banda criticaram a proposta do álbum – que é duplo, conceitual e tem mais de duas horas de play – é “exagerado” e muito “autoindulgente”.
“A recepção foi muito dividida. Sinceramente, eu esperava isso. Todo o projeto nos tomou três anos. Só o show ao vivo demorou um ano em produção. Foi corajoso de nossa parte tocá-lo na íntegra. Era muito tempo de música – duas horas e 10 ou 15 minutos – com uma orquestra completa e um coral. Foi baseado em uma história que escrevi. Um romance foi feito baseado nisso, assim como um videogame. Era tudo tão imerso à história que, sem dúvidas, algumas pessoas que não estivessem ligadas ficariam alienadas a isso”, afirmou.
Petrucci destacou, ainda, que alguns fãs acharam todo o conceito por trás de “The Astonishing” a “coisa mais legal”, enquanto outros não mergulharam na proposta e pediram pelo “Dream Theater” normal. “Eu entendo. Porém, criativamente, foi a coisa mais intensa e satisfatória que eu já fiz, assim como alguém que gosta de escrever, contar histórias e tocar música”, disse.
O músico defendeu “The Astonishing”, mas disse que mudaria um ponto no processo. “Eu teria lançado o romance primeiro, deixar as pessoas lerem o livro e entrarem na história para, só depois, fazer a turnê. O show era intenso e incrível, com muita produção e tudo o mais. Daí, tínhamos o CD na loja. Muitas pessoas disseram que o show era incrível, mas ouvir mais de duas horas de música, investir esse tempo todo, sem que o show tenha o contexto… é o que eu teria feito diferente”, afirmou.
O próximo álbum do Dream Theater, “Distance Over Time”, sucede “The Astonishing” com uma proposta mais direta. O álbum será lançado nesta sexta-feira (22), inclusive no Brasil, por meio da Hellion Records.