O frontman do Foo Fighters, Dave Grohl, disse em entrevista à PBS que quer manter o discurso político longe de sua banda. O músico destacou que o grupo “não é o Rage Against The Machine” – notável por envolver sua ideologia nas músicas e nos shows – e que pretende apenas unir as pessoas com suas apresentações.
“Sabe, a coisa mais legal do meu trabalho é que quando subo no palco, junto todas essas pessoas por três horas. Elas podem vir de diferentes passados, religiões, lados do corredor ou o que seja, mas quando canto uma música como ‘My Hero’, ‘Everlong’ ou ‘Best Of You’, todos cantam juntos. Podem cantar por diferentes motivos, mas estão cantando juntos”, disse Grohl, inicialmente.
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O vocalista e guitarrista reforçou que não é isento de posicionamento político, mas que prefere não ligá-lo à banda. “Posso ter minhas opiniões políticas. Às vezes, fico com raiva e as deixo saírem. Elas estão nas letras das músicas, mas não é comum eu sair por aí explicando que tal música é sobre tal coisa, porque sinto que é importante deixar a interpretação para as outras pessoas”, afirmou.
Por fim, Dave Grohl fez a comparação com o Rage Against The Machine. “Dito isso, não somos o Rage Against The Machine. Pelas próximas três horas, minha intenção é fazer todo mundo esquecer de tudo isso e cantar as nossas músicas conosco. A música pode fazer isso, é uma das coisas que tanto amo nela. É difícil juntar as pessoas dessa forma, mas coloque no palco uma banda de rock que todos conheçam as músicas e todos se esquecem das outras m*rdas”, disse.