O guitarrista Dave “The Snake” Sabo abriu o jogo com relação à fracassada tentativa de reunião do Skid Row com o vocalista Sebastian Bach, realizada no ano passado. Em entrevista a Eddie Trunk, transcrita pelo Blabbermouth, o músico revelou os motivos pelos quais as negociações não foram adiante.
Segundo o guitarrista, houve um diálogo que “ia de um lado para o outro”. “Todos estavam gostando da ideia. E penso, de verdade, que não deu certo porque percebemos que a coisa que nos separou anos atrás ainda existia”, afirmou.
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O problema não foi financeiro, de acordo com o músico. “Ofereceram-nos muito dinheiro. Muitas coisas foram ditas sobre o que aconteceu e turnês agendadas… isso não aconteceu – turnês não foram agendadas. Todas as ofertas vieram por meio de Rachel (Bolan, baixista) e mim, porque é nossa banda. Então, havia muito dinheiro sendo oferecido. E com o diálogo que ‘foi e voltou’, a coisa ficou feia de novo”, disse.
Uma das razões para que a reunião não se concretizasse, segundo Sabo, estava relacionada ao controle do Skid Row. “Outras pessoas tinham desejo de ter mais controle sobre isso do que estávamos dispostos a oferecer. E é a nossa banda. Não é algo impulsionado pelo ego, prometo a você. Não era sobre fazer mais ou menos dinheiro do que o outro. Acho que foram os conflitos de personalidade que existiram antes, há 20 anos, e que ainda estão por aí”, afirmou.
Eddie Trunk, então, comentou o recente exemplo do Mötley Crüe. A banda fez uma turnê de despedida que durou 18 meses, mas seus músicos viajavam em veículos separados e mal falavam uns com os outros.
O “Snake”, então, respondeu: “Sim, mas todos eles estavam tristes. Não sei, vejo isso de forma diferente. Eu realmente gosto da minha vida. Gosto de estar feliz. Tenho prazer em tocar no Skid Row agora. Não digo que não tinha prazer antes, mas agora, estou muito feliz. Minha vida é ótima, assim como meus amigos e as pessoas com quem toco também são. A noção romântica de um reunião e o aspecto monetário são bons, mas, no fim do dia, eu realmente gosto do espaço onde estou inserido”.
Apesar disso, o guitarrista garante que “nunca dirá nunca”. “As chances de acontecer (uma reunião), eu diria que são poucas a nenhuma, mas nunca direi nunca. Mas afirmo: agora, vivemos o momento. Estou vivendo o agora. E amo ter ZP (Theart, vocalista) na banda”.