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Resultado do exame toxicológico de Chris Cornell é divulgado

O exame toxicológico de Chris Cornell, morto no último dia 18 de maio, apontou os medicamentos ingeridos pelo cantor do Soundgarden antes do ocorrido. Segundo o médico legista responsável pelo laudo, os remédios não contribuíram para o falecimento, cuja causa segue apontada como suicídio por enforcamento.

Conforme apontado pelo exame, havia, na corrente sanguínea de Chris Cornell, traços das substâncias Naloxone (estupefaciente), Butalbital (sedativo), Lorazepam (ansiolítico), Pseudoefedrina (descongestionante) e vários barbitúricos. O primeiro medicamento citado, em especial, foi administrado pelos paramédicos que atenderam Cornell após ele ter sido encontrado sem vida no quarto de hotel – o que explica as marcas de agulha nos braços.

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O Lorazepam, consumido na forma do remédio Ativan, foi capaz de Chris Cornell fora de si. O cantor havia exagerado na dose do medicamento, de uso controlado, para tratamento de ansiedade. Contudo, o médico legista disse, em seu relatório, que as substâncias não contribuíram para a morte de Cornell. Não houve overdose ou comprometimento do funcionamento geral dos órgãos devido aos químicos.

Mesmo com 200 mg/mL de Lorazepam na corrente sanguínea de Chris Cornell (bem acima dos 30 a 50 mg/mL sugeridos), o nível está abaixo dos 300 mg/mL que podem causar a morte. Ou seja, as medicações não influenciaram no falecimento, causado pelo enforcamento em um quarto de hotel de Detroit, nos Estados Unidos.

Viúva se manifesta 

Em nota, a viúva de Chris Cornell, Vicky, se manifestou sobre o resultado do exame toxicológico. Para ela, havia “algo de errado” com o músico antes que ele cometesse suicídio. Vicky crê, também, que Cornell estava desorientado e não tinha o intuito de se matar, deixando uma faixa ao redor do pescoço de forma acidental.

“Muitos de nós que conhecemos bem o Chris percebemos que ele não era ele mesmo nas suas últimas horas e que algo estava errado. Aprendemos desse relatório que várias substâncias foram encontradas em seu sistema. Após anos de sobriedade, esse momento de terrível julgamento parece ter afetado e alterado seu estado mental”, afirmou.

Ela também agradeceu pelo apoio recebido ao longo das últimas semanas. “Algo claramente deu muito errado e eu e os meus filhos estamos com os corações partidos e devastados pelo fato desse momento não poder ser voltado atrás. Apreciamos todo o amor que recebemos durante esse período extremamente difícil e estamos dedicados em ajudar outras pessoas para que esse tipo de tragédia não aconteça.”, disse.

– Veja também: Relatório policial descreve últimas horas e morte de Chris Cornell 

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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