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Tommy Bolin: 40 anos sem o guitarrista que poderia ter se tornado lenda

Tommy Bolin morreu antes mesmo de entrar para o clube dos 27. O guitarrista faleceu em 4 de dezembro de 1976, aos 25 anos, vítima de uma overdose de heroína e outras substâncias, incluindo álcool, cocaína e sedativos.

Bolin nasceu em Sioux City, Iowa, em 1° de agosto de 1951. Foi, curiosamente, um dos poucos músicos americanos a integrar o Deep Purple – futuramente, os estadunidenses Steve Morse, Joe Lynn Turner e Joe Satriani (temporário) também fariam parte do grupo britânico.

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Início

Bolin destacou-se muito cedo, aos 21 anos, quando entrou para o James Gang, no lugar de Domenic Troiano. Ele ficou no grupo entre 1973 e 1974 e gravou os bons discos “Bang!” (1973) e “Miami” (1974). Encaixou-se como uma luva na banda, que fazia um hard rock repleto de groove.

Apesar do bom encaixe, Tommy Bolin saiu do James Gang e passou a trabalhar como músico de estúdio. Foi aí que evoluiu ainda mais como músico, ao gravar com bandas de rock e artistas de jazz/fusion.

Em 1974, Bolin conseguiu um contrato para gravar dar início à sua carreira solo. No ano seguinte, lançou seu primeiro registro solo, “Teaser”, e foi convidado a integrar o Deep Purple, na vaga de Ritchie Blackmore.

Deep Purple

O convite chegou em meio a uma turbulência interna no Deep Purple. A banda considerou encerrar suas atividades após a saída de Blackmore, que era, de certa forma, uma das lideranças criativas do grupo. Entretanto, o vocalista David Coverdale convenceu os demais colegas de que o momento era de continuar.

O próprio Coverdale indicou Tommy Bolin para a vaga, após ter ouvido o trabalho do músico no disco “Spectrum”, de Billy Cobham. Bolin entrou para a formação do grupo, mas passou pouco tempo por lá: deu tempo de gravar apenas um disco, “Come Taste The Band” (1975), e fazer uma turnê de divulgação, que se estendeu até 1976, ano em que o grupo decidiu encerrar suas atividades.

O trabalho de Tommy Bolin no Deep Purple reflete bem o que ele era. O músico jamais tentou imitar Ritchie Blackmore. Ele conseguiu imprimir a sua pegada híbrida, bastante funky e por vezes jazzy, ao longo de “Come Taste The Band”, que tem sua co-autoria em sete das nove músicas.

Todavia, o talento de Tommy Bolin era proporcional ao nível de seus problemas pessoais. O músico estava viciado em drogas pesadas e o seu desempenho na turnê de “Come Taste The Band” começou a ser afetado. Havia, ainda, desentendimentos nos bastidores do Deep Purple e as vendas do disco não corresponderam.

Em março de 1976, o Deep Purple acabou. Apesar de desfigurada, a formação que deu fim ao grupo naquele período foi uma de suas melhores. Musicalmente, é incontestável: Tommy Bolin, David Coverdale e Glenn Hughes se entendiam muito bem com Jon Lord e, especialmente, Ian Paice.

Breve futuro

Tommy Bolin não teve muito tempo para trabalhar após o fim do Deep Purple. Ele lançou mais um disco solo, “Private Eyes”, e saiu em turnê com Jeff Beck. O destino quis que sua vida fosse interrompida ainda em 1976, com a overdose.

Dono de uma postura errática, Tommy Bolin foi um dos grandes talentos que o mundo jamais viu em sua plenitude. Ele poderia ter sido muito maior – provavelmente uma lenda do instrumento – do que foi se tivesse tempo o suficiente para provar isto. Não apenas por sua habilidade com a guitarra, mas, também, pelo seu senso melódico e pela facilidade em misturar gêneros distintos em composições únicas.

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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Bolin nasceu em Sioux City, Iowa, em 1° de agosto de 1951. Foi, curiosamente, um dos poucos músicos americanos a integrar o Deep Purple – futuramente, os estadunidenses Steve Morse, Joe Lynn Turner e Joe Satriani (temporário) também fariam parte do grupo britânico.

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Bolin destacou-se muito cedo, aos 21 anos, quando entrou para o James Gang, no lugar de Domenic Troiano. Ele ficou no grupo entre 1973 e 1974 e gravou os bons discos “Bang!” (1973) e “Miami” (1974). Encaixou-se como uma luva na banda, que fazia um hard rock repleto de groove.

Apesar do bom encaixe, Tommy Bolin saiu do James Gang e passou a trabalhar como músico de estúdio. Foi aí que evoluiu ainda mais como músico, ao gravar com bandas de rock e artistas de jazz/fusion.

Em 1974, Bolin conseguiu um contrato para gravar dar início à sua carreira solo. No ano seguinte, lançou seu primeiro registro solo, “Teaser”, e foi convidado a integrar o Deep Purple, na vaga de Ritchie Blackmore.

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O convite chegou em meio a uma turbulência interna no Deep Purple. A banda considerou encerrar suas atividades após a saída de Blackmore, que era, de certa forma, uma das lideranças criativas do grupo. Entretanto, o vocalista David Coverdale convenceu os demais colegas de que o momento era de continuar.

O próprio Coverdale indicou Tommy Bolin para a vaga, após ter ouvido o trabalho do músico no disco “Spectrum”, de Billy Cobham. Bolin entrou para a formação do grupo, mas passou pouco tempo por lá: deu tempo de gravar apenas um disco, “Come Taste The Band” (1975), e fazer uma turnê de divulgação, que se estendeu até 1976, ano em que o grupo decidiu encerrar suas atividades.

O trabalho de Tommy Bolin no Deep Purple reflete bem o que ele era. O músico jamais tentou imitar Ritchie Blackmore. Ele conseguiu imprimir a sua pegada híbrida, bastante funky e por vezes jazzy, ao longo de “Come Taste The Band”, que tem sua co-autoria em sete das nove músicas.

Todavia, o talento de Tommy Bolin era proporcional ao nível de seus problemas pessoais. O músico estava viciado em drogas pesadas e o seu desempenho na turnê de “Come Taste The Band” começou a ser afetado. Havia, ainda, desentendimentos nos bastidores do Deep Purple e as vendas do disco não corresponderam.

Em março de 1976, o Deep Purple acabou. Apesar de desfigurada, a formação que deu fim ao grupo naquele período foi uma de suas melhores. Musicalmente, é incontestável: Tommy Bolin, David Coverdale e Glenn Hughes se entendiam muito bem com Jon Lord e, especialmente, Ian Paice.

Breve futuro

Tommy Bolin não teve muito tempo para trabalhar após o fim do Deep Purple. Ele lançou mais um disco solo, “Private Eyes”, e saiu em turnê com Jeff Beck. O destino quis que sua vida fosse interrompida ainda em 1976, com a overdose.

Dono de uma postura errática, Tommy Bolin foi um dos grandes talentos que o mundo jamais viu em sua plenitude. Ele poderia ter sido muito maior – provavelmente uma lenda do instrumento – do que foi se tivesse tempo o suficiente para provar isto. Não apenas por sua habilidade com a guitarra, mas, também, pelo seu senso melódico e pela facilidade em misturar gêneros distintos em composições únicas.

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Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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