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Twisted Sister voltou por dinheiro? Dee Snider responde

Banda retorna sem o baixista Mark "The Animal" Mendoza, com quem parece haver divergências sérias

O Twisted Sister surpreendeu ao anunciar, nesta semana, uma volta aos palcos para comemorar seus 50 anos de existência, a serem alcançados em 2026. A banda promete uma turnê mundial para o próximo ano e é difícil dizer que não há muito dinheiro envolvido.

Mas o retorno vai acontecer só por causa dessas cifras? Dee Snider falou sobre isso.

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Em entrevista a Eddie Trunk na rádio Sirius XM (via Blabbermouth), o vocalista do grupo comentou as razões que trouxeram o Twisted Sister de volta à ativa. O cantor garante que não é sobre dinheiro, mas sobre a possibilidade e a vontade de retornar:

“Eu estou em forma e tudo mais, e vocês me viram lá com Bret Michaels (vocalista do Poison, em participação ao vivo), mas foram quatro músicas, cara. Não são 18 músicas. Mas quer saber? Eu só disse: ‘Nós ainda estamos aqui e vamos fazer isso. Vamos nos desafiar’. E estamos fazendo isso por todas as razões corretas. Não é pelo dinheiro. Não é sobre nada dessas coisas típicas. É porque nós queremos fazer isso mais uma vez. E há interesse por todo o mundo, então estamos indo, cara.”

A formação que sairá em turnê no próximo ano é composta por Dee Snider no vocal, Eddie Ojeda e Jay Jay French nas guitarras, Joey “Seven” Franco na bateria e Russell Pzütto no baixo. O baterista da fase clássica, A.J. Pero, faleceu em 2015 e Franco já havia sido seu substituto nos anos 80. Já nas quatro cordas, a situação é complicada.

Ausência de Mark “The Animal” Mendoza

O baixista Mark “The Animal” Mendoza não está envolvido com a turnê de reunião do Twisted Sister. Até pouco tempo, o músico afirmou manter contato com os colegas, mas Dee Snider revelou uma situação diferente. Ainda na entrevista a Eddie Trunk, o cantor disse, ao explicar as razões para a ausência:

“Só posso simplesmente dizer ‘diferenças irreconciliáveis’ e deixar por isso mesmo. Não posso entrar em detalhes. Não vou seguir por esse caminho e não quero, mas foram diferenças irreconciliáveis, e as pessoas mudam. Não estou dizendo que ele mudou. Talvez tenhamos mudado, seja lá o que tenha acontecido.”

Snider também não vê o cenário mudando tão cedo. Perguntado a respeito, respondeu:

“Não consigo imaginar isso agora. Prefiro ficar em silêncio. Não posso ir além disso, mas aconteceram coisas que não vejo sendo resolvidas. Daí o termo ‘diferenças irreconciliáveis’.”

Em novembro de 2024, tudo parecia bem, ao menos da parte de Mendoza. O baixista conversou com o podcast Rockstrap (via Blabbermouth) e falou do bom relacionamento e contato com os outros integrantes:

“A gente conversa bastante. Somos todos bons amigos, falamos com frequência. Nós quatro temos um grupo de mensagens, e a cada dois meses mais ou menos alguém fala uma idiotice para outro e parece uma guerra nuclear. Leio as mensagens, entro na zoeira e começo a chorar de tanto rir. É muito engraçado.”

Para a vaga de Mark, foi escolhido Russell Pzütto, que tocou na banda solo de Dee Snider, gravando os álbuns “For the Love of Metal” (2018) e “Leave a Scar” (2021). O novo integrante chegou a se apresentar com o Twisted Sister em um show, em 2013, no festival Graspop, na Bélgica. Ele também trabalhou como técnico de baixo para o próprio Mendoza.

E o dinheiro?

Apesar de Dee Snider garantir que “não é sobre o dinheiro”, o próprio vocalista vinha comentando nos últimos meses que propostas de reunião estavam se tornando irrecusáveis. Em abril de 2024, ao podcast “The Hook Rocks!” (via Blabbermouth), o frontman declarou:

“Já chegou onde queríamos? Não. Está chegando perto? Sim. Existe uma conversa entre nós, tipo: ‘bem, no caso de os números chegarem lá, e eles com certeza parecem estar indo nessa direção, como vamos recusar?’. Portanto, o assunto existe. E é assim que resolveremos isso fisicamente e em vários outros níveis. A conversa passou de ‘nunca’ para ‘no caso de uma oferta irrecusável, qual seria o plano?’. E há uma discussão geral, envolvendo personal trainers [risos], dietas, extensões de cabelo. É a primeira vez em oito anos que essa conversa acontece.”

No final de 2023, Dee já havia trazido à tona a possibilidade de reunião do Twisted Sister. O motivo seria de causar chiliques em quem acha que rock e política não se misturam: a banda deixaria claras suas posições anti-Donald Trump, então candidato republicano à presidência dos Estados Unidos em 2024.

Disse o vocalista ao The Metal Voice (via Blabbermouth):

“Bem, não ficarei surpreso se nos reunirmos neste ano eleitoral para defender algumas causas importantes. Estamos todos na mesma página – praticamente todos nós estamos na mesma página – e posso nos ver ajudando a lutar a boa luta. Porque esta é uma eleição geral, com assuntos como o direito de escolha das mulheres. Temos que enfrentar o outro lado. Eu disse ‘o outro lado’, porque não sou daquele lado, o do Sr. Trump.”

Reunião do Twisted Sister

O Twisted Sister está de volta para uma turnê em celebração às cinco décadas de fundação. O grupo criado em 1976 havia encerrado suas atividades em 2016, um ano após a morte do baterista A.J. Pero.

Não há agenda anunciada até o momento, mas a banda promete realizar shows em escala global. Em nota, o guitarrista Jay Jay French declarou:

“Desde 2 de fevereiro de 1976, em um pequeno bar chamado The Turtleneck Inn em Hunter Mountain, Nova York, Dee Snider, Eddie Ojeda e eu nos chamamos Twisted Sister e permanecemos lado a lado por quase cinco décadas, passando por inúmeras mudanças de pessoal e milhares de apresentações. Temos orgulho de celebrar um marco que antes parecia impensável: um aniversário de 50 anos!! Criamos um legado musical e performático que inspirou e continuará a inspirar milhões de fãs ao redor do mundo. Twisted Forever, Forever Twisted!”

O guitarrista Eddie Ojeda acrescentou:

“Cinquenta anos depois, Twisted Sister ainda é a trilha sonora de todo rebelde com um motivo, e um motivo para aumentar o volume.”

O vocalista Dee Snider complementou:

“Se você tem a sorte de estar em uma banda que as pessoas ainda querem ver depois de cinquenta anos(!), como não atender ao chamado? Em 2026, o Twisted Fucking Sister subirá aos palcos do mundo todo porque NÓS AINDA QUEREMOS DETONAR!”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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