Kirk Hammett construiu uma carreira ilustre em cima de seus solos no Metallica, apesar das reclamações de uma parcela dos fãs. Entretanto, sua contribuição a “Hero of the Day”, faixa do álbum “Load” (1996), permanece a preferida de sua carreira.
Em entrevista à Guitar World, Hammett discutiu sua coleção de guitarras e seus experimentos gravando com o grupo originalmente de thrash metal. Ao ser questionado qual era o melhor solo que já gravou, o guitarrista reconheceu ser uma pergunta difícil, mas não fugiu de dar uma resposta.
Ele disse:
“Acho que direi que é ‘Hero of the Day’. Toda nota ali conta e se encaixa perfeitamente. Acho que tudo está no lugar certo e o solo eleva a canção a outro nível, algo que sempre tento fazer – mesmo não tendo sempre sucesso. A canção tem outro nível de intensidade depois.”
Outros solos foram destacados na ocasião, seja pelo equipamento utilizado ou pelo resultado obtido. Kirk destacou:
“O solo de ‘Fuel’ foi feito na Stratocaster verde do vídeo de ‘I Disappear’. Amo essa guitarra. Amo como esse solo ficou. Tem outro solo que eu realmente gosto, ‘The Unforgiven III’, que tentei reaprender e não consigo acertar. Parte da execução está fora do tempo, mas soa supereficaz. E por estar fora do tempo, é difícil reaprender. Parece artificial, mesmo sendo eu quem tocou originalmente! Adoro técnica, mas sou grande fã de se tocar com o coração.”
Outros solos favoritos de Kirk Hammett para o Metallica
Esta não é a primeira vez que Kirk Hammett cita “Hero of the Day” entre seus melhores solos. Em entrevista anterior à Metal Hammer, o guitarrista do Metallica foi mais técnico na sua explicação sobre o motivo da escolha:
“A forma como esse solo vai da escala menor para a maior, começando com algo rítmico e depois seguindo à próxima parte ao nível seguinte… muitas pessoas discordariam, e eu não sei o motivo, mas essa é uma das coisas favoritas que eu já fiz.”
Na época, ele ainda citou “Fade to Black” e “One” como seus melhores momentos no instrumento. Com relação a “Fade to Black”, a primeira “balada” do Metallica, Hammett declarou:
“Um dos vários solos que adoro tocar ao vivo, pois posso improvisar, mudar tudo, nunca tocar o mesmo solo duas vezes. Não sei o que diabos eu vou tocar após o primeiro fraseado – e eu adoro isso. Adoro saber que estou dançando no fio da navalha. Eu vivo em prol desse tipo de empolgação.”
Por fim, ao relembrar “One”, o guitarrista relembrou:
“Lars (Ulrich, baterista) me ligou e chamou para gravar o solo de uma demo. Lembro de aparecer com minha guitarra, Lars tocar para mim a gravação algumas vezes e eu brincar com ela, tentando descobrir para onde James (Hetfield, vocalista e guitarrista) estava indo. Falei para gravar e a próxima coisa que me lembro é ter minhas mãos fazendo tapping no braço da guitarra, acompanhando a progressão de acordes. Veio do nada! Depois, pensei: ‘bem, isso foi uma viagem’.”
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