A carreira de Tom Morello engloba muito mais do que o material lançado com o Rage Against the Machine. O guitarrista trabalhou com Audioslave, Prophets of Rage e Bruce Springsteen, além de ter desenvolvido uma carreira solo.
Entre tudo isso, apenas um álbum produzido por ele ao longo dos últimos quase 40 anos deve ser evitado. A opinião é da revista Classic Rock, que também preparou uma lista com nove trabalhos de Morello que merecem a atenção do ouvinte.
O levantamento não é tão diferente do que se poderia esperar: há discos do Audioslave, Rage Against the Machine e algumas outras empreitadas não tão conhecidas. O único ponto baixo reside no álbum de estreia do The Nightwatchman, “One Man Revolution” (2007).
O nome é usado como uma espécie de alter-ego por Tom, que mantém a abordagem de protesto vista no RATM, mas com uma sonoridade direcionada à música folk, guiada por violões. A ideia surgiu quando o guitarrista se dedicava ao Audioslave, que não contava com uma postura política.
Sobre o primeiro disco, a Classic Rock disse o seguinte:
“Realmente, qualquer um dos três álbuns que Morello lançou como The Nightwatchman – seu alterego político folk – poderia ter vindo parar aqui, mas o primeiro, ‘One Man Revolution’, é apenas o mais insípido.
As 13 canções são essencialmente Morello armado com um violão, gaita ocasional e um vocal barítono quase Bob Dylan. De cara feia e excessivamente sério, ao ponto da paródia, pegue qualquer faixa por acaso e uma imitação de Dewey Cox vai se encaixar perfeitamente. Liricamente, Morello aponta para os Estados Unidos de George Bush e todos os caras maus de sempre, mas com esse ato de protesto no coração, é mais provável que coloque seus alvos autocráticos para dormir.”
O álbum de estreia do The Nightwatchman conta apenas com Tom Morello assumindo a voz e todos os instrumentos. O produtor Brendan O’Brien toca em pequenas partes não especificadas.
Sobre The Nightwatchman
Embora o primeiro disco só tenha saído em 2007, The Nightwatchman existe desde 2003. É um dos projetos solo de Tom Morello e talvez o que mais tenha uma carga política depois do Rage Against the Machine.
Para criar o alterego, o guitarrista se inspirou no álbum “The Ghost of Tom Joad” (1995), de Bruce Springsteen, e em figuras como Bob Dylan e Woody Guthrie.
Até hoje, três álbuns de estúdio foram lançados sob o nome The Nightwatchman: “One Man Revolution” (2007), “The Fabled City” (2008) e “World Wide Rebel Songs” (2011). Saíram ainda o EP “Union Town” (2011) e o disco ao vivo beneficente “Live at Lime with Tom Morello: The Nightwatchman” (2009), que conta com apenas duas canções, covers de The Killers e Alfred Hayes.
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