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Os 20 melhores álbuns britânicos, segundo Lemmy

Lista foi elaborada em 2006, em artigo escrito para a revista Classic Rock; valeu até incluir Hendrix e AC/DC

Além de fazer história com o Motörhead, Lemmy Kilmister testemunhou a ascensão do rock britânico. Trabalhou como roadie de Jimi Hendrix – que apesar de americano, experimentou o sucesso primeiro do outro lado do oceano –, integrou o Hawkwind e fez amizades marcantes pelo caminho.

Em artigo de 2006 para a revista Classic Rock, o baixista e vocalista foi convidado a mencionar os 20 melhores álbuns da ilha em que nasceu. A única regra foi: nada de ao vivos ou coletâneas. E sim, apesar de a banda ser australiana, o AC/DC foi aceito por conta da origem de seus membros no Reino Unido.

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1. Dave Edmunds – Subtle As A Flying Mallet (1975): “Eu estava gravando o primeiro álbum do Motörhead [On Parole] quando ele estava fazendo esse. É incrível. Estava até usando uma vassoura com tampa de garrafa para conseguir o som de uma bateria!”

2. Pink Floyd – Piper At The Gates Of Dawn (1967): “Era tão estranho. A banda nunca mais foi a mesma depois que Syd Barrett saiu.”

3. Hawkwind – Hall Of The Mountain Grill (1974): “Para mim, foi quando a banda estava no auge. Ah, e eu estava na banda na época.”

4. Jimi Hendrix – Are You Experienced? (1967): “Desculpe, para mim este é um álbum britânico. Ele tinha dois britânicos na banda [o baixista Noel Redding e o baterista Mitch Mitchell]. Cada música é um clássico.”

5. The Damned – Damned, Damned, Damned (1977): “Sempre adorei o que essa banda fazia. Eles são meus meninos. A estreia deles foi brilhante.”

6. Sex Pistols – Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols (1977): “Que atitude. A execução e as músicas são incríveis. É um excelente rock’n’roll.”

7. The Pretenders – The Pretenders (1980): “Eu costumava fazer jams com Chrissie Hynde, mas nunca pensei que ela chegaria longe por conta do problema usual de como as garotas eram vistas no rock. Esse disco provou que Chrissie teve coragem.”

8. Skunk Anansie – Post Orgasmic Chill (1999): “Skin tem uma voz incrível. As músicas são bem escritas e brilhantemente arranjadas.”

9. Jeff Beck – Truth (1968): “Infelizmente, ele sempre foi ofuscado pelo Led Zeppelin. Mas que guitarrista supremo. Há algumas peças maravilhosas aqui.”

10. Downliners Sect – The Sect (1964): “Adoro esse. Ótimas músicas. Antes que eles saíssem um pouco dos trilhos.”

11. The Beatles – With The Beatles (1963): “Fiquei dividido entre esse e o ‘Revolver’. Tudo o que os Beatles fizeram abriu novos caminhos. Onde estaríamos sem eles?”

12. The Rolling Stones – The Rolling Stones (1964): “A estreia deles. Nunca entendi por que você tinha que escolher entre os Stones e os Beatles. Para mim, este álbum é tão importante na descoberta de novas ideias quanto as primeiras coisas dos Beatles.”

13. The Who – Who’s Next (1971): “Eles estavam no auge com esse disco. Apenas ouça o que fizeram. Incrível.”

14. King Crimson – In The Court Of The Crimson King (1969): “Foi muito inteligente musicalmente, mas também não tão complicado quanto outras bandas de rock progressivo. Isso meio que me atraiu.”

15. Deep Purple – In Rock (1970): “Você tem que incluir este, porque realmente deu início a tudo no que diz respeito ao rock pesado.”

16. AC/DC – Highway To Hell (1979): “Era este ou ‘High Voltage’. AC/DC com Bon Scott – simplesmente uma banda incrível. As músicas são todas deslumbrantes.”

17. The Yardbirds – Roger The Engineer (1966): “Este é um álbum do final da carreira deles e é muito esquecido. Mas a banda estava fazendo coisas muito inovadoras.”

18. Thin Lizzy – Bad Reputation (1977): “Eu teria optado por ‘Live & Dangerous’ se pudesse incluir álbuns ao vivo. Que banda. Eles eram tão emocionantes. Sempre gostei deles.”

19. Gary Moore – Still Got The Blues (1990): “A maioria dos caras brancos que tentam tocar blues soam suaves demais. Gary é o verdadeiro negócio.”

20. Humble Pie – As Safe As Yesterday Is (1969): “O primeiro álbum… na verdade, qualquer disco com o falecido Steve Marriott teria servido. Ele foi brilhante – e faz muita falta.”

Sobre Lemmy Kilmister

Nascido em Stoke-On-Tent, Inglaterra, Ian Fraser Kilmister despontou em 1965 com o The Rockin’ Vickers. O grupo lançou três singles e se tornou a primeira banda britânica a excursionar pela Iugoslávia.

Seis anos depois se juntou ao Hawkwind. Mesmo sem experiência no baixo, assumiu o instrumento que o consagraria. Cantou no single mais bem-sucedido da banda, “Silver Machine”. Saiu em 1975.

A seguir, montou o Motörhead, que se tornaria seu grande trunfo. Na maior parte da carreira como power trio, o grupo se tornou o elo perdido do rock pesado, agradando de punks a headbangers. Foram 22 álbuns de estúdio e mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo.

Morreu em 28 de dezembro de 2015, por conta de um câncer na próstata aliado a sérias condições cardíacas. Permaneceu no palco até 17 dias antes, quando se apresentou com o Motörhead em Berlim, Alemanha.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Lista foi elaborada em 2006, em artigo escrito para a revista Classic Rock; valeu até incluir Hendrix e AC/DC

Além de fazer história com o Motörhead, Lemmy Kilmister testemunhou a ascensão do rock britânico. Trabalhou como roadie de Jimi Hendrix – que apesar de americano, experimentou o sucesso primeiro do outro lado do oceano –, integrou o Hawkwind e fez amizades marcantes pelo caminho.

Em artigo de 2006 para a revista Classic Rock, o baixista e vocalista foi convidado a mencionar os 20 melhores álbuns da ilha em que nasceu. A única regra foi: nada de ao vivos ou coletâneas. E sim, apesar de a banda ser australiana, o AC/DC foi aceito por conta da origem de seus membros no Reino Unido.

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1. Dave Edmunds – Subtle As A Flying Mallet (1975): “Eu estava gravando o primeiro álbum do Motörhead [On Parole] quando ele estava fazendo esse. É incrível. Estava até usando uma vassoura com tampa de garrafa para conseguir o som de uma bateria!”

2. Pink Floyd – Piper At The Gates Of Dawn (1967): “Era tão estranho. A banda nunca mais foi a mesma depois que Syd Barrett saiu.”

3. Hawkwind – Hall Of The Mountain Grill (1974): “Para mim, foi quando a banda estava no auge. Ah, e eu estava na banda na época.”

4. Jimi Hendrix – Are You Experienced? (1967): “Desculpe, para mim este é um álbum britânico. Ele tinha dois britânicos na banda [o baixista Noel Redding e o baterista Mitch Mitchell]. Cada música é um clássico.”

5. The Damned – Damned, Damned, Damned (1977): “Sempre adorei o que essa banda fazia. Eles são meus meninos. A estreia deles foi brilhante.”

6. Sex Pistols – Never Mind The Bollocks, Here’s The Sex Pistols (1977): “Que atitude. A execução e as músicas são incríveis. É um excelente rock’n’roll.”

7. The Pretenders – The Pretenders (1980): “Eu costumava fazer jams com Chrissie Hynde, mas nunca pensei que ela chegaria longe por conta do problema usual de como as garotas eram vistas no rock. Esse disco provou que Chrissie teve coragem.”

8. Skunk Anansie – Post Orgasmic Chill (1999): “Skin tem uma voz incrível. As músicas são bem escritas e brilhantemente arranjadas.”

9. Jeff Beck – Truth (1968): “Infelizmente, ele sempre foi ofuscado pelo Led Zeppelin. Mas que guitarrista supremo. Há algumas peças maravilhosas aqui.”

10. Downliners Sect – The Sect (1964): “Adoro esse. Ótimas músicas. Antes que eles saíssem um pouco dos trilhos.”

11. The Beatles – With The Beatles (1963): “Fiquei dividido entre esse e o ‘Revolver’. Tudo o que os Beatles fizeram abriu novos caminhos. Onde estaríamos sem eles?”

12. The Rolling Stones – The Rolling Stones (1964): “A estreia deles. Nunca entendi por que você tinha que escolher entre os Stones e os Beatles. Para mim, este álbum é tão importante na descoberta de novas ideias quanto as primeiras coisas dos Beatles.”

13. The Who – Who’s Next (1971): “Eles estavam no auge com esse disco. Apenas ouça o que fizeram. Incrível.”

14. King Crimson – In The Court Of The Crimson King (1969): “Foi muito inteligente musicalmente, mas também não tão complicado quanto outras bandas de rock progressivo. Isso meio que me atraiu.”

15. Deep Purple – In Rock (1970): “Você tem que incluir este, porque realmente deu início a tudo no que diz respeito ao rock pesado.”

16. AC/DC – Highway To Hell (1979): “Era este ou ‘High Voltage’. AC/DC com Bon Scott – simplesmente uma banda incrível. As músicas são todas deslumbrantes.”

17. The Yardbirds – Roger The Engineer (1966): “Este é um álbum do final da carreira deles e é muito esquecido. Mas a banda estava fazendo coisas muito inovadoras.”

18. Thin Lizzy – Bad Reputation (1977): “Eu teria optado por ‘Live & Dangerous’ se pudesse incluir álbuns ao vivo. Que banda. Eles eram tão emocionantes. Sempre gostei deles.”

19. Gary Moore – Still Got The Blues (1990): “A maioria dos caras brancos que tentam tocar blues soam suaves demais. Gary é o verdadeiro negócio.”

20. Humble Pie – As Safe As Yesterday Is (1969): “O primeiro álbum… na verdade, qualquer disco com o falecido Steve Marriott teria servido. Ele foi brilhante – e faz muita falta.”

Sobre Lemmy Kilmister

Nascido em Stoke-On-Tent, Inglaterra, Ian Fraser Kilmister despontou em 1965 com o The Rockin’ Vickers. O grupo lançou três singles e se tornou a primeira banda britânica a excursionar pela Iugoslávia.

Seis anos depois se juntou ao Hawkwind. Mesmo sem experiência no baixo, assumiu o instrumento que o consagraria. Cantou no single mais bem-sucedido da banda, “Silver Machine”. Saiu em 1975.

A seguir, montou o Motörhead, que se tornaria seu grande trunfo. Na maior parte da carreira como power trio, o grupo se tornou o elo perdido do rock pesado, agradando de punks a headbangers. Foram 22 álbuns de estúdio e mais de 15 milhões de discos vendidos em todo o mundo.

Morreu em 28 de dezembro de 2015, por conta de um câncer na próstata aliado a sérias condições cardíacas. Permaneceu no palco até 17 dias antes, quando se apresentou com o Motörhead em Berlim, Alemanha.

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João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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