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A reflexão de Dave Mustaine sobre músicos demitidos do Megadeth

Vocalista e guitarrista é o único a ter participado de todas as formações da banda, que já contou com mais de 20 integrantes diferentes

Entre o período inicial – onde mudanças costumam ser corriqueiras – e os movimentos pós-profissionalização, o Megadeth contou com mais de 20 músicos diferentes em suas formações. O único presente em todas elas foi o vocalista e guitarrista Dave Mustaine.

Várias das saídas não se deram exatamente em bons termos. Em entrevista ao Riff X, transcrita pelo Blabbermouth, o patrão falou sobre as reações nem sempre positivas e as brigas que elas geraram, incluindo algumas que seguem rendendo até os dias atuais.

“É preciso analisar a história como um todo. Pessoas que são demitidas raramente ficam felizes com isso. Às vezes, preferem terem sido dispensadas porque não queriam ter que pedir para sair. Mas não querem mais trabalhar lá e precisavam de um motivo para tal. Tivemos muitas pessoas que tocaram conosco ao longo dos anos e mantivemos nossas amizades. Porém, há alguns que são muito amargos. E geralmente a história é divulgada na imprensa desde quando isso acontece e se estendem por quanto tempo uma pessoa continua trazendo à tona.”

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Mustaine consegue até mesmo identificar um padrão de quando esse tipo de coisa acontece.

“Normalmente, mencionam coisas sobre mim ou sobre o Megadeth sempre que há um novo projeto, algum show chegando ou um novo disco. É quando tentam brigar comigo em público. De minha parte, simplesmente imagino que um cachorro sem dentes late mais alto. Então, eu realmente não deixo as pessoas reclamarem de nós ou falarem merda sobre nossas habilidades de performance ou sobre as músicas que escrevemos.”

Relações de Dave Mustaine com ex-integrantes

A seguir, o “dono da bola” elencou como está a relação com alguns antigos membros. E não é surpreendente que não cite o baixista David Ellefson, seu companheiro mais longevo, a quem demitiu duas vezes.

“Sinto falta de Gar (Samuelson, baterista falecido em 1999), sinto falta de Nick (Menza, baterista falecido em 2016). Chris Poland (guitarrista) e eu acertamos as coisas e não há mais problemas. A segunda formação de discos, Chuck (Behler, baterista) e eu somos muito próximos, também sempre disse que achava que Jeff Young era um bom guitarrista.

A formação definitiva, que todo mundo gosta, é a e ‘Rust In Peace’ com Nick e Marty (Friedman, guitarrista). E você vê como Marty e eu somos, acabamos de tocar juntos. Então, você tem que olhar para os caras que estão falando mal de mim e dizer: ‘Ok, tem mais nessa história’. Porque se você for até Jimmy DeGrasso (baterista), Al Pitrelli (guitarrista) ou qualquer um desses caras, tenho certeza que eles dirão a mesma coisa, que tivemos uma boa jornada juntos.

Recebi uma mensagem de melhoras de Shawn Drover (baterista) quando anunciei que estava com câncer. Eu só conheço talvez uma ou duas pessoas do nosso passado que tenham algum problema com a nossa banda. E geralmente eles não dizem nada sobre os outros caras, vão falar só de mim. E acredite ou não, há mais pessoas na imprensa que têm problemas comigo do que qualquer músico por aí.”

Vale lembrar que o próprio Dave Mustaine até hoje remói a demissão que sofreu em 1983, quando integrava o Metallica. Mesmo quando não é questionado em entrevistas, o artista dá algum jeito de incluir alguma fala sobre sua antiga banda – nem sempre sendo cordial, tal qual as pessoas que precisou remover do Megadeth. Quer um exemplo? Na continuação da fala:

“Acabamos de fazer um show recentemente em que estava com bronquite. E recebemos uma crítica bastante justa; acho que o cara nos deu três estrelas e meia, provavelmente deveria ter recebido menos pela forma como minha voz soou. Agora, isso não foi justo com a banda, porque todo mundo tocou muito bem. E eu acho que essa foi uma espécie de ovelha que segue a outra banda, que só não gosta de mim por causa de quem toquei antes do Megadeth, sabe? E isso às vezes é triste porque não acho justo que outros tenham que passar pela amargura de quem segue a outra banda. Porque tem muita gente que não gosta do Megadeth ou de mim sem me conhecer. E isso é meio engraçado, mas também é triste porque eu odiaria perder músicas realmente boas.”

Finalizando, Mustaine fez uma clara (e aleatória, dado o direcionamento pelo qual a conversa ia) menção ao Gojira, curiosamente seus substitutos no Rock in Rio 2022.

“Eu ouvi uma banda hoje na TV, estava em um canal francês. Eu normalmente nunca teria assistido, e já vi muito o nome deles. Nunca percebi o quão legais eram. Não vou dizer quem é porque quero ter certeza de que são mais do que apenas uma música. Odiaria que cantassem sobre sair e matar focas bebês ou algo assim.”

Megadeth atualmente

O Megadeth segue em turnê pela América do Norte. O guitarrista finlandês Teemu Mäntysaari (Wintersun, Smackbound) vem substituindo o brasileiro Kiko Loureiro, que tirou licença para lidar com problemas familiares.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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Várias das saídas não se deram exatamente em bons termos. Em entrevista ao Riff X, transcrita pelo Blabbermouth, o patrão falou sobre as reações nem sempre positivas e as brigas que elas geraram, incluindo algumas que seguem rendendo até os dias atuais.

“É preciso analisar a história como um todo. Pessoas que são demitidas raramente ficam felizes com isso. Às vezes, preferem terem sido dispensadas porque não queriam ter que pedir para sair. Mas não querem mais trabalhar lá e precisavam de um motivo para tal. Tivemos muitas pessoas que tocaram conosco ao longo dos anos e mantivemos nossas amizades. Porém, há alguns que são muito amargos. E geralmente a história é divulgada na imprensa desde quando isso acontece e se estendem por quanto tempo uma pessoa continua trazendo à tona.”

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“Normalmente, mencionam coisas sobre mim ou sobre o Megadeth sempre que há um novo projeto, algum show chegando ou um novo disco. É quando tentam brigar comigo em público. De minha parte, simplesmente imagino que um cachorro sem dentes late mais alto. Então, eu realmente não deixo as pessoas reclamarem de nós ou falarem merda sobre nossas habilidades de performance ou sobre as músicas que escrevemos.”

Relações de Dave Mustaine com ex-integrantes

A seguir, o “dono da bola” elencou como está a relação com alguns antigos membros. E não é surpreendente que não cite o baixista David Ellefson, seu companheiro mais longevo, a quem demitiu duas vezes.

“Sinto falta de Gar (Samuelson, baterista falecido em 1999), sinto falta de Nick (Menza, baterista falecido em 2016). Chris Poland (guitarrista) e eu acertamos as coisas e não há mais problemas. A segunda formação de discos, Chuck (Behler, baterista) e eu somos muito próximos, também sempre disse que achava que Jeff Young era um bom guitarrista.

A formação definitiva, que todo mundo gosta, é a e ‘Rust In Peace’ com Nick e Marty (Friedman, guitarrista). E você vê como Marty e eu somos, acabamos de tocar juntos. Então, você tem que olhar para os caras que estão falando mal de mim e dizer: ‘Ok, tem mais nessa história’. Porque se você for até Jimmy DeGrasso (baterista), Al Pitrelli (guitarrista) ou qualquer um desses caras, tenho certeza que eles dirão a mesma coisa, que tivemos uma boa jornada juntos.

Recebi uma mensagem de melhoras de Shawn Drover (baterista) quando anunciei que estava com câncer. Eu só conheço talvez uma ou duas pessoas do nosso passado que tenham algum problema com a nossa banda. E geralmente eles não dizem nada sobre os outros caras, vão falar só de mim. E acredite ou não, há mais pessoas na imprensa que têm problemas comigo do que qualquer músico por aí.”

Vale lembrar que o próprio Dave Mustaine até hoje remói a demissão que sofreu em 1983, quando integrava o Metallica. Mesmo quando não é questionado em entrevistas, o artista dá algum jeito de incluir alguma fala sobre sua antiga banda – nem sempre sendo cordial, tal qual as pessoas que precisou remover do Megadeth. Quer um exemplo? Na continuação da fala:

“Acabamos de fazer um show recentemente em que estava com bronquite. E recebemos uma crítica bastante justa; acho que o cara nos deu três estrelas e meia, provavelmente deveria ter recebido menos pela forma como minha voz soou. Agora, isso não foi justo com a banda, porque todo mundo tocou muito bem. E eu acho que essa foi uma espécie de ovelha que segue a outra banda, que só não gosta de mim por causa de quem toquei antes do Megadeth, sabe? E isso às vezes é triste porque não acho justo que outros tenham que passar pela amargura de quem segue a outra banda. Porque tem muita gente que não gosta do Megadeth ou de mim sem me conhecer. E isso é meio engraçado, mas também é triste porque eu odiaria perder músicas realmente boas.”

Finalizando, Mustaine fez uma clara (e aleatória, dado o direcionamento pelo qual a conversa ia) menção ao Gojira, curiosamente seus substitutos no Rock in Rio 2022.

“Eu ouvi uma banda hoje na TV, estava em um canal francês. Eu normalmente nunca teria assistido, e já vi muito o nome deles. Nunca percebi o quão legais eram. Não vou dizer quem é porque quero ter certeza de que são mais do que apenas uma música. Odiaria que cantassem sobre sair e matar focas bebês ou algo assim.”

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João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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