Em depoimento transcrito pelo site do Alternative Nation, o músico Dave Grohl falou sobre o processo de concepção do primeiro álbum do Foo Fighters, autointitulado e lançado em 1995. Grohl, que tocou todos os instrumentos no disco, disse que a gravação funcionou como uma espécie de “exorcismo” para ele, que lidava com o então recente suicídio de Kurt Cobain, líder do Nirvana.
“O primeiro álbum do Foo Fighters não deveria ter sido um álbum. Foi uma espécie de experiência – ou quase um exorcismo. Foi como se eu não tivesse feito nada após a morte de Kurt e, enfim, fui fazer algo, gravar alguma coisa. Reservei seis dias no estúdio, o que foi uma eternidade para mim, e concluí 14 músicas tocando todos os instrumentos”, afirmou.
– 10 participações de Dave Grohl em músicas de outros artistas
O ex-baterista do Nirvana e frontman do Foo Fighters não queria que as pessoas soubessem que era ele tocando. “Então, pensei em chamar de Foo Fighters, por ser plural. Soa tão estúpido. Achei que as pessoas pensariam: ‘The Foo Fighters? Quem são eles’. Fiz uma centena de fitas K7 e entreguei a um grupo de pessoas. Daí, as gravadoras começaram a ligar, dizendo que queriam lançar o álbum. E eu pensava: ‘Aquela fita? Isso nem é um álbum'”, contou.
O advogado de Dave Grohl exerceu um papel importante no desdobramento do projeto. “Ele disse que eu havia pago por seis dias no estúdio e me sugeriu começar meu próprio selo, licenciando para que alguém fizesse a fabricação ou distribuição por um determinado período. Daí, depois de um tempo, eu teria os direitos de volta. Então, eu concordei”, disse.