O ator Rami Malek tem sido muito elogiado por seu trabalho ao interpretar Freddie Mercury na cinebiografia sobre o Queen, “Bohemian Rhapsody”. No entanto, o artista acredita que daria para fazer ainda melhor.
Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Malek disse que o tempo de duração de “Bohemian Rhapsody” – pouco mais de duas horas – não foi suficiente para explorar tanto a personalidade de Freddie Mercury. O ator acredita que o filme poderia ter uma duração maior, embora entenda que o padrão em torno dos 120 minutos seja respeitado por todos os grandes lançamentos de Hollywood.
O intérprete falou sobre o assunto após ter sido questionado se o guitarrista Brian May e o baterista Roger Taylor, co-produtores do filme, tentaram deixar algum aspecto da história de fora. “Nunca tive essa impressão. Eles adorariam entregar toda a história de Freddie Mercury, mas só tínhamos duas horas”, disse, inicialmente.
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“Nessas duas horas, sei que aqueles homens queriam celebrar a vida de Freddie. E havia um esforço consciente para não deixar esse filme hedonista e lascivo. Acho que todos nós gostaríamos de mostrar mais da relação entre Freddie e Jim (Hutton) no fim de sua vida. Aquele relacionamento é incrível e se fosse do meu jeito, eu adoraria fazer mais uma hora de filme e preencher as lacunas”, completou.
O ator disse, ainda, que produções sobre a vida de Freddie Mercury “nunca serão perfeitas” no sentido de “contar toda a história de um homem que renderia inúmeros documentários e minisséries”. Para “Bohemian Rhapsody”, então, foi necessário “focar em certos aspectos de sua vida, para mostrar o quão desafiador ele era como artista e quais estereótipos ele destruiu”.
Por fim, Malek destacou que Mercury e o Queen “derrubaram todos os padrões de como a música deveria ser e como seres humanos deveriam agir em público”. “Freddie é um revolucionário no sentido de não deixar que fosse segregado ou marginalizado de qualquer forma”, afirmou.