Uma disputa judicial entre Ian Paice e Ritchie Blackmore, respectivamente baterista e ex-guitarrista do Deep Purple, foi parar na Corte Geral da União Europeia. Em aparente decisão final, o tribunal optou por negar três recursos de Blackmore, que tenta registrar a marca da banda para fins determinados.
De acordo com o site World Intellectual Property Review, Ritchie Blackmore solicitou o registro da marca “Deep Purple” para gravações musicais, roupas e serviços de entretenimento. O guitarrista não faz mais parte da banda desde 1993, contudo, os músicos remanescentes seguiram com o grupo – que está até hoje me atividade.
Único integrante original a fazer parte de todas as formações do Deep Purple, Ian Paice se opôs à tentativa de registro de marca, dizendo que a proposta era muito semelhante à marca anterior não-registrada “Deep Purple”, que abrange gravações musicais, pôsteres, baquetas e roupas, entre outros itens.
– Entrevista: Steve Morse fala sobre “adeus” do Deep Purple e futuro
Em 2015, o Instituto de Harmonização do Mercado Interno da União Europeia (EUIPO) apoiou parcialmente o recurso de Ian Paice. O pedido de registro para gravações musicais foi parcialmente negado, enquanto que a solicitação para serviços de entretenimento foi rejeitada por completo. No entanto, Paice recorreu da decisão, já que ele queria um bloqueio completo.
Já em 2016, o EUIPO tomou decisão favorável a Ian Paice, já que Ritchie Blackmore deixou a banda e, desde então, o baterista deu sequência ao grupo com os demais integrantes em “boa fé significativa”. Blackmore, é claro, recorreu da decisão.
Porém, a decisão mais recente da EUIPO, tomada no início deste mês, reforçou a “boa fé” de Ian Paice. Além disso, o veredito aponta que Ritchie Blackmore não apresentou alegações “coerentes e inteligíveis” em sua última apelação. O texto não indica se cabem novos recursos.