Opeth soa pretensioso em “Morningrise”, diz Mikael Åkerfeldt

Segundo álbum, possui a música mais longa da carreira do grupo: “Black Rose Immortal”, com duração de vinte minutos e quinze segundos

Recentemente os 3 primeiros álbuns de estúdio do Opeth foram relançados pela Candlelight Records. “Orchid” (1995), “Morningrise” (1996) e “My Arms, Your Hearse” (1998) arrancam suspiros de fãs dos primórdios até os dias atuais, pela sonoridade um tanto quanto peculiar que o grupo praticava naquele momento.

Em bate-papo com o canal oficial da gravadora (transcrito pelo Metal Injection), o vocalista e guitarrista Mikael Åkerfeldt foi especificamente bem-humorado ao tratar do segundo. Com 5 faixas e 76 minutos de duração, o play é aquele que o frontman possui menos sentimentos positivos – embora também os tenha.

“O primeiro e o terceiro são meus favoritos dessa fase. Em ‘Morningrise’ éramos muito pretensiosos. Foi uma época em que jogávamos xadrez, líamos poesias, esse tipo de coisa. Éramos jovens, né? Mesmo assim, eu gosto dele também.”

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Åkerfeldt se aprofundou na questão, exemplificando uma ação que considera pretensiosa olhando para trás.

“Planejamos nosso eventual domínio mundial no circuito ao vivo. Não fazíamos muitos shows naquela época, mas ensaiávamos na escuridão total para que pudéssemos tocar as músicas sem olhar os instrumentos. Isso é um pouco pretensioso, mas é o que nós fizemos. Mas como eu disse, nós não fizemos muitas turnês naquele período, apesar de praticarmos bastante.”

Opeth e “Morningrise”

Lançado em 24 de junho de 1996, “Morningrise” foi o último disco do Opeth produzido por Dan Swanö. Marcou as despedidas do baterista Anders Nordin e do baixista Johan De Farfalla.

A maior parte do material já estava escrita antes mesmo do trabalho de estreia, “Orchid”, ser lançado. Algumas ideias datam de 1991. Possui a música mais longa da carreira do grupo, “Black Rose Immortal”, com duração de vinte minutos e quinze segundos.

A capa reproduz a imagem de um cartão postal registrado em Prior Park, na Inglaterra, trazendo uma ponte de arquitetura palladiana. A edição original saiu sem o logo da banda e o título. Para um artista iniciante, algo muito… pretensioso.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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