O vocalista Bruce Dickinson pensou em sair do Iron Maiden entre os anos de 1984 e 1985, durante a era “Powerslave”, que resultou na “World Slavery Tour”, uma das turnês de maior sucesso da banda. A revelação foi feita em entrevista ao Loudwire.
Dickinson pensou não apenas em deixar o Iron Maiden, mas, também, em abandonar a indústria musical por completo. “Eu estava muito exausto mentalmente por ralar 13 meses diretos na estrada. As pessoas dizem: ‘parem de reclamar, você é um rockstar e ganha muito dinheiro’. Eu digo: ‘sim, mas se eu quiser parar, será minha escolha’. Pensei que existiam outras coisas que poderiam render bem menos dinheiro, mas dariam um nível igual ou até maior de satisfação”, afirmou.
O cantor disse que, na época, estava atraído por trabalhos mais curtos e esporádicos. “É isso que me empolga em qualquer coisa. Não é o trabalho repetitivo e sem fim. Dizem: ‘saia, há 300 shows’. Eu penso: ‘ok, o que ganho em cada show, além de muitas pessoas empolgadas?’. Meu cérebro não está rangendo e se expandindo – na verdade, está o contrário. Depois dos primeiros 100 shows… há mais vida do que apenas isso”, pontuou.
O desafio, segundo Dickinson, era atingir o balanço ideal. “No fim da era ‘Powerslave’, só pensei que estava desequilibrado para mim. Tínhamos seis meses de folga e, depois disso, eu pensava: ‘talvez eu possa ver algum senso de proporção aqui’. Mas era difícil ver como excursionar por um ano de minha vida poderia me ajudar em alguma coisa”, afirmou.
No fim das contas, foi inevitável que Bruce Dickinson acabasse saindo do Iron Maiden. Contudo, ele segurou as pontas até 1993, quando deixou a banda, sob a justificativa de que gostaria de desenvolver outros trabalhos.
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