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Até Tony Martin era alvo das pegadinhas de Tony Iommi; conheça uma delas

O guitarrista Tony Iommi, único a participar de todas as formações do Black Sabbath, gostava de bolar pegadinhas contra seus colegas de banda — incluindo algumas pra lá de perigosas. Tony Martin, o segundo vocalista mais longevo do grupo após Ozzy Osbourne, não passou ileso e lembrou recentemente de uma delas.

Em vídeo publicado pelo canal de Iommi no YouTube, transcrita pela Guitar World, a dupla se lembrou do dia em que um técnico de guitarra da banda se vestiu como o membro fundador. De imediato, o vocalista não percebeu a diferença e demorou para notar se tratar de uma pegadinha. Ele disse:

“Os dois devem ter se planejado por semanas. Não estava esperando aquilo porque estava sério, dizendo: ‘senhor Tony Iommi’, e aí, veio o Andy (o técnico que participou da brincadeira).”

O guitarrista completou:

“Obviamente, ele viu como eu andava e conseguiu fazer tudo com perfeição. Ele vestiu uma de minhas jaquetas, colocou uma peruca, um bigode, saiu e eu tocava atrás deles. Eu tocava e ele estava na frente, ninguém percebeu que era ele.”

Martin só foi notar que não se tratava do Iommi real por um (não tão) simples detalhe: viu que o técnico de som segurava a guitarra de uma maneira diferente, entregando a brincadeira. Pelo vídeo publicado, o sósia usava o instrumento como destro, não como canhoto.

Ainda assim, Andy merece palmas por ter interpretado o guitarrista por um bom tempo até ser descoberto. Veja a seguir.

Bill Ward, a vítima preferida das pegadinhas

Essa pegadinha com Tony Martin foi tranquila em relação a algumas formuladas contra Bill Ward. Nestas ocasiões, o baterista passou por maus bocados e chegou a parar no hospital em uma delas.

Em 1972, durante as gravações do álbum “Vol. 4” (1972), Ward dormiu após uma noite de bebedeira e seus colegas o pintaram com tinta dourada. Inicialmente, o baterista levou na esportiva, mas logo passou mal, começou a vomitar e foi preciso chamar a emergência.

Os profissionais de saúde tiveram dificuldade para tirar a tinta do corpo de Ward. Em seguida, deram uma bronca nos membros da banda e disseram que poderiam ter matado o colega.

Oito anos depois, agora nas gravações de “Heaven and Hell” (1980), os músicos colocaram fogo nas roupas de Bill Ward. Mesmo com o baterista rolando no chão para apagá-las, não foi o suficiente e ele parou no hospital com queimaduras de terceiro grau.

Tony Iommi recebeu uma ligação furiosa da mãe de Ward e o avisou de que o colega poderia ter perdido uma das pernas. A partir daí, o grupo decidiu botar um ponto final com as brincadeiras.

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A surpreendente banda inglesa mais ouvida no streaming — não é Beatles

Foto: 6689062 / Pixabay

Inúmeras bandas pioneiras surgiram na Inglaterra. Beatles, Rolling Stones, Queen e Pink Floyd são apenas algumas das mais icônicas. Sendo assim, a Radio X fez um levantamento para descobrir qual é o grupo inglês mais popular ao redor do mundo nas plataformas de streaming, considerando os gêneros rock e indie.

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O resultado, de certo modo, surpreendeu. Nenhum dos nomes mencionados conquistou o primeiro lugar.

Conforme apontado pela Guitar, quem garantiu o topo da lista foi o Coldplay, em atividade desde 1997. Segundo a pesquisa, Chris Martin e companhia acumulam 31 bilhões de reproduções no Spotify e 16 bilhões de visualizações no YouTube.

Eles ainda ocupam a 11ª posição global na plataforma de música mencionada. “Something Just Like This”, parceria com o The Chainsmokers, é a canção mais famosa.

Em seguida, vem o Queen, com 21 bilhões de reproduções no Spotify e 9,9 bilhões de visualizações no YouTube. A clássica “Bohemian Rhapsody” é o maior destaque.

Fechando o top 3, aparecem os Beatles, com 18 bilhões de reproduções no Spotify e 3,4 bilhões de visualizações no YouTube, além de menção à faixa “Here Comes the Sun” como destaque.

Nomes mais jovens como o Arctic Monkeys, formado em 2002, e Gorillaz, criado em 1998, completam o ranking. Veja abaixo:

  1. Coldplay – 31 bilhões de reproduções no Spotify e 16 bilhões de visualizações no YouTube
  2. Queen – 21 bilhões de reproduções no Spotify e 9,9 bilhões de visualizações no YouTube 
  3. Beatles – 18 bilhões de reproduções no Spotify e 3,4 bilhões de visualizações no YouTube. 
  4. Arctic Monkeys – 17 bilhões de reproduções no Spotify e 3,8 bilhões de visualizações no YouTube
  5. Gorillaz – 8,9 bilhões de reproduções no Spotify e 4,7 bilhões de visualizações no YouTube
  6. Radiohead – 8,5 bilhões de reproduções no Spotify e 2,2 bilhões de visualizações no YouTube
  7. Fleetwood Mac – 9,9 bilhões de reproduções no Spotify e 708 mil visualizações no YouTube
  8. Rolling Stones – 9,1 bilhões de reproduções no Spotify e 1,2 bilhões de visualizações no YouTube
  9. Pink Floyd – 9,3 bilhões de reproduções no Spotify e 705 mil visualizações no YouTube
  10. The 1975 – 7,7 bilhões de reproduções no Spotify e 1,2 bilhões de visualizações no YouTube

Coldplay e o sucesso no Brasil

O sucesso do Coldplay é percebido no Brasil. Somente no ano passado, a banda realizou 11 apresentações pelo país entre os dias 10 e 28 de março.

Os locais visitados foram São Paulo (6 concertos), Curitiba (2) e Rio de Janeiro (3). A passagem contou com uma série de celebrações à música brasileira. Nomes como Milton NascimentoSeu JorgeSandy, Hamilton de Holanda e Moreno, Tom e Zeca Veloso – filhos de Caetano Veloso – subiram ao palco em diferentes datas da turnê.

Se o grupo honrar compromissos previamente assumidos, a volta acontece em 2025. Em encontro com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Chris Martin e companhia se comprometeram a participar da 30ª Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). O evento acontece em Belém, capital do Pará.

Desde 2003, o Coldplay tem o Brasil como rota constante de suas turnês. Eles voltaram em 2007, 2010, 2011 (para o Rock in Rio), 2016 e 2017, além de 2022, com uma apresentação no Rock in Rio. A extensa passagem por território nacional com a turnê “Music of the Spheres” aconteceria á época, mas precisou ser adiada para o ano seguinte por problemas de saúde do vocalista Chris Martin.

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Hammerfall anuncia novo álbum “Avenge the Fallen” e lança single

Foto: Gustavo Diakov

O Hammerfall anunciou um novo álbum para 9 de agosto. “Avenge the Fallen” é o décimo terceiro disco de estúdio da banda sueca de heavy/power metal e chega por meio da gravadora Nuclear Blast.

Formado por Joacim Cans (voz), Oscar Dronjak (guitarra), Pontus Norgen (guitarra), Fredrik Larsson (baixo) e David Wallin (bateria), o grupo confirmou o trabalho menos de um ano após a conclusão da turnê “United Forces”, que percorreu vários continentes — incluindo a América do Sul — com o Helloween. O material serve como sucessor de “Hammer of Dawn”, liberado para o público em fevereiro de 2022.

Em nota, Cans reflete:

“Este é o nosso álbum número 13. Como se manter relevante após 13 discos? É quase como o que diz o primeiro verso da canção ‘Avenge the Fallen’: ‘o que é pior, ser aquele que morreu, ou ser o que sobreviveu?’. Pense nisso, porque é difícil. Queremos ser uma banda que lança música nova apenas para sair em turnê novamente ou queremos continuar nos desafiando?”

O comentário do vocalista segue para uma afirmação: ele e seus colegas querem continuar a lançar discos em vez de apostar em singles avulsos. Ele também destaca:

“Nestes tempos em que as pessoas têm cada vez menos capacidade de atenção, ainda acreditamos nos álbuns de longa duração. Algumas poucas músicas boas não fazem um bom álbum. Um disco poderoso nasce de um álbum cheio de canções grandiosas e é isso que estamos entregando em nosso ‘Avenge the Fallen’.”

A prévia inicial do álbum é “Hail to the King”, divulgada como single nesta quinta-feira (25). Em comunicado, Oscar Dronjak diz sobre a canção:

“Comecei a trabalhar em ‘Hail to the King’ enquanto estávamos em turnê pelos Estados Unidos com Helloween. Ao fim da turnê, estava perto de finalizar a canção, então, depois do show que fizemos em Los Angeles, subi no ônibus para trabalhar como um louco na faixa para juntar todas as peças que faltavam. Esse foi o show em que um dos meus lutadores favoritos, Chris Jericho, veio me visitar. Além disso, foi o concerto onde Fredrik conheceu seu ídolo Frank Bello do Anthrax e Joacim conheceu Jay Ruston, produtor para Anthrax, Armored Saint, Anthrax, Corey Taylor e muitos mais, com quem nos juntamos e produzimos as vozes para ‘Avenge the Fallen’. Perdi vários momentos aquela noite, mas pelo menos temos essa música!”

“Avenge the Fallen” marca o retorno do Hammerfall à Nuclear Blast, gravadora com a qual trabalhou entre 1997 e 2016. Os discos mais recentes haviam saído pela Napalm Records.

*O single está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

Hammerfall — “Avenge the Fallen”

  1. Avenge The Fallen
  2. Burn It Down
  3. Capture The Dream
  4. Hail To The King
  5. Hero To All
  6. Hope Springs Eternal
  7. Rise Of Evil
  8. The End Justifies
  9. Time Immemorial

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Bruce Dickinson inicia turnê nacional com show em Curitiba; veja setlist e vídeos

Screenshot via YouTube @rafaelpezzutidias6074

Bruce Dickinson deu início à sua turnê pelo Brasil com um show na Live, em Curitiba, na última quarta-feira (24). A sequência de apresentações do vocalista do Iron Maiden em território nacional serve para promover seu novo álbum solo, “The Mandrake Project”.

O disco foi contemplado com quatro músicas no setlist — mesmo número destinado a “The Chemical Wedding” (1998). Os demais trabalhos representados foram “Balls to Picasso” (1994), com três canções, e “Accident of Birth” (1997) e “Tyranny of Souls” (2005), com duas cada. Sobrou espaço ainda para uma versão de “Frankenstein”, do Edgar Winter Group.

Veja vídeos disponíveis no YouTube, além do setlist completo (via Setlist.fm), a seguir.

  1. Accident of Birth
  2. Abduction
  3. Laughing in the Hiding Bush
  4. Afterglow of Ragnarok
  5. Chemical Wedding
  6. Many Doors to Hell
  7. Tears of the Dragon
  8. Resurrection Men
  9. Rain on the Graves
  10. Frankenstein (cover – The Edgar Winter Group)
  11. Gods of War
  12. The Alchemist
  13. Darkside of Aquarius

Bis:

  1. Navigate the Seas of the Sun
  2. Book of Thel
  3. The Tower

“Tears of the Dragon”:

“Accident of Birth”:

“The Alchemist”:

“Book of Thel”:

“Chemical Wedding”:

Shows no Brasil

A turnê brasileira de Bruce Dickinson segue para Porto Alegre, nesta quinta-feira (25), em show que terá cobertura do site IgorMiranda.com.br. Ingressos para todas as cidades seguem à venda nos sites Uhuu (São Paulo e Curitiba) e Bilheteria Digital (nas demais cidades). O artista se apresenta:

  • dia 25 de abril no Pepsi On Stage, em Porto Alegre;
  • dia 27 na Opera Hall, em Brasília;
  • dia 28 de abril na Arena Hall, em Belo Horizonte;
  • dia 30 de abril no Rio de Janeiro, no Qualistage;
  • dia 02 de maio na Quinta Linda, em Ribeirão Preto;
  • e dia 04 de maio em São Paulo, na Vibra São Paulo.

Os compromissos em território nacional serão gravados por uma equipe de filmagem. O destino dos registros não foi confirmado, mas há a possibilidade de lançar um DVD ao vivo.

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A cultuada música dos Beatles em “Abbey Road” que Paul McCartney admite cópia

Foto: Iain Macmillan

Lançado em setembro de 1969, “Abbey Road” foi o último álbum gravado pelos Beatles — embora tenha sido o penúltimo a sair, antes de “Let It Be” (1970). “Something”, “Come Together” e “Here Comes the Sun” estão entre as faixas de maior sucesso do projeto. Para além da música, a capa, que mostra o quarteto atravessando a rua onde fica o estúdio de mesmo nome em Londres, virou um ícone da cultura pop. 

O tracklist ainda inclui uma cultuada canção do Fab Four que Paul McCartney admitiu ser, na verdade, uma cópia. Durante o episódio mais recente de seu podcast “McCartney: A Life In Lyrics”, transcrito pela Music Radar, o artista fez a revelação. 

A faixa é “Golden Slumbers”, parte da suíte completa por “Because”, “You Never Give Me Your Money”, “Sun King”, “Mean Mr. Mustard”, “Polythene Pam”, “She Came In Through the Bathroom Window”, “Carry That Weight”, “The End” e “Her Majesty”. Como explicado no podcast, a composição traz elementos da canção de ninar homônima, criada por Peter Warlock em 1918. Ela é baseada no poema “Cradle Song” da peça teatral “Patient Grissel”, de 1603. 

Macca teve contato com a partitura da faixa original aleatoriamente, quando a achou jogada perto de um piano. Apesar de não entender a melodia da música apenas com o papel, sentiu-se inspirado pela letra e resolveu transformá-la em um material dos Beatles seguindo seus próprios moldes.

Ele relembrou:

“Eu sempre presto atenção nos bancos em que as pessoas sentam ao piano porque costumavam deixar partituras lá. Agora, podem estar vazios, mas eu sempre verifico. Daquela vez, no banco do piano ou no suporte para colocar música, tinha um canção chamada ‘Golden Slumbers’. Como eu não sei ler música (partitura), eu não sabia qual era a melodia que acompanhava a letra. Então eu criei minha própria melodia e apenas peguei as palavras.”

Segundo o próprio, a profundidade da canção, pouco percebida, gerou uma conexão com o seu “eu” interior logo de cara: 

“Acabou sendo uma música bastante espirituosa. Acho que a letra da canção original me atraiu em primeiro lugar. É como consolar um bebê ou ler uma história para as crianças na hora de dormir. Acho que há algo muito profundo nisso.”

Paul McCartney e a saudade de casa

Quando perguntado pelo poeta e apresentador Paul Muldoon a respeito de seus sentimentos à época, o eterno Beatle mostrou incerteza. Ainda assim, acredita que a saudades de casa e do pai, James McCartney, fizeram parte do contexto de “Golden Slumbers”  

“É muito possível que eu estivesse me sentindo mal em Londres, então voltei para ver meu pai e me senti melhor em Liverpool. Antes estava pensando nos problemas no sul e me perguntando, ‘não seria bom chegar em casa, não seria bom ter essa sensação confortável novamente?’ Acho que passei muito tempo longe de casa e naquele momento eu estava na casa do meu pai.”

Beatles e “Golden Slumbers”

Conforme publicado pela Far Out Magazine, Paul McCartney encontrou a partitura que originou “Golden Slumbers” na casa de seu pai em Liverpool, num livro de sua meia-irmã Ruth.

A canção, gravada junto de “Carry That Weight”, já ganhou releituras de nomes como Elis Regina e Dua Lipa e também fez parte da trilha sonora de certos filmes. Na animação “Sing – Quem Canta Seus Males Espanta” (2016), por exemplo, é cantada por Jennifer Hudson.

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Crítica: Em “Rivais”, emoções intensas dos personagens brilham na tela

Em filmes como “Me Chame Pelo Seu Nome” (2018) e “Até os Ossos” (2022) a exploração de sentimentos foi algo marcante na obra Luca Guadagnino. “Rivais”, que chega nessa quinta (25) nos cinemas do Brasil, traz novamente essa característica do diretor — agora, elevada a um nível que chama atenção.  

Ao narrar a história de um triângulo amoroso marcado por parcerias e rivalidades no mundo do tênis, Guadagnino faz com que a atração carnal do trio protagonista, a dor da lesão de uma atleta e o humor das mais variadas situações exalem intensidade.

Na trama, Art (Mike Faist) é um tenista casado com Tashi Duncan (Zendaya), uma ex-praticante do esporte aposentada por conta de uma grave lesão, agora atuando como treinadora. Ele deverá enfrentar Patrick (Josh O’Connor), sua dupla de juventude na modalidade em questão, que anos atrás também viveu um romance com Tashi.

Linguagem do cinema em uso

Para a construção do sentimento de intensidade já mencionada, Luca Guadagnino não se acanha de usar e abusar dos mais variados artifícios da linguagem do cinema. Cada um dos planos da decupagem do italiano dá gosto por conta de seu tom provocativo.  

Logo no início, uma sequência de planos detalhe destaca as cicatrizes pelo corpo de Art. Passada essa introdução do personagem de Mike Faist, o recurso mais uma vez é empregado para ilustrar a lesão da personagem de Zendaya. Em um dos segmentos mais desconfortáveis do longa, a câmera foca no joelho de Tashi no exato momento do ocorrido.

A dor desses momentos, entretanto, contrasta com o prazer dos personagens em outros. Na verdade, uma das maiores qualidades de “Rivais” se concentra na forma como o filme estabelece a relação dos três personagens principais, que vivem uma odisseia de prazer e atração sexual. Seja pela forma como o diretor movimenta a sua câmera, posiciona os seus atores ou faz inserções musicais certeiras, o vínculo carnal do trio pulsa em cena.

Assim, apesar de utilizar do tênis como um de seus alicerces narrativos, “Rivais” não é necessariamente um filme sobre o esporte em si. A obra parece falar muito mais sobre a funcionalidade do corpo humano em diferentes contextos e situações, se apropriando da prática como um ótimo plano de fundo para tal.

Aqui, os mesmos corpos que servem como fontes de prazer para Tashi, Art e Patrick também são aqueles que, em outras ocasiões, se tornam os responsáveis por dores e limitações esportivas. A aposentadoria chega para ser, justamente, a escolha mais plausível nesse contexto.

Disputa sem vencedor?

Dito isso, em um clímax que transforma uma partida de tênis em um espetáculo exibicionista, a disputa entre Art e Patrick não é apenas uma partida tensa entre esses rivais antes amigos e apaixonados pela mesma mulher. A competição é o ápice desses sentimentos tão intensos.

A manipulação da linguagem por Guadagnino também atinge o seu auge. Os movimentos ágeis estilizados, os cortes secos na montagem e a câmera que chega a assumir o ponto de vista de uma bola de tênis fazem da sequência um verdadeiro deleite.

No final de tudo, não há uma solução exata para a história do trio. E isso está longe de se configurar como um defeito da obra. Afinal, a situação desse triângulo amoroso é muito mais interessante quando encarada como esse embate incessante e de emoções à flor da pele — semelhante ao das quadras de tênis.

Assim, intenso do início ao fim, “Rivais” já se configura como um dos melhores filmes lançados nesse breve período percorrido do ano de 2024. Luca Guadagnino se prova mais uma vez um diretor habilidoso, com muita vontade de fazer cinema e provocar o seu público da melhor forma possível.

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Quando Matt Cameron recebeu notificação extrajudicial do Kiss na adolescência

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

Matt Cameron é um grande fã do Kiss. O baterista do Pearl Jam e Soundgarden descreveu o quarteto como seus “heróis de infância” e, por um tempo na pré-adolescência, manteve uma banda cover dos mascarados .  

À época, o músico tinha por volta de uns 13 anos de idade e não possuía conhecimento acerca da indústria musical. Por isso, diante da imaturidade, cometeu um deslize com certa característica de seu grupo que o rendeu uma notificação extrajudicial – enviada pela própria gerência do Kiss. 

Durante participação no programa The Howard Stern Show, transcrita pela Consequence, o artista relembrou a história. Segundo o próprio, o início do projeto tributo foi tranquilo, já que o foco eram apresentações locais. Por causa de contatos, ele e os colegas até conseguiram conhecer o vocalista e guitarrista Paul Stanley e mostrar o seu trabalho. 

“Eu tocava em uma banda cover do Kiss no meu bairro, quando tinha uns 13 ou 14 anos. Tocamos em colégios locais, festas, em vários lugares. E meu pai era amigo do chefe do sindicato dos assistentes de palco em San Diego. Então quando o Kiss estava tocando lá,  durante a turnê ‘Alive’, em 1975, vimos o Kiss fazendo uma passagem de som na San Diego Sports Arena. Eu levei os dois caras com quem eu estava na banda cover, Tim e Dave Mahoney. Levamos nosso álbum de fotos da nossa estúpido grupo cover para conhecer Paul Stanley e conseguimos uma foto com ele. Falamos tipo ‘ei, cara, estamos em uma banda cover do Kiss, aqui está nosso pequeno álbum de fotos estúpido’.”

O problema veio mais tarde. Isso porque a banda cover levava apenas o nome “Kiss”, sem qualquer indicação de que aquele não era o grupo original. Sendo assim, Cameron e os dois parceiros receberam uma carta da equipe do empresário Bill Aucoin, que cuidava da carreira do quarteto, pedindo para que fizessem uma mudança imediatamente. 

Em tom bem-humorado, declarou:

“De quatro a seis meses depois, recebemos uma carta da Aucoin Management para mudar a banda, sob pena de ação judicial. Nós éramos grandes fãs do Kiss e o Kiss costumava colocar o logotipo da empresa Aucoin Management [de Bill Aucoin] em seus álbuns. Então, [antes de abrirmos a carta], estávamos todos animados, pensando ‘uau, estamos recebendo uma carta da Aucoin Management, deu certo!’. E na verdade era para pararmos. Acho que [a questão foi que] chamamos nossa banda de Kiss. A gente não pensou como seria lá na frente. Então, depois disso, mudamos para ‘Kiss (Imitation)’.” 

Pearl Jam atualmente

O Pearl Jam lançou o seu décimo segundo álbum de estúdio,“Dark Matter”, no último dia 19 de abril. Ao todo, o projeto contém onze músicas, produzidas por Andrew Watt – que já trabalhou com Ozzy Osbourne, Elton John, Iggy Pop, Rolling Stones, entre outros nomes.

Conforme comunicado, a criação do sucessor de “Gigaton” (2020) aconteceu de início no Shangri-La Studios, em Malibu, nos Estados Unidos. A nota diz que “Dark Matter” “concentra o espírito compartilhado pelos confidentes criativos e irmãos ao longo da vida, tocando juntos em um cômodo como se suas próprias vidas dependessem disso”.

A capa traz uma pintura de Alexandr Gnezdilov, idealizada através de um caleidoscópio. Para criar o efeito perolado do título, cada letra foi manuscrita com uma espécie de lanterna especial.

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Bring Me the Horizon vem ao Brasil com Motionless in White, Spiritbox e The Plot in You

Foto: Jeff Marques @jeffmaarques_

O Bring Me the Horizon anunciou um show conjunto com Motionless in White, Spiritbox e The Plot in You no Brasil. O festival acontece no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 30 de novembro.

Trata-se da primeira apresentação em estádio da história do grupo inglês como headliner. Com produção da 30e, o evento terá sua venda de ingressos iniciada em 30 de abril, ao meio-dia, pelo site da Eventim ou na bilheteria oficial no Allianz Parque (mais informações abaixo).

O projeto “Post Human”, do Bring Me The Horizon, ganhará um EP até o fim do ano – e é o mote da divulgação atual da banda. A iniciativa começou em 2020 com o lançamento do álbum “Post Human: Horror Survival”.

Nele, a banda – formada pelo vocalista Oliver Sykes, o guitarrista Lee Malia, o baixista Matt Kean e o baterista Matt Nicholls – traz uma abordagem mais experimental e colaborativa, explorando uma variedade de gêneros musicais. O trabalho chegou ao primeiro lugar nas paradas do Reino Unido.

O Motionless in White, quinteto americano que havia cancelado sua aparição no Knotfest Brasil 2022, oferece um conjunto de influência que vão do gótico ao metalcore. O Spiritbox, grupo canadense liderado por Courtney LaPlante (voz) e Mike Stringer (guitarra), se destacou com uma sonoridade que mescla influências do metalcore, progressivo, djent e até pop. Por fim, há o The Plot in You, projeto americano liderado por Landon Tewers (ex-Before Their Eyes).

Serviço – Bring Me The Horizon e convidados em São Paulo

Realização: 30e
Data: 30 de novembro de 2024
Local: Allianz Parque – Av. Francisco Matarazzo 1705 – Água Branca, São Paulo – SP
Horário de abertura dos portões: 13h
Classificação Etária: Entrada e permanência de crianças/adolescentes de 05 a 15 anos de idade, acompanhados dos pais ou responsáveis, e de 16 a 17 anos, desacompanhados dos pais ou responsáveis legais.

Ingressos e setores:
Cadeira Superior – R$125 (meia-entrada legal) | R$250 (inteira)
Pista – R$195 (meia-entrada legal) | R$390 (inteira)
Cadeira Inferior – R$245 (meia-entrada legal) | R$490 (inteira)
Pista Premium – R$395 (meia-entrada legal) | R$790 (inteira)

Início das vendas:
Venda geral: 30 de abril, 12h (on-line) e às 13h na bilheteria oficial
Vendas on-line em: Eventim
Bilheteria oficial: Bilheteria A – Allianz Parque – Endereço: Rua Palestra Itália, 200
Funcionamento: Terça a sábado das 10h às 17h
Não há funcionamento em feriados, emendas de feriados, dias de jogos ou em dias de eventos de outras empresas.

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Lita Ford diz que muitos estranhavam ao ver uma mulher tocando guitarra

Lita Ford aprendeu a tocar guitarra ainda na pré-adolescência. Aos 11 anos de idade, ganhou um violão dos pais, mas logo percebeu que, na verdade, queria a “versão elétrica” do instrumento. 

Não demorou para que aprendesse a executar clássicos do Black Sabbath e Deep Purple. Aos 16 anos, em 1975, passou a integrar a banda Runaways – onde ganhou notoriedade. Posteriormente, no início dos anos 1980, deu início à sua carreira solo. 

À época, segundo a própria, muitas pessoas estranhavam o fato de uma mulher empunhar uma guitarra. Durante participação no podcast “The Hook Rocks”, transcrita pelo Blabbermouth, a musicista revelou que o preconceito vinha, em grande parte, dos homens, mas não abrangia só eles, já que a questão era da sociedade como um todo. 

Lita declarou:

“Homens são apenas homens. E não são nada indestrutíveis. Não significa nada. Em muitas das situações, eles não conseguem assimilar o óbvio. E o problema não foi só os homens. Muita gente não conseguia entender o fato de que: ‘Ah, ela é uma mulher e está tocando guitarra. Como assim? Como isso funciona?’.”

No entanto, a artista não deixou-se afetar pela situação. Tanto que, apesar de não ter referências femininas, não conseguia enxergar por que não podia simplesmente fazer o que amava. 

“Bem, para mim, isso nunca foi realmente claro. Eu apenas pensei: ‘bem, eu só quero tocar guitarra’. E nunca passou pela minha cabeça que eu não podia porque era uma mulher. Nunca fez sentido para mim.”

Em contrapartida, alguns músicos deixaram os julgamentos de lado e a acolheram. Citando exemplos, Ford mencionou, primeiramente, Dee Snider – líder do Twisted Sister, com quem tem a parceria “I’ll Be Home for Christmas”.

“Muitos dos melhores músicos da época eram homens e eu preciso dizer que vários deles me ajudaram a alcançar certo status de celebridade do rock. Eles não olhavam para mim e pensavam ‘ah, ela é uma mulher e não pode fazer isso’. Eles não olhavam assim. Eram diferentes. Como Dee Snider, por exemplo. Dee dava um grande apoio para mim e minha banda. Abrimos para o Twisted Sister muitas vezes. Dee sempre saía, provocava o público e os deixava animados para o nosso show que estava chegando. Se estivéssemos em um festival ou nos apresentássemos antes deles, ele sempre fazia isso.

Por fim, destacou o ídolo e referência Ritchie Blackmore, que já esteve no Rainbow e Deep Purple

“Pessoas como Ritchie Blackmore também nunca me julgaram porque eu era uma mulher. E muitos desses grandes músicos são realmente pessoas sem julgamentos. Tem tudo a ver com o que você mostra.” 

Lita Ford atualmente

Atualmente, Lita Ford está trabalhando em seu próximo álbum solo, que deve sair neste ano. O mais recente é “Living Like a Ruanway”, disponibilizado em 2012. Quatro anos mais tarde saiu “Time Capsule”, compilando gravações antigas que permaneciam inéditas até então.

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Por que gravadora quase abandonou Guns N’ Roses ainda na era “Appetite”

“Appetite for Destruction” (1987), álbum de estreia do Guns N’ Roses, demorou um pouco a cair no gosto do público. Só começou a ser bastante comercializado praticamente um ano após seu lançamento.

Um fato pouco conhecido do público é que se não fosse essa virada de chave, Axl Rose e companhia teriam ficado sem uma gravadora. Antes mesmo de ela ocorrer, a demissão era cogitada.

A revelação foi feita por Tom Zutaut, empresário produtor musical responsável por descobrir o Guns e também o Mötley Crue. Em entrevista ao podcast X5, transcrita pela Ultimate Guitar, afirmou que em decorrência das baixas vendas iniciais do disco, a Geffen quis desistir de continuar a promover “Appetite for Destruction”.

Ele disse:

“Houve uma época e um ponto no qual o presidente da companhia me ligou e disse: ‘Esse álbum já era, estamos abrindo mão dele. Já era. Você tem de parar de perturbar o pessoal do marketing, o pessoal da promoção. Eles estão sem paciência, com você enchendo eles sobre o Guns N’ Roses’.”

Na sequência, Zutaut afirmou que não se daria por vencido e conseguiu convencer a Geffen a continuar bancando o disco. Um dos motivos foi sua certeza de que o Guns N’ Roses teria futuro – afinal, deixou de fora músicas com potencial, como “November Rain” e “Don’t Cry”, por ter essa visão.

“Eu disse: ‘200 mil (o número de discos vendidos nos primeiros meses de lançamento) é uma m#rda, cara. Esse disco vai vender milhões’. E, claro, mais tarde, se tornou o álbum de estreia de uma banda mais vendido da história. Ninguém ainda o superou, nem mesmo na terra do streaming. Mas, sabe, eu tinha a visão. Eu pensei que seria o maior álbum do mundo, a maior banda da história e não deixaria que algumas pessoas sem essa visão acabassem com a carreira do grupo. Quero dizer, deixei ‘November Rain’, ‘Don’t Cry’, deixei tantas canções fora de ‘Appetite’ por saber que teríamos uma ótima sequência.”

De fato, Zutaut estava certo: após mantida a insistência, “Appetite for Destruction” engrenou nas vendas e atualmente, figura nas listas de mais vendidos da história. Além disso, já recebeu 18 vezes a certificação de platina da Recording Industry Association of America (RIAA), por ter ultrapassado 18 milhões de cópias nos Estados Unidos.

MTV “salvou” o Por que gravadora quase abandonou Guns N’ Roses ainda na era “Appetite”

Em outra entrevista anterior, Tom Zutaut revelou, em sua opinião, a causa de “Appetite for Destruction” ter demorado a engrenar. Para o empresário, existia um movimento contra a banda por parte da TV e das rádios.

“Havia um movimento anti-Guns N’ Roses. Eles eram muito perigosos.”

Em seguida, Zutaut lembrou da importância da MTV para “salvar” “Appetite for Destruction”. David Geffen, dono da gravadora, ligou na emissora e pediu a exibição do clipe de “Welcome to the Jungle” uma vez.

Mesmo com a transmissão ocorrendo uma única vez e de madrugada, o canal recebeu uma enxurrada de ligações pedindo reprises, algo que salvou o disco e o futuro da banda.

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