Início Site

Dave Grohl sentia-se deprimido antes do fim do Nirvana

O modo como o Nirvana acabou, em 1994, foi triste e chocante. Porém, o fim da banda já era alvo de especulações na mídia desde o ano anterior – só não se imaginava que Kurt Cobain o faria de uma forma tão definitiva. A instabilidade do frontman, que experimentava sofrimento extremo com o sucesso, indicava que tudo iria se encerrar logo adiante.

Refletindo sobre a época, Dave Grohl reconhece que não viu os sinais. O baterista que estreou no megassucesso “Nevermind” (1991) admitiu que o clima não era bom. No entanto, jamais imaginou que as coisas sofreriam uma virada rumo ao desfecho que sofreu.

Disse o hoje líder do Foo Fighters à revista Mojo em 2009 – resgate do Louder:

“1994 foi um ano ruim desde o início. Não me lembro exatamente quando começamos aquela turnê europeia, mas foi na Espanha. Tínhamos os Buzzcocks conosco e eu estava muito animado. A diferença é que na viagem anterior ao continente ainda éramos o Nirvana, de Seattle. Agora éramos o NIRVANA! As coisas mudaram muito. Kurt passou por muitas coisas e estávamos tentando aceitar ser uma banda enorme, eu acho.”

Dave Grohl e a depressão

Dave admite que Cobain não era o único lidando com transtornos. O próprio enfrentava a depressão no período.

“Aquele ano inteiro foi confuso para mim por causa do quão perdido eu estava o tempo todo. Quando chegamos à Alemanha, acho que Kurt não queria mais estar lá. Lembro daquela turnê, acho que foi a primeira vez que senti depressão, uma depressão de não conseguir sair da cama. Aconteceu em Milão e eu queria muito ir para casa. Nunca havia me sentido assim. Nem conseguia me levantar e isso foi uma boa indicação de que não estava feliz e não queria estar lá. Mas eu tinha assumido o compromisso de fazer os shows e não queria decepcionar ninguém.”

Foi justamente no último show do giro – que acabaria sendo o último na história da banda – que Kurt acabou mostrando seu lado autodestrutivo.

“O último show que fizemos foi em algum lugar na Alemanha [Terminal Einz em Munique, em 1º de março de 1994]. Kurt queria ir para casa, então acho que ele intencionalmente explodiu a voz, para que qualquer médico em sã consciência pudesse olhar para sua garganta e falasse ‘Está meio inflamado’… Então ele intencionalmente soltou a voz para que todos pudéssemos ir para casa.”

A morte de Kurt Cobain

Após o desfecho da viagem, cada um foi para o seu canto. A ideia era que o tempo curasse as feridas. Porém, elas foram extirpadas à força pela atitude definitiva do vocalista e guitarrista.

“Tive que ficar mais um dia para fazer um vídeo para a trilha sonora de ‘Backbeat’ (‘Os Cinco Rapazes de Liverpool’) e depois voei para casa, via Heathrow e São Francisco. Às 5 da manhã vem um telefonema de emergência. Era um cara: ‘Dave? É realmente Dave Grohl?’. Eu disse ‘Sim, quem é ?’ E ele respondeu: ‘Eu sou John, moro em Boston e sou um grande fã, só queria dizer que vocês são ótimos’. Perguntei ‘Como você conseguiu meu número de telefone?’ E ele falou ‘Disse à operadora que era uma emergência’. Então eu respondi ‘Ok, tudo bem, só não ligue de volta…’”

A ligação seguinte seria a pior possível: Cobain havia sofrido uma overdose ao misturar remédios para dormir com champanhe. O incidente se deu em março de 1994, um mês antes do músico tirar a própria vida.

“Cinco minutos depois o telefone toca novamente. E alguém diz: ‘Cara, liga a CNN…’ E eu vejo um vídeo de Kurt em Roma, então… então… então foi quando eu soube (sussurra): ‘Oh não, acabou…’”

** No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV), associação civil sem fins lucrativos, oferece apoio emocional e prevenção do suicídio, gratuitamente, 24 horas por dia. Qualquer pessoa que queira e precise conversar, pode entrar em contato com o CVV, de forma sigilosa, pelo telefone 188, além de e-mail, chat e Skype, disponíveis no site www.cvv.org.br.

Sobre o Nirvana

Fundado em 1987 na cidade de Aberdeen, Washington, Estados Unidos, o Nirvana se projetou como a grande força do rock na virada para a década seguinte. A banda encabeçou o levante que ficaria conhecido na mídia como grunge, gravando o álbum mais vendido do movimento, o já citado “Nevermind”.

Após a morte de Kurt Cobain, o grupo se desfez em definitivo, embora lançamentos póstumos sejam realizados até hoje. Dave Grohl e Krist Novoselic ainda fazem esparsas aparições públicas juntos (normalmente com o guitarrista Pat Smear, integrante nos últimos meses do grupo), enquanto o primeiro alcançou um sucesso ainda mais longevo com o Foo Fighters.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Aerosmith lançou “Get a Grip” há 31 anos; veja outros fatos da música em 20 de abril

Há 31 anos, em 20 de abril de 1993, o Aerosmith lançava Get a Grip, seu 11º disco de estúdio. Com mais de 20 milhões de cópias vendidas mundialmente, o álbum trouxe hits como “Cryin’”, “Crazy”, “Amazing” e “Livin’ on the Edge”.

Confira outros acontecimentos no mundo da música, especialmente no rock, em dias 20 de abril de outros anos:

-> Há 32 anos, em 20 de abril de 1992, acontecia o Freddie Mercury Tribute Concert, no estádio de Wembley, em Londres. O show reuniu membros do Queen e convidados como Elton John, Axl Rose, James Hetfield, Robert Plant, George Michael, entre outros.

-> Hoje, Mike Portnoy faz 57 anos. O baterista, que nasceu em 20 de abril de 1967, cofundou o Dream Theater e seguiu na banda até 2010, retornando em 2023. Integrou ainda vários projetos, como The Winery Dogs, Liquid Tension Experiment e mais.

Foto: Gustavo Diakov @xchicanox

-> Há 31 anos, em 20 de abril de 1993, o Primus lançava “Pork Soda”, seu 3º disco de estúdio. De temática mais obscura, foi o primeiro da banda a chegar ao top 10 das paradas dos Estados Unidos. “My Name is Mud”, “DMV” e “Mr. Krinkle” foram os singles.

-> Há 37 anos, em 20 de abril de 1987, David Bowie lançava “Never Let Me Down”, seu 17º disco de estúdio. Foi considerado pelo próprio cantor como uma volta ao rock, após alguns experimentos. Os singles foram “Day-In Day-Out”, “Time Will Crawl” e a faixa-título.

-> Há 25 anos, em 20 de abril de 1999, o Kreator lançava “Endorama”, seu 9º disco de estúdio. Com forte influência do gothic metal, foi o último da banda com o guitarrista Tommy Vetterli. Tem participação do vocalista Tilo Wolff (Lacrimosa) na faixa-título.

-> Há 33 anos, Steve Marriott nos deixava. O vocalista e guitarrista morreu em 20 de abril de 1991, aos 44 anos, em um incêndio. Tornou-se notório por seu trabalho com o Small Faces e posteriormente com o Humble Pie, influenciando várias bandas de hard rock.

-> Há 14 anos, em 20 de abril de 2010, o Ratt lançava “Infestation”, seu 7º disco de estúdio. Foi o único com o guitarrista Carlos Cavazo e marcou as despedidas do guitarrista Warren DeMartini, do baixista Robbie Crane e do baterista Bobby Blotzer.

-> Há 20 anos, em 20 de abril de 2004, o Black Label Society lançava “Hangover Music Vol. VI”, seu 5º disco de estúdio. De pegada mais acústica, traz como destaques “Layne”, em tributo a Layne Staley (Alice in Chains), e “A Whiter Shade of Pale”, cover do Procol Harum.

-> Há 20 anos, em 20 de abril de 2004, Prince lançava “Musicology”, seu 28º disco de estúdio. Voltou a registrar boas vendas para o cantor após anos, embora “Cinnamon Girl” e a faixa-título, divulgadas como singles, não tenham emplacado nas paradas.

-> Há 6 anos, em 20 de abril de 2018, o Black Stone Cherry lançava “Family Tree”, seu 6º disco de estúdio. Traz a banda mergulhando de vez na sonoridade southern rock, com direito a uma participação de Warren Haynes em “Dancin’ in the Rain”.

-> Há 31 anos, em 20 de abril de 1993, o Midnight Oil lançava “Earth and Sun and Moon”, seu 8º disco de estúdio. Com letras críticas a problemas da Austrália, teve os singles “Truganini”, “My Country”, “In the Valley”, “Drums of Heaven” e “Outbreak of Love”.

-> Há 17 anos, em 20 de abril de 2007, o Sabaton lançava “Metalizer”, seu 3º disco de estúdio. Foi, na verdade, o primeiro gravado pela banda, embora tenha saído apenas depois. Traz um cover de “Jawbreaker”, do Judas Priest, além do single “Masters of the World”.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Fascista? A maior dificuldade de Wagner Moura com o filme “Tropa de Elite”

Wagner Moura revelou algumas curiosidades sobre as gravações de “Tropa de Elite” (2007), um dos filmes nacionais mais bem-sucedidos dos últimos anos. Ao abordar uma delas, o ator comentou a maior dificuldade que ele próprio enfrentou com a obra.

O asusnto foi comentado em entrevista ao Podpah. De acordo com Moura, o lançamento do filme foi a maior pedra em seu sapato. O ator declarou não ter sido fácil lidar com as acusações de que o longa era “fascista” e comprou essa briga para defendê-lo.

Eledisse:

“Lançar o filme e enfrentar a polêmica do fascismo (ao ser perguntado sobre a maior dificuldade enfrenteada). Porque eu falei: ‘p*rra, eu não fiz um filme fascista, que p*rra é essa?’. Então, caí dentro da discussão de defender o filme que eu fiz, que você vê uma polícia que tortura, que mata, que entra nos lugares, na favela, esculacha o morador, mostrando como é e que essa p*rra tá errada.”

Em seguida, Wagner destacou compreender o fato de “Tropa de Elite” ser interpretado de diversas formas. Porém, garante não ter gravado uma obra com tal temática.

“Entendo que um filme é polissêmico no sentido que as pessoas vão receber o filme do jeito que elas quiserem. Você pode ter uma leitura de um filme e isso é absolutamente natural. Você pode olhar pro Capitão Nascimento e falar: ‘isso mesmo, tem que matar tudo.’ Mas tenho que te dizer a minha quando fiz, o que senti quando fiz e o que quis fazer quando fiz esse filme.”

Na época do lançamento do filme, o ator escreveu um artigo para o jornal O Globo no qual reafirmava que “Tropa de Elite” não era fascista. No texto, ainda declarou como a obra reforça a necessidade de melhoras nas políticas de segurança pública do Brasil — e que não concorda com diversas atitudes do personagem Capitão Nascimento.

Wagner Moura mais preparado que a polícia?

Em outro momento da conversa, Wagner Moura revelou como o preparo para gravar “Tropa de Elite” foi extremo. Em uma ocasião, o ator chegou a quebrar o nariz de um integrante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) após ser provocado.

“O processo de ‘Tropa de Elite’ foi loucura, não existe. Nunca mais vai acontecer uma coisa daquelas hoje em dia. A preparação era sinistra. Eu quebrei o nariz de um cara do Bope. Foi louco porque o cara ficava me provocando no treinamento. Ele adorou e falou: ‘É isso aí, agora sim!’. Era nível barra pesada.”

Ao final do treinamento, os integrantes do Bope responsáveis por auxiliar o treinamento de Wagner Moura e demais membros do elenco fizeram uma revelação impressionante. Para eles próprios, todos os atores estavam mais preparados para uma operação em uma favela do que a Polícia Militar.

“Os caras do Bope falaram assim: ‘vocês, depois do treinamento que fizeram aqui, estão mais aptos a combate em favela do que a polícia convencional.’ A gente treinou muito.”

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Como o Metallica salvou o Record Store Day, segundo criador do evento

Foto: Tim Saccenti

O Record Store Day acontece semestralmente, sempre nos meses de abril e novembro – o segundo no mesmo fim de semana da Black Friday. O evento tem como objetivo incentivar o consumo de material físico em lojas independentes de todo o mundo.

Vários artistas oferecem registros inéditos, raridades ou reedições especiais exclusivas para estas datas. A próxima edição será neste sábado (20).

Hoje a iniciativa conta com apoio de vários dos maiores nomes da música — Paramore e Kate Bush serão embaixadores em 2024. Porém, nem sempre foi assim.

Até obter a credibilidade almejada o idealizador do projeto, Michael Kurtz, penou. Em entrevista à Variety, ele lembrou:

“No começo foi muito difícil, porque quase ninguém comparava vinil, a menos que fosse usado e custasse centavos. Não havia modelo de negócios para o formato naquele momento. Estava completamente desmontado. Quando conversei com donos de lojas de discos para participar, a resposta inicial foi bastante negativa: ‘Nós não vendemos vinil. Não é isso que fazemos. Teríamos que reformar nossas lojas’. Era como empurrar uma pedra colina acima.”

O cenário mudou após Kurtz obter o apoio de uma banda gigante: o Metallica.

“Entrei em contato com o Metallica e a reação deles foi: ‘claro que sim, vamos fazer isso, será divertido’. Foi realmente como uma grande explosão para todos os envolvidos, porque a Tower (grande cadeia de lojas americana) havia acabado de fechar as portas e todos estavam um pouco para baixo, incertos sobre tudo. E então o Metallica chega e diz: ‘que se dane tudo isso, vamos fazer uma festa’. Eles relançaram seus discos em vinil para o primeiro Record Store Day, e então tudo explodiu a partir daí.”

O crescimento do Record Store Day

Realizada em 2022, a edição de 15 anos do Record Store Day contou com a participação de mais de mil lojas só nos Estados Unidos. O número é 10 vezes maior que o da primeira.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Steve Harris revela o curioso segredo físico para seu som de baixo

Foto: Ben Houdijk / Depositphotos

As passagens de baixo do Iron Maiden se tornaram uma característica quase automática na cabeça dos fãs quando se pensa na música da banda. O estilo imposto por Steve Harris é facilmente identificável e, ao mesmo tempo, dificilmente imitável. E há um segredo por trás disso.

Em entrevista à revista Bass Player, o artista reconheceu se valer de um atributo físico para alcançar o som que busca. O segredo está na mão que se encarrega do corpo do instrumento. Mais especificamente nas unhas.

Disse o líder e principal compositor dos gigantes britânicos, conforme resgate da Guitar World:

“As unhas da minha mão esquerda são quase inexistentes porque não preciso delas. Mas faço crescer as unhas da mão direita o máximo que posso, sem quebrá-las, para conseguir aquele som agudo. Se elas quebram, talvez eu tenha que aumentar os agudos do meu baixo para compensar.”

Já quando se trata dos shows, um componente hormonal é o que faz a diferença. Ele disse:

“Eu toco no meu melhor quando estou com muita adrenalina fluindo. É algo natural que simplesmente acontece – algumas noites você produz mais do que em outras. Quando se está no clima, você recebe essa descarga.”

O futuro do Iron Maiden

O Iron Maiden volta ao Brasil no final de 2024 para dois shows. Ambos acontecem no Allianz Parque, em São Paulo, dias 6 e 7 de dezembro. A banda dinamarquesa Volbeat será responsável pela abertura. Atualmente, o grupo realiza a turnê “The Future Past”, com repertório concentrado nos álbuns “Somewhere in Time” (1986) e “Senjutsu” (2021).

Especulações online indicam que a banda realizará uma turnê em 2025 celebrando 50 anos de sua fundação. Em entrevistas recentes, o vocalista Bruce Dickinson confirmou que os planos já estão alinhavados, mas disse que não poderia se manifestar publicamente sobre eles antes da divulgação.

Sobre Steve Harris

Nascido na cidade de Leytonstone, condado inglês de Essex, Stephen Percy Harris aspirava ser jogador de futebol. Chegou a fazer testes no West Ham, seu clube do coração, porém, o amor pela música falou mais alto a partir da adolescência. Dez meses após comprar o primeiro baixo já integrava o Gypsy’s Kiss. Desde o início compunha material próprio e tentava encaixar no repertório.

No Natal de 1975 deu início ao Iron Maiden. A banda se tornou uma das mais bem-sucedidas da história do heavy metal e do rock em geral, vendendo mais de 100 milhões de discos até hoje e contando com uma base de fanáticos que figura entre os fãs mais fiéis do mundo.

Desde 2012 também comanda o British Lion, projeto paralelo que já lançou dois álbuns de estúdio. Dois de seus seis filhos também possuem carreira no mesmo ramo. Lauren Harris é cantora solo, além de integrar a banda Six Hour Sundown. Já George é guitarrista no The Raven Age.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

14 bandas que você nunca ouviu falar, mas que lançaram boas músicas hoje (19/04)

Além da playlist de lançamentos e do guia de álbuns, temos ao site a seção “Você nunca ouviu falar, mas…”, também com objetivo de apresentar novidades do rock e metal. A ideia é selecionar semanalmente discos e singles que acabaram de ser liberados por artistas e grupos pouco conhecidos.

Na lista a seguir, compilamos músicas lançadas neste dia 19 de abril de 2024 por bandas que você talvez nunca tenha ouvido falar, mas deveria.

Depois, não deixe de conferir:

Vamos às escolhas!

Bandas que você nunca ouviu falar, mas que lançaram boas músicas hoje (19/04)

Gaylips – “Smashing your head against a brick wall is a full-time occupation.”: Essa canção começa como uma versão punk de “Immigrant Song”, mas em vez de contos sobre terras longínquas e vikings, os ingleses do Gaylips miram no tédio e frustrações do dia a dia. Ecos de At the Drive In, mclusky e Sparta. Esse é o 13º single deles, para quem gosta de números zagallísticos.

Black Monsoon – “Broken”: O trio holandês de duas guitarras e bateria tirou seu nome de uma canção de PJ Harvey e o som da banda remete ao melhor do grunge e garage rock. Esse é o primeiro lançamento deles desde o álbum de estreia, “Pantomime”, de 2020.

Three Lefts and a Right – “Lovulator”: Um quarteto oriundo da cidade de St. Louis que faz um hard rock raiz cheio de melodia tal qual medalhões como Cheap Trick e Enuff Z’nuff. Eles lançaram só quatro singles até agora.

Hada Bicho – “Vicio y Virtud”: Essa banda espanhola combina elementos de prog, gótico, flamenco e metal numa mistura que soa como se Kate Bush desse uma guinada para música pesada. Apenas lançaram uma penca de singles, por enquanto.

Johnny Nasty Boots – “Soho”: O cantor Johnny Nasty Boots se mudou da capital mexicana para Los Angeles há dois anos. Nesse novo single – o primeiro gosto de seu próximo EP –, dá um gosto de como a cena desert rock o influenciou. O material foi mixado por Alain Johannes, colaborador de Chris Cornell e do Queens of the Stone Age.

Homecoming – “Blood of My Blood”: Uma união França-Inglaterra, esse grupo pega influência de grupos como Mastodon e Baroness para criar uma sonoridade tecnicamente apurada, mas cheia de elementos esotéricos. Essa canção está presente no novo álbum deles, “Those We Knew”.

The Arcane Insignia – “Vagrant’s Throne”: É possível fazer metal sem guitarras distorcidas? Sem bateria? O duo baseado em Nova York mostra que sim, fazendo músicas extremamente agressivas e dramáticas apenas com violões e instrumentos orquestrais. Para repensar as limitações do gênero.

Cash Murphy – “Deja Vu”: De vez em quando um synth rock safadíssimo cai melhor que cerveja gelada no verão. O cantor e compositor irlandês Cash Murphy incorpora gente como Depeche Mode, Love and Rockets e Bauhaus em seu quinto single.

Cigarette Trees – “Sheep”: Quase nada se sabe sobre esse grupo progressivo americano, mas uma coisa é evidente: sabem tocar muito. Apenas dois singles lançados até agora, ambos cheios de ambição musical.

AK & The Red Kites – “Devil’s Stomp”: Bateria gigantesca e riffs maiores ainda são uma receita que sempre dá certo. Joga uma letra sobre diabo e dá um caldo delicioso. Esse é o primeiro single lançado pelo grupo

Sample Text – “Man’s Best Friend”: A grafia certa do nome é [SAMPLE_TEXT], o que faria alguém pensar ser um grupo eletrônico, mas se trata de um garage rock psicodélico de extrema qualidade vindo do Alaska. A canção está em “Lewd & Languid”, álbum de estreia deles.

Fishtank – “Обещай”: Fãs do prog sabem que os países mais inusitados são capazes de produzir as músicas mais interessantes. No caso, Belarus! Fishtank começou como um trio blues instrumental em 2018, mas a entrada da vocalista Anastasia Kozel abriu as portas para uma sonoridade mais ambiciosa. O álbum de estreia deles saiu em 2023.

Ne’er-do-well – “Keep Runnin’”: Vindo do Texas, esse quarteto faz uma mistura de punk e hard rock que evoca os primeiros dias do Mötley Crüe, ou seja, porrada na cara de primeira categoria. Eles lançaram mais dois singles e um EP na carreira.

King Kyote – “Mother Nature”: Para quem gosta de um blues rock bem feito com vocais apaixonados e aquele órgão borbulhando embaixo de riffs gigantescos. O cantor e compositor já lançou dez singles e um EP na carreira.

Os singles estão na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!

­

Não deixe de conferir:

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Turnê de Paul Di’Anno pelo Brasil volta a ser adiada devido a problemas de saúde

Foto: Paty Sigiliano @paty_sigilianophotos

A turnê de despedida de Paul Di’Anno pelo Brasil foi adiada pela segunda vez. Inicialmente prevista para os primeiros meses de 2024, a série de shows havia sido postergada para o período entre maio e julho.

Agora, a expectativa é que seja transferida para setembro. Porém, a situação é incerta.

De acordo com seu empresário Stjepan Juras, o ex-vocalista do Iron Maiden tem lidado com novos problemas de saúde. Em publicação no Facebook, o manager informou que o artista não apenas enfrenta dificuldades para dar sequência ao tratamento posterior às cirurgias realizadas em 2022 (visando retirar próteses desgastadas dos joelhos e conter infecções) como, também, sofreu uma infecção viral que “piorou drasticamente a sua saúde e respiração”, mas da qual tem se recuperado.

Ainda em seu comunicado, Juras disse que a produção local da tour brasileira, sob responsabilidade da Estética Torta, ainda não anunciou que os shows não ocorrerão mais entre maio e julho. O empresário, também autor de livros sobre o Iron Maiden, garantiu que compromissos previamente agendados no Reino Unido e na França serão cumpridos.

Leia os principais trechos do comunicado a seguir.

“Desde que regressou da turnê anterior, Paul está na sua casa no Reino Unido, onde ele, a seu pedido, tem tentado organizar tratamentos. Considerando o seu estado, as circunstâncias desfavoráveis e muitas outras condições, Paul infelizmente não conseguiu organizar plenamente o que pretendia e, para piorar, contraiu um vírus (uma espécie de gripe) que piorou drasticamente a sua saúde e respiração.

Felizmente, Paul agora está muito melhor e sua condição está melhorando. No entanto, devido a uma infecção viral muito longa, Paul não pôde receber nenhum tratamento que fosse crucial para a continuação de seu trabalho em shows.

Ou seja, o plano provisório era que ele fosse à Croácia para tratamento logo após a turnê sul-americana em fevereiro (que acabou adiada), onde uma equipe de médicos o esperava, que faria drenagem linfática, fisioterapia e exercícios de caminhada com ele. Mas a situação está de tal forma que, para sua segurança e saúde, não seria sensato fazer uma viagem ao Brasil.

O promotor brasileiro Eliel Vieira já tomou a decisão no final de março de que a turnê de Paul será transferida para setembro e que ele divulgaria comunicado e novas datas no início de abril. Porém, desde então, o anúncio ainda não foi publicado.

Em respeito aos fãs e a todos que nos acompanharam durante todos esses anos, tenho a obrigação de informar que Paul não se apresentará no Brasil nos meses de maio, junho e julho. Caso a situação de saúde melhore, novas datas em setembro e outubro será anunciado mais tarde.

Todas as outras datas já anunciadas no Reino Unido e na França ocorrerão conforme planejado (porque Paul terá tempo suficiente para exercícios e recuperação) e há uma forte possibilidade de adicionar alguns shows europeus únicos em maio, junho, julho e agosto – que, como já escrevi, não serão na forma de uma turnê dia após dia. […]

Segundo o próprio, Paul ainda deve vir à Croácia no final de abril para continuar o tratamento, e se ele não vier (o que não depende de mim e das pessoas que estão dispostas a ajudar), estarei sempre à disposição para ajudá-lo, onde quer que ele escolha estar e se eu tiver permissão para ajudar.

Entretanto, aproxima-se o 66º aniversário do Paul e, para este dia, 17 de maio, estamos a preparar uma grande novidade para vocês. Da mesma forma, a banda Warhorse de Paul Di’Anno lançará seu tão aguardado álbum de estreia em breve pela BraveWords Records. Seu EP digital ‘Stop the War’ está recebendo ótimas resenhas em todo o mundo, e todos nós estamos aguardando ansiosamente o que a banda tem a oferecer com seu álbum de estreia.”

Paul Di’Anno em turnê

Paul Di’Anno realizou mais de 30 shows pelo Brasil no início de 2023, tendo Noturnall e Electric Gypsy na abertura e músicos dos dois grupos brasileiros em sua banda de apoio. O primeiro compromisso, em Fortaleza, foi marcado por uma série de problemas. A situação foi resolvida ao longo da turnê, como percebido durante apresentações em GoiâniaRio de Janeiro e São Paulo, acompanhadas pelo site.

O ex-vocalista do Iron Maiden tem no Brasil aquele que provavelmente é o seu maior público e chegou a morar por aqui em um período. Ele até arranha o português e adotou o Corinthians como seu time do coração – sem se esquecer do West Ham, de Londres, é claro.

2023 também foi marcado por uma retomada do cantor a uma agenda de turnês mais intensa. O site Setlist.fm contabiliza mais de 75 apresentações ao longo do ano, com passagens por vários países da Europa e Reino Unido, além da América Latina.

Nos últimos anos, Paul tem se apresentado em cadeira de rodas. Ele passou por uma série de procedimentos visando retirar próteses desgastadas dos joelhos. As operações foram feitas por especialistas em ortopedia e traumatologistas.

Consideradas de altíssimo risco, as cirurgias tiveram resultados satisfatórios, embora não possa ser garantido que a recuperação será plena no sentido de voltar a ter locomoção normal.

Sobre o vocalista

Além de ter gravado os dois primeiros discos da Donzela de Ferro, Paul teve as bandas Di’Anno, Killers e Battlezone. Também se envolveu em projetos com o Praying Mantis e Architects of Chaoz.

Nas últimas décadas se apresentou com dezenas de grupos executando repertório de sua fase mais gloriosa. Atualmente participa do Warhorse, além de seguir excursionando como artista solo.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Por que o Black Sabbath está mais satânico em “Headless Cross”

Lançado em 1989, Headless Cross (1989) trouxe um Black Sabbath que pareceu abraçar seu lado mais “satânico” — do qual, curiosamente, tentou se desvencilhar em outros momentos carreira. As letras do 14º álbum do grupo estão entre as mais sombrias de toda a discografia.

Isso se dá pela presença de um integrante que não fez sua estreia no disco, mas participou ativamente do processo de composição. Trata-se de Tony Martin.

Quando o cantor chegou no Sabbath, coube a ele apenas regravar os vocais de Ray Gillen em “The Eternal Idol” (1987). Foi só a partir do trabalho seguinte que pôde assumir as letras que iria interpretar. A temática encontrada por ele tendia para o obscuro, ainda que com fortes influências literárias.

Em sua autobiografia “Iron Man: Minha Jornada Pelo Céu e Inferno com o Black Sabbath”, o guitarrista Tony Iommi cita esse motivo para a temática mais “dark” dos versos, que considera um pouco exageradas. Ele diz:

“Tony Martin tinha acabado de chegar na banda e ele presumiu ‘oh, Black Sabbath, é tudo sobre o Diabo’, então suas letras eram cheias de Diabo e Satã. Era muito na cara.”

Recentemente, os dois Tonys se reuniram para a divulgação do box set “Anno Mundi: 1989 – 1995”, que trará vários álbuns da “era Martin”. Na ocasião, Iommi revelou ter uma visão diferente. O guitarrista disse entender que o vocalista estava buscando sua identidade própria na história da banda e a conseguiu dessa forma.

Mais morte, por favor!

O próprio Tony Martin oferece sua visão em um vídeo promocional onde aparece ao lado de Iommi, no canal do líder do Black Sabbath no YouTube. Confirmando a questão da identidade, o vocalista disse que tentou trazer uma temática medieval para “Headless Cross”, que acabou tendo o sombrio como resultado.

“Eu peguei temas medievais e apliquei em melodias pesadas. Porque eu não podia fazer as coisas de Ronnie (James Dio, ex-vocalista). E as letras de Geezer (Butler, ex-baixista e letrista) para Ozzy (Osbourne, vocalista) são de uma era diferente. Então tive que achar outra coisa. O caminho que eu pensei em seguir foi esse medieval, peste negra (risos)… Talvez um pouco demais, mas era o único jeito que eu tinha de seguir, sabe? Foi um pouco estranho no começo, os caras ficavam ‘tem morte o suficiente nisso?’, mas sim, foi bom.”

A piada com o excesso de morte veio de um comentário do baterista Cozy Powell sobre “When Death Calls”, uma das faixas mais sombrias de “Headless Cross”. Tony Martin relembrou:

“Cozy estava lá, tocando sua bateria, e ele parou no meio. Ele disse: ‘como se chama essa música?’ Responderam: ‘When Death Calls’. E ele: ‘Eu estava pensando que ela precisa de mais morte!’ (risos). Então, ficou aquela coisa ‘já tem morte o suficiente nessa?’.”

Sobre “Headless Cross”

O 14º álbum do Black Sabbath é um ponto alto na discografia da banda. Apesar de ter sido o segundo com o vocalista Tony Martin, foi o primeiro no qual ele participou ativamente do processo criativo, escrevendo as letras. Foi também a estreia do veterano baterista Cozy Powell e o único com o baixista Laurence Cottle.

O disco foi bem recebido na Europa de modo geral, mas a divulgação fraca da gravadora I.R.S. nos Estados Unidos e Inglaterra impediu resultados melhores. A turnê ficou marcada por uma longa série de shows na Rússia, que estava em plena transição com o fim da União Soviética.

“Headless Cross”, assim como outros álbuns gravados com Tony Martin nos vocais, será relançado no box set “Anno Domini: 1989 – 1995”, que chega no dia 31 de maio.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Taylor Swift não se arrisca em meio a bons acertos de “The Tortured Poets Department”

Foto: Beth Garrabrant

Desde que iniciou sua carreira musical, em 2006, Taylor Swift já passou pelo country, pop e pop-folk com sucesso. Considerada uma das maiores potências da indústria fonográfica atualmente, a cantora se encontra em uma posição onde tem liberdade de experimentar em seus trabalhos sem a pressão de fazer o novo hit do verão.

Neste contexto, chega a público seu décimo primeiro álbum. “The Tortured Poets Department” conta com 16 faixas em sua edição principal (simples) e 31 na dupla “The Anthology”.

Com dez álbuns lançados e quatro regravações, Swift já deixou claro que sua discografia não é pautada em arranjos complexos, com variedade de instrumentos ou sonoridades sólidas e preenchidas. A artista se garante como compositora de letras que crescem exponencialmente ao serem musicadas e que levam o ouvinte — principalmente o mais fiel — a passar por tensões de uma narrativa, contada quase que como uma conversa entre amigos. 

O caráter confessional das obras da americana ganham proporções inimagináveis por conta da comunicação estreita com os fãs, que conseguem relacionar eventos da vida pessoal da cantora às composições. Isso ajuda na imersão. “The Tortured Poets Department” repete tal característica com êxito; aqui, a harmonia das músicas — mesmo que não extraordinárias — faz completo sentido, já que contextualiza a ideia e sentimentos contidos na letra, conquista os ouvintes e de quebra causa identificação.

Para você que navegava entre conteúdos de rock e metal e caiu nessa resenha, explica-se desta forma a relevância de Taylor — mesmo com um som visto como básico por algumas pessoas. Dito isso, adianta-se que, não, “The Tortured Poets Department” não é um álbum inovador e revolucionário. Ainda assim, tem seus acertos. 

Êxitos, mas sem surpresas

“The Tortured Poets Department” dá um passo coerente na evolução da discografia de Taylor Swift. A escolha de seguir colaborando com Jack Antonoff, produtor dos últimos lançamentos inéditos, fez com que o novo trabalho soasse como um encontro — ou mistura — entre Folklore (2020), Evermore (2020) e Midnights (2022). Isso se reflete, porém, em uma experiência auditiva de pouco frescor.

Já com a faixa de abertura, “Fortnight” (com participação de Post Malone), os sintetizadores explorados em “Midnights” marcam presença, assim como a sonoridade melancólica característica dos “álbuns irmãos” de 2020. A combinação de tais elementos dita o clima do disco e cria uma atmosfera emotiva e reflexiva que vai ao encontro da ideia de “luto” pelo término de um relacionamento, algo levantado pela cantora por meio de playlists disponibilizadas às vésperas do lançamento. 

Presença constante durante toda audição de “The Tortured Poets Department”, os sintetizadores se mostram um grande acerto. São eles que comandam a sonoridade geral e dão o tom certo exigido por cada composição. Em “Fresh Out the Slammer”, canção mais sóbria, o recurso é usado como uma camada de fundo que preenche a música. Já “I Can Do It With a Broken Heart” adota uma batida mais presente e potente. Nesse sentido, aliás, esta faixa é um dos destaques, por quebrar um pouco do clima melancólico — mesmo que trate de uma autocrítica. A dualidade da crise existencial da letra contrasta com a batida de uma forma que pode ser lida como a frequência de pensamentos dessa crise, algo que remete ao incompreendido “After Laughter” (2017), do Paramore

A bateria eletrônica também marca presença. Traz uma leve referência à estética oitentista que mesmo com um grande potencial vislumbrado na faixa-título (a segunda do material), infelizmente não se desenvolve. 

Outras eras e colaborações

Outras sonoridades da discografia de Taylor Swift também aparecem de forma diluída em “The Tortured Poets Department”. Para os mais familiarizados com a trajetória da artista, as nuances de sonoridades de outras eras são claras principalmente nas estruturas vocais. “Buddy Daddy I Love Him”, por exemplo, promove um encontro tímido com suas raízes no pop country, em uma sensação potencializada pelos instrumentos mais “analógicos” combinados com um sintetizador mais moderado.

Um erro do trabalho anterior também serviu como aprendizado. A chacota de “Snow on the Beach”, faixa do “Midnights” com participação reduzidíssima de Lana Del Rey, não se repete aqui. Em “TTPD”, os dois artistas convidados — Post Malone e Florence + the Machine — tiveram mais espaço para deixar sua marca para além de harmonias.

A já citada “Fortnight” com Post Malone é um dos pontos altos e concentra as melhores qualidades do álbum; não por acaso, foi escolhida como primeiro single. Por sua vez, “Florida!!!” soa mais como uma música de Florence Welch e companhia com participação de Taylor Swift do que o contrário. Dito isso, a faixa torna mais variado o repertório da dona do disco, cujo alcance vocal é impulsionado pelo desempenho impecável da convidada.

Entre a exploração de alguma variedade e erros do passado corrigidos, o que não muda é a curiosidade para saber detalhes da vida pessoal de Swift por trás da expectativa criada para cada novo trabalho. O primeiro lançamento da cantora desde o término com o ator britânico Joe Alwyn aponta que o relacionamento estava longe de ser o conto de fadas pintado pelos fãs. O desabafo mais claro é “So Long, London”, que aborda os esforços unilaterais feitos para salvar algo que caminhava para o distanciamento.

A antologia e a conclusão

Duas horas após o lançamento oficial do álbum, foi disponibilizada a versão “The Tortured Poets Department: The Anthology”, com 15 faixas adicionais. A iniciativa era esperada pelos fãs, já que o antecessor “Midnights” contou com três outras edições além da principal, sempre com novas faixas, capa alternativa e encarte colecionável que movimentou a venda de discos de vinil.

As canções adicionais de “Anthology” dão seguimento ao clima melancólico desenvolvido durante as 16 iniciais. Porém, os sintetizadores perdem espaço e consequentemente some a capacidade de criar atmosferas levemente distintas. Audições iniciais levam à conclusão de que tais composições são bem semelhantes entre si e remetem muito à sonoridade de “Folklore” e “Evermore”, principalmente nas apoiadas no uso do piano. O ponto positivo disso é a criação de sons mais acústicos e orgânicos que harmonizam bem com a voz da artista.

O ponto levemente fora da curva é “So High School”, uma das poucas a quebrar essa rotina por ter bateria pulsante e guitarras mais proeminentes e envolventes, com linhas que soam até como as de uma balada country. 

No fim das contas, “The Tortured Poets Department” se sustenta como um trabalho melancólico e sensível, mas não se arrisca ao entregar pouquíssimas novidades, bem como raros momentos de clímax. Ainda assim, demonstra a sensibilidade artística de Swift ao explorar um caminho que não é ditado pela necessidade mercadológica do pop em oferecer hits dançantes e genéricos que rapidamente perdem a relevância.

*Ouça “The Tortured Poets Department” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.

Taylor Swift — “The Tortured Poets Department”

  1. Fortnight (com Post Malone)
  2. The Tortured Poets Department
  3. My Boy Only Breaks His Favorite Toys
  4. Down Bad
  5. So Long, London
  6. But Daddy I Love Him
  7. Fresh Out the Slammer
  8. Florida!!! (com Florence + the Machine)
  9. Guilty as Sin?
  10. Who’s Afraid of Little Old Me?
  11. I Can Fix Him (No Really I Can)
  12. Loml
  13. I Can Do It With a Broken Heart
  14. The Smallest Man Who Ever Lived
  15. The Alchemy
  16. Clara Bow

The Tortured Poets Department: The Anthology – Disco 2:

  1. The Black Dog
  2. Imgonnagetyouback
  3. The Albatross
  4. Chloe or Sam or Sophia or Marcus
  5. How Did It End?
  6. So High School
  7. I Hate It Here
  8. Thank You Aimee
  9. I Look in People’s Windows
  10. The Prophecy
  11. Cassandra
  12. Peter
  13. The Bolter
  14. Robin
  15. The Manuscript

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-

Gene Simmons fará 1º show pós-Kiss antes mesmo do Summer Breeze

Antes de vir ao Brasil como uma das atrações principais do Summer Breeze, Gene Simmons realizará um show de aquecimento com sua banda solo. A primeira apresentação do baixista e vocalista após o fim do Kiss acontece na próxima terça-feira (23), na inauguração de mais uma loja do Rock & Brews, em Ridgefield, Washington, Estados Unidos.

A cadeia de restaurantes foi uma iniciativa do Demon com uma série de empresários. Após os primeiros meses seu colega de banda, Paul Stanley, também entrou como sócio no empreendimento. O show tem início marcado para as oito horas da noite local, com a cerimônia de abertura sendo ao meio-dia.

Simmons é acompanhado em seu grupo pelos guitarristas Brent Woods (Wildside, Sebastian Bach, Vince Neil) e Jason Walker, além do baterista Brian Tichy (The Dead Daisies, Billy Idol, Ozzy Osbourne, Whitesnake, Foreigner, Pride & Glory, Glenn Hughes, Velvet Revolver e outros).

Sobre a Rock & Brews

Outros astros do rock já realizaram ações especiais com a Rock & Brews. Em 2021, Alice Cooper patrocinou o seu próprio hamburguer. O Poison Burger contava com pimenta jalapeño e o Poison Reaper, seu molho personalizado.

No ano seguinte, foi a vez de Jon Bon Jovi desenvolver sua própria bebida. O Hampton Water Frosé misturava vinho Hampton Water Rosé, vodca Grey Goose, licor de pêssego, frutas cítricas e morangos frescos.

O restaurante também possui envolvimento direto nas causas sociais e dos trabalhadores. Em 2019, ofereceu refeições de graça aos funcionários da Administração de Segurança de Transportes dos Estados Unidos, TSA. Os empregados ficaram meses sem receber salários do governo federal.

À época, Paul Stanley declarou em entrevista à CNN:

“O governo deve assistir o povo, não ferí-lo. É o cidadão comum que faz o país crescer. A prioridade deve ser pagar os servidores e fazê-los voltar a trabalhar. É horrível ver as pessoas nessa situação. Vamos fazer o que pudermos para ajudar.”

Durante a pandemia, também foi fornecida alimentação gratuita a pessoas que trabalhavam na linha de frente do combate à Covid-19.

Gene Simmons no Summer Breeze Brasil

A Gene Simmons Band se apresenta no Summer Breeze Brasil 2024 dia 26 de abril, sexta-feira. O festival acontece no Memorial da América Latina, em São Paulo. O repertório, a julgar pela turnê anterior do músico, mesclará clássicos do Kiss com canções menos conhecidas, além de material solo.

Em recente entrevista, o Demon chegou a mencionar a possibilidade de tocar “Weapons of Mass Destruction”, faixa presente em seu álbum “Asshole” (2004). Também será realizada uma sessão de autógrafos para o público, com detalhes ainda a serem anunciados de forma oficial.

Entradas estão à venda através do site do Clube do Ingresso.

Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | TikTok | Facebook | YouTube | Threads.

-ad-